Massacre de Izium – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cemitério na cidade de Izium, região de Kharkiv, onde moradores locais enterraram civis e militares mortos durante a batalha de Izium e posterior ocupação russa da cidade. Após a libertação de Izium, em 16 de setembro, os investigadores começaram a exumação dos corpos.

Massacre de Izium foi o assassinato em massa ocorrido durante a invasão russa da Ucrânia em 2022. O material fotográfico e de vídeo do massacre começou a surgir em 15 de setembro de 2022, depois que as forças russas foram expulsas da cidade na contraofensiva de Kharkiv.[1]

Os corpos foram encontrados em várias valas comuns, incluindo um local contendo pelo menos 445 civis ucranianos,[2] foram encontrados na cidade ucraniana de Izium.[3]

Entre as árvores, havia centenas de sepulturas com simples cruzes de madeira, a maioria delas marcada apenas com números, enquanto uma das maiores sepulturas tinha uma placa dizendo que continha os corpos de pelo menos 17 soldados ucranianos.[4]

Algumas das mortes foram provavelmente por tiros, outras por bombardeios,[5] e outras por falta de assistência médica.[6] Segundo as autoridades, alguns dos corpos estavam com as mãos amarradas nas costas e apresentavam sinais de tortura.[7] Oleh Synyehubov, governador da região de Kharkiv, disse: "Entre os corpos que foram exumados hoje, 99% mostraram sinais de morte violenta. Há vários corpos com as mãos amarradas nas costas, e uma pessoa foi encontrada enterrada com uma corda no pescoço. Obviamente, essas pessoas foram torturadas e executadas. Há também crianças entre os sepultados".[8] Os moradores que sobreviveram à invasão afirmaram que os russos visavam indivíduos específicos e que já tinham listas dos moradores locais que estavam nas forças armadas, as famílias dos militares ou as pessoas que eram veteranos da guerra em Donbas.[9]

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky comparou a descoberta ao massacre de Bucha quando as autoridades começaram as investigações forenses.[10] As Nações Unidas responderam afirmando que planejam enviar monitores para Izium.[11]

Referências

  1. «Ukraine war: Zelenskyy raises flag in recently recaptured Izium». Euronews (em inglês). 15 de setembro de 2022. Consultado em 17 de setembro de 2022 
  2. «'We don't know where the rest of the bodies went': the search for answers in Izium». The Guardian (em inglês). 16 de setembro de 2022. Consultado em 17 de setembro de 2022 
  3. «Zelensky alerta que o mundo tem de reagir ao massacre de Izium». RTP. 17 de setembro de 2022. Consultado em 17 de setembro de 2022 
  4. The Associated Press (16 de setembro de 2022). «Ukraine's president says a new mass grave is found near a recaptured city». NPR (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2022 
  5. AFP (16 de setembro de 2022). «Mass Grave Found in Ukraine Town Retaken from Russia: Zelensky - Kyiv Post - Ukraine's Global Voice». Kyiv Post. Consultado em 17 de setembro de 2022 
  6. Bachega, Hugo; Murphy, Matt (16 de setembro de 2022). «Ukraine war: Hundreds of graves found in liberated Izyum city - officials». BBC News (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2022 
  7. Harding, Luke (16 de setembro de 2022). «Ukraine says victims from Izium mass grave show signs of torture». The Guardian (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2022 
  8. «Mass grave found in retaken Ukrainian city of Izyum». Financial Times. 16 de setembro de 2022. Consultado em 17 de setembro de 2022 
  9. Tondo, Lorenzo; Koshiw, Isobel (14 de setembro de 2022). «'People disappeared': Izium's residents on Russia's occupation». The Guardian (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2022 
  10. Harding, Luke (16 de setembro de 2022). «Ukraine says victims from Izium mass grave show signs of torture». The Guardian (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2022 
  11. Child, David (16 de setembro de 2022). «Russia-Ukraine latest updates: Putin says no 'hurry' in Ukraine». Aljazeera (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2022