Matéria (filosofia) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Na filosofia, matéria é um termo polissêmico com uma complexa etimologia. Considera-se Aristóteles como o primeiro filósofo a definir um conceito estável de matéria (às vezes especificamente referido como prima materia), a partir da palavra Hule ou Hyle, equivalente do grego antigo à madeira.[1] A concepção aristotélica de 'matéria' era compreendida através do contraste com o conceito de forma, propondo que ambos formam um par, principal componente da realidade, correspondendo, em outras palavras, ao par material-estrutura.[2]

A partir do século XVII, o conceito de matéria começou a ser pensado enquanto algo localizado no espaço-tempo e tendo as propriedades de extensão e mobilidade. Ficou caracterizado na ciência moderna como algo possuindo massa e extensão, distinto da energia. Na Física quântica, essa distinção não tem mais sustentação.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. McMullin 1965, p. 3.
  2. a b Bunnin 2009, p. 415.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • McMullin, Ernan (1965). The Concept of Matter in Greek and Medieval Philosophy [O Conceito de Matéria na filosofia grega e medieval] (em inglês). [S.l.]: University of Notre Dame Press 
  • McMullin, Ernan (1963). The Concept of Matter in Modern Philosophy [O Conceito de Matéria na filosofia moderna] (em inglês). [S.l.]: University of Notre Dame Press 
  • Bunnin, Nicholas (2009). The Blackwell Dictionary of Western Philosophy (em inglês). [S.l.]: Wiley-Blackwell. ISBN 978-1405191128