Mercado Central de Macapá – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mercado Central de Macapá
Mercado Central de Macapá
Vista do Mercado Central em 2021.
Tipo Mercado público municipal
Estilo dominante Estilo colonial
Arquiteto Júlio
Início da construção 1952
Fim da construção 1953
Inauguração 13 de setembro de 1953 (70 anos)
Proprietário atual Prefeitura do Município de Macapá
Número de andares dois andares
Geografia
País Brasil
Coordenadas 0° 01' 51" N 51° 03' 13" O

O Mercado Central de Macapá é um mercado público da cidade de Macapá, inaugurado em 1953, foi considerado o reduto de compras das famílias amapaenses nos anos 1950. Atualmente, o local ainda preserva alguns serviços como as vendas de hortifrúti e consertos de sapatos, juntamente com lanchonetes, peixarias e açougues.[1]

A inauguração foi no dia 13 de setembro de 1953, uma data emblemática, já que neste dia se comemorava o aniversário da criação do Território Federal do Amapá.[2] O cartão postal encontra-se erguido em um local de importância histórica da cidade, bem em frente à Fortaleza de São José de Macapá.

O governador Janary Nunes e o prefeito Claudomiro de Moraes inauguraram o Mercado Central com a proposta de ser um espaço para a comercialização dos produtos da roça que eram desembarcados no Trapiche Eliezer Levy. Na época, o trapiche era o principal local de desembarque em Macapá. Famílias japonesas vieram para a capital amapaense trabalhar no mercado, junto com os macapaenses.

Atualmente o prédio conta com 63 boxes, com atividades voltadas para o segmento de alimentação. O Mercado ainda preserva alguns pontos de comércio e investe em programações que resgatam a cultura amapaense e nortista.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Construção do mercado em 1952.

Criação e inauguração do mercado (1952-1953)[editar | editar código-fonte]

O Mercado Central foi construído no governo de Janary Gentil Nunes em 1952, sendo projetado pelo mestre Júlio, e inaugurado em 1953. Dez anos após a criação do Território. Nessa época, a área comercial de Macapá ficava restrita à Doca da Fortaleza e a Rua Cândido Mendes. Faz parte da única parte tombada da cidade de Macapá: A área do entorno da Fortaleza de São José. O prédio foi construído de frente para a Avenida Cândido Mendes, principal rua do comércio local.

A Praça onde está o Mercado é denominada de Theodoro Mendes. Em homenagem ao ex-prefeito de Macapá no período de 1896 a 1916, juntamente com o Coronel Coriolano Jucá, que foi de Intendente a prefeito.

Tempos primórdios[editar | editar código-fonte]

Logo após a conclusão do Mercado também foi erguido, em frente, um ponto de ônibus que ficou conhecido como “Clip Bar”, que era um estabelecimento comercial (um bar) que servia de abrigo de passageiros para os ônibus circulares da cidade.

Ainda no ano de 1953 houve o início da imigração japonesa para o estado do Amapá, 29 famílias vieram diretamente do Japão de um navio atraídas pela extração da borracha e acabaram permanecendo para desenvolver atividades agrícolas, contribuindo com o Mercado Central.[4]

“Bar Du Pedro”[editar | editar código-fonte]

Na parte externa, pela lateral da Avenida Antônio Coelho de Carvalho, situa-se o Bar Du Pedro, o estabelecimento mais antigo em funcionamento. O bar foi inaugurado junto com o mercado e pertencia a um comerciante chamado Pedro, originário do Rio Grande do Norte que morou no Amapá na década de 1950. Quando faleceu, na década de 1990, seu filho Luiz Gonzaga assumiu o negócio da família.[2]

Restauro e revitalização[editar | editar código-fonte]

Recursos e prazo de entrega[editar | editar código-fonte]

Em novembro de 2015 foram iniciados os trabalhos de reforma, a Secretaria Municipal de Obras (Semob) executou a primeira parte dos serviços dentro do período estimado que estavam garantindo à entrega para março de 2016, porém houve a paralisação devido à falta de recursos federais, a situação econômica da época do país acabou impedindo a captação de novos recursos.[5]

No dia 1 de maio de 2018 houve a retomada das obras. O custo é de aproximadamente R$ 2,5 milhões, com recursos do programa federal Calha Norte.[6][7]

O Mercado foi reinaugurado no dia 16 de janeiro de 2020 com 63 boxes

Reforma[editar | editar código-fonte]

O projeto de restauro conta com os serviços de ampliação, revitalização, retirada do atual telhado para a construção de uma nova estrutura metálica e acústica no prédio, após o término das obras, o local contará com um mezanino, palco para apresentações, sala de administração, parte elétrica totalmente nova, boxes reformados, telhado termo acústico, pintura, espaços reorganizados, banheiros reformados e um banheiro com acessibilidade para pessoas com deficiência[1]

Vista o Mercado Central ao pôr do sol.

Comércio[editar | editar código-fonte]

Na parte interna existem 16 boxes para a comercialização da carne verde e as “marrons”, salgadas e verduras em geral. Nos outros 20 boxes internos funcionam para venda de gêneros alimentícios oriundos de hortifrutigranjeiros, pesca.

O local bastante movimentado com restaurantes, lanchonetes, atrações culturais e vendas de artesanato aos arredores do mercado.

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b ALVES, Jéssica (3 de fevereiro de 2018). «Reforma no Mercado Central de Macapá é retomada com recurso de R$ 750 mil». G1. Consultado em 12 de abril de 2018 
  2. a b «Mercado Central: "só lembram no aniversário"». SelesNafes.com. 27 de maio de 2014. Consultado em 12 de abril de 2018 
  3. «Mercado Central, patrimônio histórico de Macapá, será revitalizado». Alcilene Cavalcante. Consultado em 12 de abril de 2018 
  4. MIRANDA, Graziela (15 de setembro de 2013). «Japoneses comemoram 60 anos de imigração no Amapá». G1. Consultado em 12 de abril de 2018 
  5. PACHECO, John (25 de maio de 2017). «Reforma do Mercado Central de Macapá aguarda por recursos para ser finalizada». G1. Consultado em 12 de abril de 2018 
  6. «Mercado Central de Macapá será totalmente revitalizado». Diário do Amapá. 24 de dezembro de 2015. Consultado em 12 de abril de 2018 
  7. «Mercado Central: patrimônio histórico de Macapá será revitalizado». Chico Terra. 23 de dezembro de 2015. Consultado em 12 de abril de 2018