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Michael Moore
Michael Moore
Michael Moore, setembro de 2011.
Nome completo Michael Francis Moore
Nascimento 23 de abril de 1954 (70 anos)
Flint, Michigan
Estados Unidos
Educação Universidade de Michigan–Flint
Ocupação ator, diretor, roteirista, produtor, documentarista
Cônjuge Kathleen Glynn ​(c. 1991; div. 2014)
Oscares da Academia
Melhor Documentário de longa-metragem
2003 - Tiros em Columbine
César
Melhor Filme Estrangeiro
2003 - Tiros em Columbine
Festival de Cannes
Palma de Ouro
2004 - Fahrenheit 9/11
Página oficial

Michael Francis Moore (Flint, 23 de abril de 1954) é um documentarista e escritor americano, conhecido pela sua postura crítica, sobretudo em relação à violência armada da sociedade americana, às grandes corporações, às desigualdades econômicas e sociais[1][2] e à hipocrisia dos políticos, tendo sido particularmente crítico a George W. Bush e à invasão do Iraque.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aos dezoito anos foi nomeado diretor de sua escola, convertendo-se em um dos mais jovens funcionários públicos dos Estados Unidos. Aos vinte e dois anos fundou The Flint Voice, um dos diários alternativos mais respeitados do país, de que foi editor durante dez anos. Na metade dos anos oitenta foi produtor, diretor, autor e apresentador da série de televisão premiada com um Emmy, TV Nation.

Em 1989, Michael Moore dirigiu Roger & Me, um filme que fez história e que narrava sua aventura pessoal para entrar em contato com o presidente da General Motors, Roger Smith. O assunto seria sobre os habitantes da cidade de Flint, frente ao desemprego criado depois do encerramento de unidades fabris da General Motors. Nesse filme, já são patentes algumas das características que definiriam o seu modo de filmar determinadas realidades angustiantes com uma dose de humor corrosivo que lhe cria tanto admiradores incondicionais quanto inimigos declarados.

Outro documentário, The Big One (1997), denuncia as práticas lesivas aos trabalhadores, adotadas pelas grandes empresas, e os políticos insensíveis e indiferentes aos problemas sociais. Graças à repercussão do filme, a multinacional Nike abandonou a exploração do trabalho infantil na Indonésia.

Entre os seus filmes mais famosos estão Fahrenheit 9/11, de 2004, no qual critica George W. Bush; Bowling for Columbine (br: Tiros em Columbine) (2002) onde aborda a obsessão por armas nos Estados Unidos, relacionando-a com o Massacre de Columbine, ocorrido numa escola.

Dirigiu o clipe Boom! da banda System of a Down. O vídeo foi feito com imagens dos protestos antiguerra, ocorridos em 15 de fevereiro de 2003, em todo o mundo. Dirigiu também os clipes Testify e Sleep Now in the Fire da banda Rage Against the Machine. Neste último, chegou a ser detido pela polícia após tocar sem autorização de som e tentar entrar no prédio da Bolsa de Valores de Nova York.[3]

Posições políticas[editar | editar código-fonte]

Moore satiriza a reação de George W. Bush ao ser informado dos ataques de 11 de setembro

Apesar de ser geralmente considerado como um notório ativista político,[4] Michael Moore rejeita esse rótulo por considerá-lo redundante, numa democracia: "Eu, você, todos temos que ser ativistas políticos. Se não formos politicamente ativos, a democracia deixa de existir".[5]

Segundo John Flesher, da Associated Press, Moore é conhecido por seu "apaixonado populismo de esquerda,"[6] e publicações como o Socialist Worker Online já se referiram a ele como "o novo Tom Paine".[7] Durante uma palestra, ele declarou que socialismo é democracia, é cristianismo, judaísmo, islamismo e budismo, porque todas as grandes religiões dizem a mesma coisa que Marx disse.[8]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • "Adoro Problemas" (autobiografia, 2011)
  • Cara, Cadê Meu País?
  • Cartas da Zona de Guerra: Algum Dia Voltarão a Confiar na América?
  • O Filme Fahrenheit 11 de setembro
  • Stupid White Men: uma Nação de Idiotas
  • George W. Bush, The man
  • The USA

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Premiações[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Michael Moore says 400 Americans have more wealth than half of all Americans combined. Por Tom Kertscher. 10 de março de 2011.
  2. America Is Not Broke. Huffington Post, 3 de junho de 2011. Discurso de Michael Moore pronunciado em Madison, 5 de março de 2011 (tradução em português disponível publicada sob o título Michael Moore: O povo, unido, jamais será vencido. Viomundo, 8 de março de 2011.
  3. Rage Against The Machine Sleep Now In The Fire. 29 de maio de 2011.
  4. «Michael Moore Fights to Save Theatre in Traverse City». The Detroit News/Theatre Historical Society of America. Consultado em 19 de outubro de 2013. Cópia arquivada em junho de 2011 
  5. «'I am the balance', says Moore». Minneapolis Star Tribune. South Florida Sun-Sentinel. 4 de julho de 2007. Consultado em 6 de julho de 2007. Moore rejects the label "political activist"; as a citizen of a democracy, Moore insists, such a description is redundant. 
  6. Flesher, John (16 de junho de 2007). «Hollywood meets Bellaire as Moore gives sneak peek of "Sicko"». Associated Press. But the filmmaker, known for his fiery left-wing populism and polemical films such as "Fahrenheit 9/11" and Oscar-winning "Bowling for Columbine", told the audience "Sicko" would appeal across the political spectrum. 
  7. Porton, Richard. «Weapon of mass instruction Michael Moore's Fahrenheit 9/11». Consultado em 10 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 29 de setembro de 2007 . Cineaste (22 de setembro de 2004). Ver também Davy, Michael. Michael Moore's Fahrenheit 9/11. Socialist Worker.10 de julho de 2004.
  8. Vídeo: Michael Moore Talks About Socialism. American Film Institute, 8 de outubro de 2009.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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