Marco Arrecino Clemente – Wikipédia, a enciclopédia livre

Marco Arrecino Clemente
Cônsul do Império Romano
Consulado 73 d.C.
85 d.C.

Marco Arrecino Clemente (em latim: Marcus Arrecinus Clemens) foi um militar romano nomeado cônsul sufecto, possivelmente para o nundínio de julho a agosto de 73, com um colega de nome desconhecido e novamente para maio a junho de 85 com Lúcio Bébio Honorato. Foi prefeito da Guarda Pretoriana entre 70 e 71.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Clemente nasceu numa família equestre de Pisauro.[1] Apesar de ser membro do Senado, Clemente foi colocado na liderança da Guarda Pretoriana em 70 pelo maior aliado de Vespasiano, Caio Licínio Muciano, que estava preocupado com a crescente influência do comandante anterior, Árrio Varo. Ele ficou na posição até junho de 71, quando o próprio Tito, filho de Vespasiano, o substituiu. Segundo Tácito, Clemente foi escolhido por que seu pai, Marco Arrecino Clemente, havia comandado a Guarda na época de Calígula. Arrecina Tértula, primeira esposa de Tito (antes de seu reinado), era irmã de Clemente.[2][3]

Logo depois, Clemente foi cônsul em 73,[4] governou a Hispânia Tarraconense entre 74 e 82,[5] foi cônsul novamente em 85[6] e finalmente foi nomeado prefeito urbano de Roma em 86.

Suetônio relata o final da vida de Clemente. O imperador Domiciano o convidou para um passeio e, conforme caminhavam, passou uma pessoa que ambos reconheceram. Clemente o chamou de "patife" e Domiciano perguntou-lhe se os dois deveriam ouvi-lo no dia seguinte. O "patife" se revelou ser um delator que acusou Clemente de um crime pelo qual ele foi considerado culpado e executado.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Vespasiano III

com Tito II
com Caio Licínio Muciano III (suf.)
com Tito Flávio Sabino II (suf.)
com Marco Úlpio Trajano (suf.)
com Sexto Márcio Prisco (suf.)
com Cneu Pinário Emiliano Cicatricula (suf.)

Domiciano II
73

com Lúcio Valério Cátulo Messalino
com Lúcio Élio Oculato (suf.)
com Quinto Gávio Ático (suf.)
com Marco Arrecino Clemente (suf.)
com Sexto Júlio Frontino (suf.)

Sucedido por:
Vespasiano V

com Tito III
com Tibério Pláucio Silvano Eliano II (suf.)
com Lúcio Júnio Quinto Víbio Crispo II (suf.)
com Quinto Petílio Cerial Césio Rufo II (suf.)
com Tito Clódio Éprio Marcelo II (suf.)
com Caio Pompônio (suf.)
com Lúcio Mânlio Patruíno (suf.)
com Cneu Domício Tulo (suf.)

Precedido por:
Domiciano X

com Caio Ópio Sabino
com Lúcio Júlio Urso (suf.)
com Caio Túlio Capitão Pomponiano Plócio Firmo (suf.)
com Caio Cornélio Galicano (suf.)

Domiciano XI
85

com Tito Aurélio Fulvo II
com Quinto Júlio Cordino Caio Rutílio Gálico II (suf.)
com Lúcio Valério Cátulo Messalino II (suf.)
com Marco Arrecino Clemente II (suf.)
com Lúcio Bébio Honorato (suf.)
com Públio Herênio Polião (suf.)
com Marco Ânio Herênio Polião (suf.)
com Décimo Abúrio Basso (suf.)
com Quinto Júlio Balbo (suf.)
com Caio Sálvio Liberal Nônio Basso (suf.)

Sucedido por:
Domiciano XII

com Sérvio Cornélio Dolabela Petroniano
com Caio Sécio Campano (suf.)
com Quinto Víbio Segundo (suf.)
com Sexto Otávio Frontão (suf.)
com Tibério Júlio Cândido Mário Celso (suf.)
com Aulo Búcio Lápio Máximo (suf.)
com Caio Otávio Tídio Tossiano Lúcio Javoleno Prisco (suf.)


Referências

  1. AE 1947, 90; CIL XI, 428
  2. Tácito, Histórias 4, 68, 2
  3. Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Tito 4, 2.
  4. Paul Gallivan, "The Fasti for A. D. 70-96", Classical Quarterly, 31 (1981), pp. 188, 214
  5. Werner Eck, "Jahres- und Provinzialfasten der senatorischen Statthalter von 69/70 bis 138/139", Chiron, 13 (1983), pp. 196f
  6. Gallivan, "Fasti for A. D. 70-96", pp. 190, 216
  7. Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Domiciano XI.2

Bibliografia[editar | editar código-fonte]