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Luiz Carlos Maciel
Luiz Carlos Maciel
Maciel em 2015
Nascimento 15 de março de 1938
Porto Alegre, RS, Brasil
Morte 9 de dezembro de 2017 (79 anos)
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Maria Cláudia (1976 -2017)
Filho(a)(s) Lucia Maciel
Ocupação Filósofo, escritor, jornalista e roteirista

Luiz Carlos Maciel (Porto Alegre, 15 de março de 1938 - Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2017) foi um filósofo, escritor, jornalista e roteirista brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Recebeu seu nome em homenagem a Luís Carlos Prestes.[1]

Formou-se em filosofia em 1958, pela Universidade do Rio Grande do Sul. Enquanto estudava, foi diretor e ator amador de teatro - participou dos grupos Clube de Teatro, Teatro Universitário e Teatro de Equipe.[1] Em 1959 recebeu uma bolsa de estudos para a Escola de Teatro da Universidade da Bahia. Nessa ocasião, conheceu Gláuber Rocha, João Ubaldo Ribeiro e Caetano Veloso, entre outros. Foi, inclusive, o ator principal do curta-metragem de Glauber, A cruz na praça.

Em 1960 recebeu nova bolsa de estudos, desta vez da Fundação Rockefeller, para o Carnegie Institute of Technology, em Pittsburgh, nos Estados Unidos da América, onde estudou direção teatral e realização de roteiros, durante dezoito meses. Na volta a Salvador, foi professor da Escola de Teatro, tendo dirigido diversas peças.

Em 1964 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde lecionou no Conservatório Dramático Nacional e trabalhou em jornais locais, entre eles Jornal do Brasil, Última Hora e na revista Fatos & Fotos.

Conhecido como o "guru da contracultura", destacou-se nos anos 1960 e 70 com suas ideias sobre o underground. Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, em 1969. Em 1970, juntamente com a maioria da equipe de O Pasquim, foi preso pelas autoridades militares da época, e passou dois meses na Vila Militar, no Rio.

Editou também o semanário contra-cultural Flor do Mal, e foi diretor de redação do semanário Rolling Stone. Trabalhou durante vinte anos na Rede Globo, exercendo funções de roteirista, redator, membro de grupos de criação de programas e de analista e orientador de roteiros.

Em 1979 colaborou no semanário Enfim e, no ano seguinte, na revista Careta, ambos editados por Tarso de Castro. Em 1984 dirigiu o espetáculo musical Baby Gal, com a cantora Gal Costa, e a peça Flávia, cabeça, tronco e membros, de autoria de Millôr Fernandes.

Em 1987 voltou a lecionar, principalmente cursos de roteiro. Em 1991 dirigiu as peças Boca molhada de paixão calada, de Leilah Assumpção, e Brida, de Paulo Coelho. Em 1998, seu roteiro para o filme de longa-metragem Dolores recebeu um prêmio concedido pelo Ministério da Cultura.

Era casado desde 1976 com a atriz Maria Cláudia.

Maciel morreu em 9 de dezembro de 2017, vítima de falência múltipla de órgãos.[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Samuel Beckett e a solidão humana
  • Sartre, vida e obra
  • Nova consciência
  • Negócio seguinte
  • A morte organizada
  • anos 1960
  • Eles e Eu — Memórias de Ronaldo Bôscoli (com Ângela Chaves)
  • Geração em transe, memórias do tempo do tropicalismo
  • Dorinha Duval, em busca da luz (com Maria Luiza Ocampo)
  • As quatro estações
  • Negócio Seguinte
  • Sol da Liberdade (com Patrícia Marcondes de Barros)

Referências

  1. a b Pinheiro, Márcio (14 de dezembro de 2023). «A mente inquieta de Luiz Carlos Maciel, um dos nomes decisivos na contracultura brasileira». Jornal do Comércio. Consultado em 15 de dezembro de 2023 
  2. Redação (9 de dezembro de 2017). «Morre,aos 79 anos, o escritor e filósofo Luiz Carlos Maciel». O Globo. Consultado em 9 de dezembro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]