Mármore – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mármore.
Vénus de Milo.

Mármore[1] é uma rocha metamórfica originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão de baixa a moderada.[2] Por este motivo as maiores jazidas de mármore são encontradas em regiões de rocha matriz calcária e onde houve atividade vulcânica. O mármore é uma rocha explorada para uso em construção civil.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O substantivo «mármore» provém do étimo latino marmŏr[3], que além de aludir à rocha homónima, também servia, figurativamente, para designar a superfície encapelada do mar. O étimo latino, por seu turno, proveio do grego antigo μάρμαρος que designava rochas cristalinas e o próprio mármore.[4]

Características[editar | editar código-fonte]

Especificação Característica
Mineralogia principal Calcita, dolomita
Constituintes menores Quartzo, pirita, anfibólios, diopsídio
Composição Química Carbonática (calcítica a magnesiana)
Estrutura Maciça
Texturas Granoblástica, poligonizada
Tipos de metamorfismo Metamorfismo de contacto

Metamorfismo regional

Principais rochas metaderivadas Calcários e dolomitos
Cor preferencialmente clara

Comércio[editar | editar código-fonte]

Taj Mahal.

Comercialmente são classificados como mármores, todas as rochas carbonáticas capazes de receber polimento. A composição mineralógica depende da composição química do sedimento e do grau metamórfico. Dessa forma, possuem uma variedade de cores e texturas, estruturas que as tornam bastante rentáveis na indústria de rochas ornamentais.

Jazidas[editar | editar código-fonte]

Extração de mármore.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Em Portugal, encontram-se jazidas de mármore principalmente no Maciço Antigo da região alentejana, inseridos em terrenos da Zona de Ossa-Morena, mais concretamente nos quadrantes que vão de Estremoz a Barrancos e de Montemor a Ficalho.[5]

Sendo certo que estes mármores têm maior expressão no Anticlinal de Estremoz ( que se encontra no quadrante que vai de Estremoz a Barrancos), de onde, por sinal, é extraído o afamado mármore de Estremoz, também há consideráveis jazidas nos quadrantes que vão de Montemor a Ficalho e no Maciço de Beja, principalmente nas zonas que ficam entre Ficalho e Moura, Viana do Alentejo e Alvito, Escoural, Serpa, e Trigaches.[5]

Neste quadrantes, os mármores surgem integrados em dois complexos vulcano-sedimentares (respectivamente o de Estremoz e o de Ficalho - Moura) que, apesar das diferenças geográficas entre si, exibem sequências litoestratigráficas semelhantes, sendo fundamentalmente constituídos por mármores, xistos e intercalações de rochas vulcânicas.[5]

Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, as maiores concentrações de mármore estão no estado do Espírito Santo, sendo este também o maior produtor de rochas ornamentais do país.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. S.A, Priberam Informática. «mármore - Dicionário Online Priberam de Português». Dicionário Priberam. Consultado em 8 de setembro de 2023 
  2. «Mármore». Biblioteca Nacional da Alemanha (em alemão). Consultado em 11 de maio de 2020 
  3. «marmor - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2023 
  4. «μάρμαρος - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2023 
  5. a b c Casal Moura, A. (2007). Mármores e calcários ornamentais de Portugal. Lisboa: INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação. pp. 25–28. ISBN 978-972-676-204-1 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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