Major Rocha – Wikipédia, a enciclopédia livre

Major Rocha
Major Rocha
Vice-Governador do Acre
Período 1 de janeiro de 2019
a 1 de janeiro de 2023
Governador Gladson Cameli
Antecessor(a) Nazareth Lambert
Sucessor(a) Mailza Gomes
Deputado federal pelo Acre
Período 1 de fevereiro de 2015 até 1 de janeiro de 2019
Deputado estadual pelo Acre
Período 1 de fevereiro de 2011 até 31 de janeiro de 2015
Dados pessoais
Nascimento 23 de outubro de 1968 (55 anos)
Rio Branco, AC
Partido PMDB (1988-2010)
PSDB (2010-2020)
PSL (2020-2022)
UNIÃO (2022)
MDB (2022-presente)
Profissão advogado e policial militar

Wherles Fernandes da Rocha (Rio Branco,[1] 23 de outubro de 1968), mais conhecido como Major Rocha, é um bacharel em Direito, policial militar reformado e político brasileiro, foi vice-governador do estado Acre e filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi eleito deputado federal pelo Acre, entre 2015 e 2018, quando teve que deixar o cargo para assumir a vice-governadoria do Estado, era o vice-líder de seu partido na Câmara dos Deputados.

Antes exerceu, também, o cargo de deputado estadual pelo Acre entre 2011 e 2015.

Troca de acusações com ex-presidente Lula[editar | editar código-fonte]

O deputado Major Rocha envolveu-se em uma polêmica com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rocha foi o autor de uma representação contra o ex-presidente junto à Procuradoria Geral da República, com denúncia envolvendo irregularidades na reforma de um sítio de “um amigo” do ex-presidente e o pedido feito por Lula ao então presidente da construtora OAS, Leo Pinheiro, para que a empreiteira assumisse a construção de vários prédios da cooperativa Bancoop. A OAS assumiu também a reforma de um apartamento tríplex de 297 metros quadrados no Guarujá, litoral de São Paulo. Praticamente um ano depois após a representação feita pelo deputado, as denúncias do parlamentar ganharam força com a Operação Lava Jato.

Em 16 de março de 2016, o juiz federal Sergio Moro retirou o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente. As conversas, gravadas pela Polícia Federal com autorização da justiça, incluem diálogo com a presidente Dilma Rousseff, que o nomeou como ministro chefe da Casa Civil, e também um trecho onde o ex-presidente comenta com o advogado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas que o procurador geral da República Rodrigo Janot recusara quatro pedidos de investigação contra o senador Aécio Neves, mas aceitou um único, vindo de um bandido do Acre. Este viria a ser o deputado Major Rocha. Em 17 de março, o deputado usou seu espaço na tribuna na Câmara dos Deputados, em Brasília, para se defender das acusações. Rocha criticou o ex-presidente e o chamou de maior bandido deste país.[2][3][4]

Prisão de assessores[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2016 foram presos dois de seus assessores parlamentares, o casal Erika Cristina de Oliveira e Mariceldo Silva do Nascimento, por suspeita de participação em uma organização criminosa.[5] As prisões ocorreram durante a primeira fase da Operação Êxodo, conduzida pela Polícia Civil, que investiga práticas de roubo, homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa, além de ataques contra patrimônios no Acre.[5] Segundo a polícia, o casal era responsável por organizar reuniões e comandar ataques e outros crimes.[5] Na operação foram presas 63 pessoas.[5] No dia seguinte às prisões, o deputado informou que sua assessora foi exonerada, sendo a única que prestava serviços direto a ele, enquanto o marido dela, Nascimento, ajudaria na entrega de panfletos, mas sem vínculo.[6] Rocha colocou em dúvida a isenção da Polícia Civil nas investigações.[6]

Votações[editar | editar código-fonte]

Em 2016, votou pela continuidade do processo de impeachment de Dilma. Já em 2017, votou a favor da PEC do teto dos gastos e também pela continuidade da investigação do presidente Temer.[7]

Referências

  1. «Biografia». Câmara dos Deputados. Consultado em 21 de abril de 2016 
  2. «Na Câmara, deputado federal do AC faz críticas ao ex-presidente Lula». G1. 17 de março de 2016. Consultado em 21 de abril de 2016 
  3. «Na Câmara, deputado federal do AC faz críticas ao ex-presidente Lula». G1. Acre. 17 de março de 2016. Consultado em 10 de maio de 2016 
  4. «Lula chama Major Rocha de "bandido" após saber que o procurador Rodrigo Janot aceitou pedido de investigação do deputado acreano que o colocou no olho do furacão», AC 24 horas, 17 de março de 2016 .
  5. a b c d Rodrigues, Iryá (15 de setembro de 2016). «Assessores de deputado do AC são presos por envolvimento em facção». G1. Consultado em 1 de novembro de 2016 
  6. a b Rodrigues, Iryá; Brasil, Janine (16 de setembro de 2016). «Após prisão de assessora, deputado critica polícia e quer apuração da PF». G1. Globo. Consultado em 1 de novembro de 2016 
  7. «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». G1. Consultado em 1 de janeiro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]