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Max Wolf FilhoCombatente Militar
Max Wolf Filho
Nascimento 29 de julho de 1911
Rio Negro, PR
Morte 12 de abril de 1945 (33 anos)
Serviço militar
País brasileiro
Anos de serviço 1930-1945
Patente 2º Sargento
Unidades
Conflitos Revolução de 1930 Revolução Constitucionalista de 1932
Segunda Guerra Mundial (Monte Castelo e tomada de La Serra)
Condecorações

Max Wolf Filho (Rio Negro, 29 de julho de 1911Montese, 12 de abril de 1945) foi um militar brasileiro. Participou da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na frente de combate italiana durante a Segunda Guerra Mundial.

Vida militar[editar | editar código-fonte]

Filho de pai alemão, Wolf alistou-se em Curitiba, aos 18 anos, no 15º Batalhão de Caçadores (unidade extinta cujas instalações são hoje ocupadas pelo 20º Batalhão de Infantaria Blindado Sargento Max Wolf Filho - 20º BIB), em Curitiba. Na década de 1930 mudou-se com a família para a cidade do Rio de Janeiro, então capital federal (DF), e ingressou em sua Polícia Militar na qual permaneceu por uma década.[1] Wolf participou da Revolução de 1930 e da Revolução Constitucionalista de 1932, ao lado das tropas federais.[2]

No ano de 1944, alistou-se voluntariamente[3] na Força Expedicionária Brasileira, compondo os quadros da então 1ª Companhia do 11º Regimento de Infantaria (11º RI), em São João del-Rei (MG).

Campanha na Itália[editar | editar código-fonte]

Max desembarcou na Itália em setembro de 1944 como sargento da FEB e liderou mais de 30 patrulhas em áreas de batalha.[2]

Última missão[editar | editar código-fonte]

No dia 12 de abril de 1945, o 11º RI recebeu a missão de reconhecimento em Monteforte e Riva di Biscia (na região de Montese),[4] a denominada "terra de ninguém". O sargento Wolf foi voluntário para comandar a patrulha de reconhecimento, que foi constituída por 19 militares que haviam se destacado por competência e bravura em outros combates. Nessa missão, foi fatalmente atingido por uma rajada de metralhadora alemã, que o atingiu na altura do peito.

Neste dia e por causa do fogo inimigo, não foi possível recuperar o seu corpo e quando foi possível retornar ao local, seus restos mortais não estavam mais lá, portanto, seu corpo nunca foi recuperado. Supostamente, foi enterrado numa vala comum pelo inimigo.[2]

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

  • Monumento "A Patrulha do Sargento Max Wolf Filho" na Escola de Sargentos das Armas (ESA).
    Em sua homenagem, a Escola de Sargentos das Armas (ESA) leva seu nome como patrono.[5]
  • Em 2010, foi criada a medalha Sargento Max Wolff Filho, pelo Decreto nº 7118.[6] Tal medalha é conferida a subtenentes e sargentos do Exército brasileiro, em reconhecimento à dedicação e interesse pelo aprimoramento profissional, que efetivamente se tenham destacado no seu desempenho profissional, evidenciando características e atitudes inerentes ao 2º Sargento Max Wolf Filho.
  • Em São Paulo, a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Max Wolf Filho, Sgt.[7][8] também leva o seu nome.[nota 1]
  • O 20º Batalhão de Infantaria Blindado (20º BIB), em Curitiba-PR, tem a denominação histórica de "Batalhão Sargento Max Wolf Filho".

Condecorações[editar | editar código-fonte]

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O sargento mantinha uma série disciplina e competência militar destacando-se por liderar patrulhas de reconhecimento e por não deixar para trás os feridos,[3] além de ser muito popular entre colegas da FEB e do V Exército dos Estados Unidos. Por estes ações na Segunda Guerra Mundial, ganhou múltiplas condecorações de guerra.[10]

Foi agraciado post mortem com as medalhas de Campanha de Sangue e Cruz de Combate, do Brasil; e com a medalha Bronze Star, dos Estados Unidos da América, entre outras condecorações:

Documentos históricos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Vide a EMEI nº 304, no mapa das EMEI paulistanas.[9]

Referências

  1. «A Guarda Policial da Província Fluminense». Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Consultado em 3 de agosto de 2017. Arquivado do original em 4 de setembro de 2017 
  2. a b c Diego Antonelli (8 de maio de 2015). «A 2.ª Guerra Mundial 70 anos depois». Jornal Gazeta do Povo. Consultado em 4 de agosto de 2017 
  3. a b Dennison de Oliveira (2012). «Guia do Museu do Expedicionário» (PDF). Universidade Federal do Paraná. Consultado em 4 de agosto de 2017 
  4. Como é o caso de Monteforte, onde ficava o observatório do comando brasileiro durante a invasão de Móntese Portal FEB - acessado em 11 de abril de 2017
  5. Exército Brasileiro. Escola de Sargentos das Armas. Acesso em 30 de julho de 2020.
  6. BRASIL. Decreto nº 7.118, de 25 de fevereiro de 2010. Cria a Medalha "Sargento Max Wolff Filho" e dá outras providências. Presidência da República Federativa do Brasil: Brasília, 2007. Acesso em 4 de junho de 2011.
  7. Escola Municipal Max Wolf Filho[ligação inativa] Site da Prefeitura de São Paulo - acessado em 3 de agisto de 2017
  8. escolas. «Escola - EMEI Max Wolf Filho Sgt - São Paulo - SP». Escol.as. Consultado em 25 de maio de 2018 
  9. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO. Mapa das Escolas Municipais de Educação Infantil - EMEI e CEU EMEI Arquivado em 12 de novembro de 2011, no Wayback Machine.. Acesso em 7 de outubro de 2013.
  10. Cel CLÁUDIO MOREIRA BENTO. «SARGENTO MAX WOLF-O HERÓI MAIOR DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA» (PDF). Site FAHIMTB e AHIMTB. Consultado em 4 de agosto de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]