Maomé Amade – Wikipédia, a enciclopédia livre

Maomé Amade
Maomé Amade
Nascimento 12 de agosto de 1844
Dongola
Morte 22 de junho de 1885 (40 anos)
Cartum
Sepultamento Ondurmã, The Mahdi's tomb
Cidadania Sultanato de Darfur, Quedivato do Egito, Sudão Madista
Ocupação político, teólogo, chefe militar, membro da resistência, traficante de escravos
Religião Islamismo, Sufismo, Samaniyya
Causa da morte tifo

Maomé Amade ibne Saíde Abedalá[1] (Muhammad Ahmad ibn as Sayyid abd Allah) conhecido também como Mádi (12 de agosto de 1844 - 22 de junho de 1885), foi um núbio,[2] líder religioso sufi da ordem Samaniyya no Sudão que, quando jovem, estudou o islamismo sunita. Em 1881, ele alegou ser o Mahdi. Ele liderou uma guerra bem sucedida contra o domínio militar otomano-egípcio no Sudão e alcançou uma vitória notável sobre os britânicos, no cerco de Cartum. Ele criou um vasto estado islâmico que se estende do Mar Vermelho à África Central e fundou um movimento que permaneceu influente no Sudão um século depois.[3]

De seu anúncio do Mahdiyya em junho de 1881 até 1898,[2] o crescente número de apoiadores do Mahdi, os Ansars, estabeleceram muitas de suas doutrinas teológicas e políticas. Após a morte inesperada de Muhammad Ahmad em 22 de junho de 1885, seu vice-chefe, Abdallahi ibn Muhammad, assumiu a administração do nascente estado mahdista.

Após a morte de Ahmad, Abdallahi governou como Khalifa, mas seu governo autocrático, bem como a força militar britânica aplicada diretamente, destruiu o estado Mahdi após a conquista anglo-egípcia do Sudão em 1899. Apesar disso, o Mahdi continua sendo uma figura respeitada na história do Sudão. No final do século XX, um de seus descendentes diretos, Sadiq al-Mahdi, serviu duas vezes como primeiro-ministro do Sudão (1966–67 e 1986–89). Ele seguiu políticas democratizantes.[3]

Referências

  1. Alves 2014, p. 60; 204; 761.
  2. a b Holt, P.M.: "The Mahdist State in Sudan, 1881-1898". Oxford: Clarendon Press, 1970. p. 45
  3. a b «al-Mahdī | Sudanese religious leader | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 2 de fevereiro de 2022 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798 
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