Miguel d'Escoto – Wikipédia, a enciclopédia livre

Miguel d'Escoto
Miguel d'Escoto
Nascimento 5 de fevereiro de 1933
Los Angeles
Morte 8 de junho de 2017 (84 anos)
Manágua
Cidadania Nicarágua, Estados Unidos
Alma mater
Ocupação diplomata, político, sacerdote
Prêmios
Empregador(a) Organização das Nações Unidas
Religião catolicismo
Página oficial
http://www.un.org/ga/president/63

Miguel d’Escoto Brockmann (Los Angeles, 5 de fevereiro de 1933 - Managua, 8 de junho de 2017[1]) foi um padre católico (Maryknoll) e diplomata da Nicarágua.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Apesar de ter nascido em Los Angeles, passou a infância na Nicarágua antes de voltar aos Estados Unidos, em 1947, para continuar os seus estudos.[2] Foi ordenado sacerdote católico no dia 10 de junho de 1961, em Nova Iorque. Ajudou a fundar a Orbis Books, por meio da qual a congregação Maryknoll fez diversas publicações teológicas, e foi um representante junto ao Conselho Mundial de Igrejas.

Em 1975, o padre d'Escoto juntou-se à Frente Sandinista de Libertação Nacional, por meio de um Comitê de Solidariedade nos Estados Unidos.[3] Entre 1979 e 1990, foi Ministro das Relações Exteriores da Nicarágua durante o governo sandinista.[4] Durante esse período, com a ajuda do Grupo de Contadora, participou da construção do Acordo de Paz de Esquipulas, que ajudou a encerrar conflitos armados internos da América Central.[5]

Em janeiro de 1985, recebeu a suspensão a divinis pela sua participação no governo sandinista nicaraguense. Em 1 de agosto de 2014, a suspensão foi revogada, depois de escrever uma carta ao Papa Francisco na qual expressou o desejo de "voltar a celebrar a Santa Eucaristia antes de morrer".[6]

Foi Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, empossado em setembro de 2008, em substituição ao macedônio Srgjan Derim.[7] Foi sucedido pelo diplomata líbio Ali Abdussalam Treki, em setembro de 2009. Durante o período no qual exerceu a Presidência da Assembleia Geral da ONU, criticou o Estado de Israel por sua conduta contra a população civil árabe-palestina.[8][9]

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Referências

  1. «Nicaragua: ex-diplomat Miguel D'Escoto Brockmann dies at 84» (em inglês). FOX News. 8 de junho de 2017. Consultado em 9 de junho de 2017 
  2. Um padre preside a ONU Arquivado em 9 de março de 2016, no Wayback Machine., acesso em 21 de fevereiro de 2016.
  3. “Querido povo da Nicarágua, meu sacerdócio é de vocês”, afirma Miguel d’Escoto, acesso em 21 de fevereiro de 2016.
  4. O novo gesto de Francisco a favor da Teologia da Libertação, acesso em 20 de fevereiro de 2016.
  5. Ao céu não se chega de Cadilac, diz D"Escoto Arquivado em 9 de março de 2016, no Wayback Machine., acesso em 21 de fevereiro de 2016.
  6. A nova geografia da Igreja a partir do caso Miguel d'Escoto, acesso em 21 de fevereiro de 2016.
  7. Um padre na presidência da ONU[ligação inativa], acesso em 21 de fevereiro de 2016.
  8. Vaticano revoga suspensão do padre Miguel d'Escoto, acesso em 21 de fevereiro de 2016.
  9. Padre Miguel D’Escoto, feroz crítico dos EUA, deixa a Assembleia Geral Arquivado em 9 de março de 2016, no Wayback Machine., acesso em 21 de fevereiro de 2016