Mahbouba Seraj – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mahbouba Seraj
Nascimento 1948
Cabul
Cidadania Afeganistão
Alma mater
Ocupação jornalista, ativista pelos direitos das mulheres
Prêmios

Mahbouba Seraj (pashto/persa: محبوبه سراج, Cabul, 1948), também grafada como Mahbooba Seraj, é uma jornalista afegã e ativista dos direitos das mulheres.

Juventude e carreira[editar | editar código-fonte]

Mahbouba Seraj nasceu em 1948, em Cabul.[1] Mahbouba frequentou a Malalai High School e, mais tarde, estudou na Universidade de Cabul.[2]

Em 1978, Mahbouba Seraj e seu marido foram presos pelo Partido Comunista do Afeganistão e, naquele mesmo ano, declarados personas non grata.[3] Ela então partiu para os Estados Unidos,[1] inicialmente para a cidade de Nova York.[4] Mahbouba viveu em exílio por cerca de 26 anos, antes de retornar ao Afeganistão em 2003.[5][6][7] Após seu regresso, ela co-fundou uma série de organizações para combater a corrupção e pelos direitos das mulheres e das crianças. Mais notavelmente como membro da Rede de Mulheres Afegãs, sem fins lucrativos, ela dedicou a sua causa à defesa da saúde das crianças, ao combate à corrupção e ao empoderamento das vítimas de violência doméstica. Ela é a criadora e locutora de um programa de rádio para mulheres chamado “Nosso Amado Afeganistão, de Mahbouba Seraj”, que foi transmitido em todo o Afeganistão. Ela também tem defendido que as mulheres façam parte do discurso político, através de um Plano de Ação Nacional, incentivado pelas Nações Unidas.

Quando os talibãs regressaram ao poder, em agosto de 2021, Mahbouba Seraj recusou-se a fugir do país, decidindo permanecer em Cabul para continuar a trabalhar com mulheres e crianças.[8][9]

Ela lançou muitas campanhas dentro e fora do Afeganistão para acabar com o ódio dos iranianos contra os afegãos.[10]

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

  • 2023 - O curta-metragem documental sobre ela, intitulado The Noble Guardian, dirigido por Anna Coren, ganhou o prêmio de melhor documentário no LA Shorts International Film Festival.[11]
  • 2021 - Ela foi premiada como uma das 100 mulheres mais influente do mundo, pela BBC.[12]
  • 2021 - Ela foi incluída na Time 100, a lista anual da revista Time com as 100 pessoas mais influentes do mundo.[13]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b MacKinnon, Mark (4 de outubro de 2021). «Godmother of Afghan women's rights stays to fight for the future». The Globe and Mail 
  2. «Biography of Mahbouba Seraj». Afghan Women Skills Development Center (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2021 
  3. van Lierde, Frank (10 de janeiro de 2020). «Afghan women, frontline defenders of Afghan democracy». Cordaid International (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2021 
  4. «Last Exit from Afghanistan». The New Yorker (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2021 
  5. «Mahbouba Seraj - Contributor». www.huffpost.com (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2021 
  6. Akhauri, Tanvi (19 de agosto de 2021). «Who Is Mahbouba Seraj? One Of The Strongest Afghan Voices For Women's Rights». She the People - the Women's channel (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2021 
  7. Hilal, Elizabeth Weingarten, Leila. «A Step Forward for Afghan Women?». Foreign Policy (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2021 
  8. «Mahbouba Seraj: The 100 Most Influential People of 2021». Time (em inglês). Consultado em 10 de outubro de 2021 
  9. Johnson, Emily Alfin; ElBardicy, Mohamad; Rezvani, Arezou (17 de agosto de 2021). «She Is Staying In Afghanistan To Ensure Women's Gains Aren't Lost Under Taliban Rule». NPR (em inglês). Consultado em 10 de outubro de 2021 
  10. https://www.theglobeandmail.com/world/article-godmother-of-afghan-womens-rights-stays-to-fight-for-the-future/
  11. Riley, Jenelle (4 de novembro de 2023). «'The Noble Guardian' Documentary on Afghan Activist Eyes Oscar Chances» 
  12. «BBC 100 Women 2021: Who is on the list this year?». BBC News (em inglês). 7 de dezembro de 2021. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  13. Taddonio, Patrice (12 de outubro de 2021). «'I Cannot Protect Her': A Disappearance. An Activist Unable to Help.». Frontline (em inglês). Consultado em 15 de novembro de 2021