Frota Naval Militar da União Soviética – Wikipédia, a enciclopédia livre

Frota Naval Militar da União Soviética
País  RSFS da Rússia
 União Soviética
 Comunidade dos Estados Independentes
Subordinação Partido Comunista da União Soviética
Presidente da União Soviética
Sigla ВМФ
Criação 1918
Extinção 14 de fevereiro de 1992
História
Guerras/batalhas Revolução Russa
Guerra Civil Russa
Guerra Polaco-Soviética
Guerra de Inverno
Segunda Guerra Mundial
Guerra do Vietnã
Guerra Fria
Logística
Efetivo 467 mil homens (1984)
1 057 navios (1990)
1 172 aeronaves (1990)
Insígnias
Estandarte naval (1923–1935)
Estandarte naval (1935–1950)
Estandarte naval (1950–1991)
Jaque
Comando
Comandantes
notáveis
Ievgeni Berens
Alexandr Nemits
Vasili Altfater
Ivan Iumashev
Nikolai Kuznetsov
Sergei Gorshkov
Marinhas da Rússia

Imperial Russa

Marinha Imperial (1696–1917)

União Soviética

Frota Naval Militar (1917–1991)

Federação Russa

Marinha Russa (1991 – Atualmente)

A Frota Naval Militar da União Soviética (Военно-морской флот СССР) era parte integrante das Forças Armadas da URSS, e estava dividida em quatro frotas principais: Frota do Norte, do Pacifico, Mar Negro e do Mar Báltico, adicionalmente tinha um comando autónomo, a Base Naval de Leningrado, e a Flotilha do Mar Cáspio que estava semi-independente. Adicionalmente tinha outros componentes que incluíam a Aviação Naval, Infantaria de Marinha (o equivalente aos fuzileiros), bem como corpos de artilharia de costa que incorporavam baterias de misseis.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A Frota Naval Militar foi formada em 1917 com base no que restava da Marinha Imperial Russa. Num primeiro momento, entre os danos sofridos durante a Revolução de 1917, a Guerra Civil Russa e a revolta de Kronstadt, em que um grande número de marinheiros desertaram (seja para lutar nos Exército Vermelho ou Branco ou simplesmente para sair), a par com as primeiras purgas sobre os oficiais, quase levaram ao desaparecimento efectivo da Marinha, e a uma incompleta inoperância.[2]

Por decreto do Soviete de 1918, a Marinha soviética tomou o nome de "Marinha Vermelha dos Operários e Camponeses" (em russo: Рабоче-Крестьянский Красный флот, Raboche-Krest'yansky Krasny Flot ou RKKF), numa clara analogia com o que se sucedia em terra com o Exército. Finda a Guerra Civil, o estado dos navios sobreviventes era tão degrado que a URSS optou por os vender como sucata à Alemanha. Apesar da Frota do Báltico ter ficado reduzida a 3 couraçados praticamente inoperacionais, 2 cruzadores, cerca de dez contratorpedeiros e alguns submarinos, continuava a ser no entanto uma força naval significante, que a par da Frota do Mar Negro providenciaram as bases para um expansão, ao que se juntavam cerca de 30 pequenas flotilhas fluviais. Com as atenções viradas para o interior das suas fronteiras, e o fortalecimento do poder do PCUS, a Marinha continuou negligenciada e fora dos planos de rearmamento ou investimento. Um sinal de como a URSS não se via nessa data com aspirações marítimas foi a sua ausência no Tratado Naval de Washington.[2]

Com a industrialização da União Soviética, da década de 1930, a marinha foi pela primeira vez alvo de investimentos maciços, que iram fazer dela no futuro uma das marinhas mais poderosas do mundo.[2]

Referências

  1. Sokolov, Alexei Nikolaevich (2010). «"Our Ambitious Plans": Soviet Shipbuilding Programs of the Post-war Decades». Warship International. XLVII (3): 191–256. ISSN 0043-0374 
  2. a b c Richard T. Ackley (1972). THE SOVIET NAVY'S ROLE IN FOREIGN POLICY (em inglês). [S.l.]: Naval War College Review. pp. 48–65 
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