Migração em Mato Grosso do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre

Página referente a migração do estado brasileiro de Mato Grosso do Sul. Pelas informações dos censos de 1991 e 1996, entre 1970 e 1990 houve redução nas migrações interestaduais nas últimas décadas e também queda do saldo migratório em Mato Grosso do Sul. Segundo os dados, em 1991 houve a entrada de 124.045 pessoas de outros estados e a saída de 105.009, resultando no saldo migratório de 19.036. Já em 1996, 87.374 pessoas migraram para o estado e 73.748 migraram desse para outros estados, resultando num saldo migratório de 13.626 habitantes.[carece de fontes?]

No geral o cenário demográfico e social apresentado em Mato Grosso do Sul se baseia na tomada de decisões das diversas instâncias de atuação da sociedade civil, da academia e dos diversos níveis de governos, possibilitando e adequando o planejamento e ações dentro de uma visão panorâmica real nos níveis desejados de qualidade de vida e com o devido padrão de desenvolvimento sustentável.

Migração para MS (est. 2000)
Região/estado Nº de migrantes masculinos Nº de migrantes femininos Total geral
Nordeste 57.519 51.278 108.797
Norte 3.705 4.680 8.385
Sudeste 129.781 126.479 256.260
Sul 82.343 81.669 164.012
Mato Grosso 11.167 12.837 24.004
Goiás 5.821 6.012 11.833
Distrito Federal 596 563 1.159

Sul[editar | editar código-fonte]

Migração gaúcha[editar | editar código-fonte]

O início da migração gaúcha deu-se juntamente ao começo do fluxo contínuo de migrantes paulistas no final do século XVIII, quando mais cidades passaram a ser fundadas no sul matogrossense. Esta chegada de gaúchos deu-se, ainda como os paulistas, de maneira constante durante o século XIX e início do século XX. Na década de 1970, no entanto, uma segunda onda de migrantes gaúchos estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul, seguindo padrões de colonização notadamente diferentes da primeira. Juntamente com paranaenses, estes gaúchos procuravam se dedicar à cultura mecanizada da soja na região centro-sul do estado.[1]

Migração paranaense[editar | editar código-fonte]

Diferentemente dos casos das migrações paulista e mineira, a chegada de migrantes paranaenses às terras sul-matogrossenses deu-se em dois momentos históricos mais isolados. Uma grande onda de paranaenses chegou ao estado durante a década de 1940, com a Marcha para o Oeste promovida por Getúlio Vargas e as companhias de colonização, estabelecendo-se nas regiões central e sul do estado, na Colônia de Dourados. A segunda parcela desses migrantes estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul nas décadas de 1970 e 1980, à procura de terras onde pudessem se dedicar à produção mecanizada de cereais, sobretudo a soja, na mesma região que a anterior.[1]

Sudeste[editar | editar código-fonte]

Migração paulista[editar | editar código-fonte]

Desde o início do século XVII, paulistas eventualmente se estabeleceram na região, a partir das primeiras expedições bandeirantes. O fluxo de migrantes paulistas, no entanto, tornou-se contínuo a partir das últimas décadas do século XVIII, quando da ocupação do oeste, nordeste e centro do estado. Durante o século XX, os paulistas também se fizeram presentes como colonos das companhias colonizadoras e operários dos fundadores das cidades do leste e sudeste sul mato-grossenses. O influxo de paulistas no estado permanece ininterrupto século XXI adentro.

Migração mineira[editar | editar código-fonte]

Foi com as expedições realizadas no final da década de 1820 pelo Barão de Antonieta que uma maior quantidade de mineiros passou a adotar o sul mato-grossense como seu novo lar, sobretudo com o advento das frentes colonizadoras dos Garcia Leal e dos Lopes, no nordeste e centro do estado. Tal processo continuou durante o século XX e, assim como a migração paulista, a migração mineira continua sendo um fator constante em Mato Grosso do Sul no século XXI.

Nordeste[editar | editar código-fonte]

A migração nordestina no estado de Mato Grosso do Sul intensificou-se a partir de 1890, uma vez que as frentes colonizadoras mais antigas já se encontravam estabelecidas. Embora tenha permanecido contínua até a década de 1930, no entanto, este fluxo de nordestinos para o sul matogrossense pode ser diferenciado de uma segunda onda de migrantes, que atingiu a região durante a Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas. Enquanto o primeiro grupo se distribuiu em diferentes áreas do estado, o segundo concentrou-se no centro e sul do mesmo.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências