Marco Petélio Libão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Marco Petélio Libão
Cônsul da República Romana
Consulado 314 a.C.

Marco Petélio Libão (em latim: Marcus Poetelius Libo) foi um político da gente Petélia da República Romana eleito cônsul em 314 a.C. com Caio Sulpício Longo.

Consulado (314 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Segunda Guerra Samnita

Em 314 a.C., foi eleito novamente cônsul, com Caio Sulpício Longo[1]. Os dois cônsules receberam o comando do exército do ditador Quinto Fábio Máximo Ruliano e cercaram Sora, que conquistaram com a ajuda de um traidor[1]:

Sora já havia sido capturada quando, na madrugada, os cônsules que aceitaram a rendição dos que, por sorte, ainda estavam vivos na cidade depois do massacre noturno e não fugiram. Foram levados a Roma 225 prisioneiros, indicados pelo povo como os principais responsáveis pelo massacre dos colonos romanos e pela deserção. O resto da população foi deixada incólume em Sora, onde foi instalada uma guarnição armada. Os deportados foram depois mortos a pauladas e decapitados em pleno Fórum.
 

Logo depois, os dois cônsules lideraram suas forças contra os ausônios e conseguiram capturar as cidades de Ausona, Minturno e Véscia graças à traição de doze nobres ausônios[2].

Então, sabendo que os habitantes de Lucéria haviam entregue a guarnição romana aos samnitas, o exército marchou para a Apúlia, tomando a cidade no primeiro assalto. O Senado discutiu por um longo tempo o que fazer com a cidade e decidiu, finalmente, enviar 2 500 romanos[2]. No entanto, rumores de uma conspiração entre romanos e habitantes de Capua levou à nomeação de Caio Mênio Públio como ditador, como já havia acontecido em 320 a.C.[3].

Logo depois, os exércitos romanos, conduzidos pelos dois cônsules, enfrentaram os samnitas numa batalha campal na Campânia, não muito longe de Cáudio, conseguindo finalmente uma vitória decisiva[4]:

Agora os romanos prevaleciam por toda a linha e os samnitas, cessando o combate, foram mortos ou aprisionados, com exceção dos que conseguiram escapar para Malevento, a cidade hoje chamada de Benevento. Segundo a tradição, 30 000 samnitas foram mortos ou aprisionados.
 

Por causa desta vitória, aparentemente apenas Caio Sulpício recebeu um triunfo em Roma[5].

Mestre da cavalaria (313 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 313 a.C., Caio Petélio Libo Visolo foi nomeado ditador pelo Senado para conduzir a campanha contra os samnitas. Depois de escolher Marco Petélio[6] (ou Marco Fólio Flacinador[7]) como seu mestre da cavalaria, liderou o exército romano até Nola[7].

O ditador, depois de examinar a posição da cidade, com o objetivo de liberar o acesso às fortificações, mandou incendiar todos os edifícios que estavam adossados à parede externa da muralha e nos quais viviam muitas pessoas. Nola foi aprisionada em pouco tempo.
 

Alguns analistas atribuem o mérito desta campanha ao cônsul Caio Júnio Bubulco Bruto[8][7][9].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Lúcio Papírio Cursor IV

com Quinto Publílio Filão IV

Caio Sulpício Longo III
314 a.C.

com Marco Petélio Libão

Sucedido por:
Lúcio Papírio Cursor V

com Caio Júnio Bubulco Bruto II


Referências

  1. a b c Lívio, Ab Urbe condita IX, 24.
  2. a b Lívio, Ab Urbe condita IX, 25.
  3. Lívio, Ab Urbe condita IX, 26.
  4. a b Lívio, Ab Urbe condita IX, 27.
  5. Fastos Triunfais
  6. Smith, 779
  7. a b c d Lívio, Ab Urbe condita IX, 28.
  8. Lívio, Ab Urbe condita VIII, 23
  9. Diodoro Sículo, XVII, 113.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]