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Michiel Coxie
Michiel Coxie
Self-portrait as St George
Nascimento 14 de março de 1499
Mechelen
Morte 3 de março de 1592 (92–93 anos)
Mechelen, Mechelen
Cidadania Países Baixos do Sul
Filho(a)(s) Raphael Coxie, Michiel Coxie (II)
Ocupação pintor, artista visual, designer
Movimento estético Renascimento nórdico

Michiel Coxie, Coxcie, Coxien ou Coxius (1499 – 1592) foi um pintor flamengo aprendiz de Bernard van Orley.

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 1499 em Mechelen, no Ducado de Brabante. Em Roma, em 1532, pintou a capela de Willem van Enckenvoirt da Igreja de Santa Maria dell'Anima e, de acordo com Giorgio Vasari, trabalhava à maneira italiana. A principal ocupação de Coxie era desenhar para gravadores. Pertencia ao círculo íntimo de Michelangelo e estudou filosofia e teoria da arte da Antiguidade e da Renascença Romana. Era conhecido como Rafael flamengo.

Em 1539, Coxie foi para Mechelen, onde entrou para a Guilda de São Lucas, pintando as laterais de um altar para uma das capelas da guilda. O centro do altar, feito por Jan Mabuse, representa São Lucas, o Evangelista, patrono dos pintores, retratando a Virgem; ao redor encontra-se The Martyrdom of Saint Vitus e Vision of St John the Evangelist in Patmos.

Pecado Original

Com a morte de Orley, em 1541, sucedeu a ele como pintor da corte de Maria de Habsburgo. Também trabalhou para Carlos I de Espanha, Filipe II de Espanha (tapeçaria para o Palácio Real de Madrid), Sigismundo II Augusto da Polônia (tapeçarias em Wavel) e Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel.

Coxie foi grande admirador da obra de Rafael, encontrando-se também na sua obra tipos colhidos em Miguel Ângelo, Bronzino, Andrea del Sarto e Sebastiano del Piombo, também toma referências de Veronese e de Ticiano, por exemplo nos rostos de Cristo com a Cruz às costas ou nos raros nus femininos; e mesmo de Leonardo nos rostos da Virgem, do Menino e de alguns anjos. Vasari afirma tê-lo conhecido em 1532 e diz que ele levou para a Flandres a maniera italiana e era muito considerado entre os flamengos «per essere tutto grave e fare le sue figure che hanno del virile e del severo». Esta faceta austera de Coxcie, que alia uma pintura devocional de raiz flamenga à lição italiana, agradava aos reis espanhóis que então dominavam a Flandres Carlos V, que possuía vários quadros dele, e a Filipe II de Espanha, que adquire entretanto vários outros. Muito elucidativa é a opinião do Padre Singüenza, que o considera «gran imitador de la manera Andrea del Sarto y de otros buenos y que, por ser imitador de los valientes de Italia merece le pongamos entre ellos, aunque cuando hacía de su ingenio descubría la verdad y aquella manera propria de flamenco, que naturalmente es desgraciada, de poca fuerza y probre movimento».[1]

Suas obras podem ser encontradas na Catedral de São Romualdo de Malinas, em Mechelen; na Catedral de São Miguel e Santa Gudula, em Bruxelas e em museus de Leuven, Bruxelas e Antuérpia.

Outras obras[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Isabel Santa Clara, Das Coisas visíveis às invisíveis, contributos para o estudo da Pintura Maneirista na Ilha da Madeira (1540-1620), Vol. I e II, Tese de Doutoramento em História da Arte da Época Moderna, Universidade da Madeira, 2004, pag. 216, [1]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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