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 Nota: Não confundir com Male, nem com Malê.
Malé
Localização:
Dados gerais:
País: Maldivas
Coordenadas: 4° 10' N 73° 30' E
Altitude: 0 metros.
Área: Comprimento 1,7 quilômetro/1,05 milhas largura
1,0 quilômetro/0,62 milhas
Habitantes: 133 412 (2014)
Densidade: 48.235 hab/km²
Fuso horário: GMT +5:00
Sítio:

Malé (em língua dhivehi: މާލެ, pronunciado: "Maha-alay") é a maior cidade e capital das Maldivas. A cidade está localizada no extremo sul do Atol Kaafu. Também é uma das subdivisões administrativas do país. Tradicionalmente foi a ilha do Rei, onde a antiga dinastia real das Maldivas governava e onde seu palácio era localizado. Hoje é sede do governo e centro de negócios, comercial, empresarial e educativo. Tem uma população de aproximadamente 80 mil pessoas, sendo aproximadamente um terço da população do país.[1]

A ilha é fortemente urbanizada, com a cidade ocupando-a praticamente por inteiro e é a cidade mais densamente povoada do mundo. Malé foi golpeada pelo tsunami que varreu através a costa ocidental de Sumatra em 26 de Dezembro de 2004. Foi afetada pelo sismo do Oceano Índico cujas ondas inundaram dois terços da cidade.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome Malé foi retirado da palavra Mahaalay que veio do sânscrito, língua influente na região. O nome deriva de maha, que significa "grande" ou "ótimo" e aalay, que significa "casa".[2] Normalmente a palavra Mahaalay é utilizada para denominar o palácio de um rei ou a capital (ilha do rei) em sânscrito. Entretanto, os contos tradicionais sugerem uma origem diferente deste nome.[3]

O conjunto inteiro de ilhas (Maldivas), leva o nome de sua capital. A palavra "Maldivas" significa "as ilhas de Malé"

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História das Maldivas

Os primeiros habitantes das Maldivas foram budistas. Em 1153,os muçulmanos conquistaram as Maldivas. Anos mais tarde o arquipélago passou pelas mãos de portugueses, neerlandeses e ingleses, sendo que estes últimos transformaram Malé em um protetorado (entre 1887 e 1965). Em 1953 foi tentada estabelecer uma república mas poucos meses depois, a cidade foi restabelecida ao sultanato. Em 1968 foi reinstaurada a república, continuando Malé como capital.

Em 26 de dezembro de 2004, ocorreu o devastador terremoto em Sumatra (Terramoto do oceano Índico de 2004) e o tsunami posterior inundou dois terços da cidade. O tsunami e o terremoto causaram 220 mil mortos ao largo de todo o Oceano Índico. Em 29 de setembro de 2001 foi explodida uma bomba perto de uma mesquita, ferindo 12 turistas. É considerada a primeira bomba que já explodiu em grandes proporções na cidade.[4]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

A cidade é subdividida em seis partes, sendo quatro na ilha de Malé. A ilha de Vilingili, formalmente um resort turístico e antes uma prisão, é a quinta divisão (Vilimalé). A sexta divisão é Hulhumalé, uma ilha artificial e cidade desde 2004. Além destes, o Aeroporto Internacional de Malé faz parte da cidade. Existe planos para a criação de uma ilha porto no recife de Gulhi Falu.[5]

Nr. Divisão Área
(ha)
População
Censo 2006
Densidade Coordenadas Observações
1 Henveiru 59.1 23,597 39,927.2 4° 10′ 37″ S, 73° 30′ 48″ L Ilha de Malé
2 Galolhu 27.6 19,414 70,340.6 Ilha de Malé
3 Machchangolhi 32.6 19,580 60,061.3 Ilha de Malé
4 Maafannu 75.9 29,964 39,478.3 Ilha de Malé
1-4 Malé (Ilha) 195.2 92,555 47,415.5 4° 10′ 28″ S, 73° 30′ 34″ L Ilha de Malé
5 Vilimalé 31.8 6,956 21,874.2 Ilha de Villingili
6 Hulhumalé 200.9 2,866 1,426.6 ilha artificial
- Ilha de Hulhule 151.9 1,316 866.4 Aeroporto Internacional de Malé
- Gulhi Falhu - - - ilha porto planejada
  Malé (cidade) 579.8 103,693 17,884.3 4° 10′ 28″ S, 73° 30′ 34″ L  

A ilha de Malé é a segunda mais densamente povoada do mundo, depois de Ap Lei Chau em Hong Kong.

Infra-estrutura[editar | editar código-fonte]

Como não há mais terras adiante no país, toda a infra-estrutura está localizada na cidade. A água fornecida é terrena dessanilizada; a água chega através de bombas de salombra com 50-60m de profundidade e dessaliniza usando a osmose inversa.[6] A energia elétrica é gerada na cidade utilizando geradores de diesel.[7] O esgoto é bombeado para não ir diretamente para o mar.[8] Os recursos sólidos são transportados para ilhas próximas, onde são usados para preencher as lacunas. O aeroporto foi construído neste sentido, e atualmente, a lagoa Thilafushi está sendo preenchida.[9][10]

Na cidade pode-se encontrar todos os serviços básicos; além destes, conta com bancos, numerosos caixas automáticos e a maioria das empresas de correio internacionais.[11] Possui vários centros de saúde, como o Hospital Indira Ghandi Memorial (IGMH), que é o maior do país, e na saúde privada o Hospital ADK é o mais importante.[12] Existe também um serviço de táxi, cujo valor máximo é regulamentado pelo governo.

O Aeroporto Internacional de Malé

Economia[editar | editar código-fonte]

O turismo é a maior atividade econômica nas Maldivas, respondendo por 28% do PIB e mais de 60% das receitas cambiais. Mais de 90% das receitas fiscais do governo vem de direitos de importação e impostos relacionados com o turismo.

Malé tem muitas atrações turísticas e resorts próximos. A cidade também é o centro comercial e possui o porto principal do país.

Transporte[editar | editar código-fonte]

Aéreo[editar | editar código-fonte]

O Aeroporto Internacional de Malé é o principal aeroporto das Maldivas. Foi por muito tempo o único aeroporto internacional das Maldivas. O aeroporto foi inaugurado em 12 de abril de 1966.

Referências

  1. Maldives/
  2. Vaman Shivram Apte; Sanskrit English Dictionary
  3. Caldwell, Comparative Dravidian Grammar, p. 27-28
  4. Al menos doce turistas heridos en la explosión de una bomba en las Maldivas en Elpais.com
  5. Global Business Park Gulhi Falhu
  6. «Cópia arquivada». Consultado em 7 de setembro de 2009. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2008 
  7. «Cópia arquivada». Consultado em 7 de setembro de 2009. Arquivado do original em 16 de novembro de 2007 
  8. «Cópia arquivada». Consultado em 7 de setembro de 2009. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2008 
  9. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 7 de setembro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 24 de março de 2012 
  10. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 15 de novembro de 2018. Arquivado do original (PDF) em 1 de julho de 2007 
  11. [1]
  12. «Cópia arquivada». Consultado em 7 de setembro de 2009. Arquivado do original em 24 de julho de 2009 
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