Mar Caboclo – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Mar Caboclo foi um paleoceano que ocupou parte do atual território do Brasil, na região norte da Chapada Diamantina, na Bahia, cerca de 1 100 milhões de anos atrás.[1]

O local fora antes ocupado pelo Mar Espinhaço que, a seguir, formara o Deserto Tombador,[2] até ser invadido por águas agitadas possivelmente por conta da elevação do nível dos oceanos e de transgressões marinhas que recobriram "as rochas da diamantífera Formação Tombador, viabilizando o retrabalhamento dos seus sedimentos de origem continental".[1]

A região viria também a ser leito para formação do mar Bambuí, que possuía águas calmas (datado de cerca de 700 milhões de anos atrás). O mar veio a possibilitar a criação da camada geológica denominada Formação Caboclo, cujos registros indicam a existência de ondas na plataforma marinha, embora alguns estudiosos creem que o mar tenha sido raso e dominado por tempestades, sendo "constituída por intercalações rítmicas de arenitos, siltitos (...) e argilitos".[1]

"A hipótese de invasão marinha é consubstanciada pelas feições das rochas, indicativas das atividades de marés, a exemplo de marcas de ondas e estratos com camadas cruzadas" que "apresentam-se em afloramentos rochosos de arenitos bem selecionados nas bordas da serra do Sincorá, entre a região de Lençóis e o sul de Andaraí", como registrou o estudioso Ricardo Borges.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Ricardo Borges (18 de março de 2021). «Os mares ancestrais da Chapada Diamantina». Geobservatório. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 16 de maio de 2023 
  2. Natália Augusta Rothmann Eschiletti (3 de julho de 2020). «O perfil do geoturista no território proposto para o Geoparque Serra do Sincorá – BA». UCS. Consultado em 16 de março de 2023. Cópia arquivada em 6 de março de 2023. PDF arquivado como html. 
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