Linha 15 do Metrô de São Paulo – Wikipédia, a enciclopédia livre


     Linha 15 do Metrô de São Paulo

Dados gerais
Tipo Monotrilho
Sistema Metrô de São Paulo
Local de operação São Paulo, Brasil
Terminais Início: Vila Prudente
Fim: Jardim Colonial
Estações
  • 11 em operação
  • 7 em projeto
Operação
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Operador Companhia do Metropolitano de São Paulo
Armazém(ns) / pátios Pátio Oratório
Material circulante 27 trens Frota M Bombardier
Histórico
Abertura oficial 30 de agosto de 2014 (9 anos)
Dados técnicos
Comprimento da linha 14,6 km (9,1 mi)
Eletrificação 750 V DC terceiro trilho
Velocidade de operação 80 km/h (50 mph)
Mapa

Ipiranga
Obras suspensas
Vila Prudente
Oratório
São Lucas
Camilo Haddad
Vila Tolstói
Vila União
Jardim Planalto
Sapopemba
Fazenda da Juta
São Mateus
Jardim Colonial
Em obras
Boa Esperança
Jacu-Pêssego
Obras suspensas
Jardim Marilu
Jardim Pedra Branca
Cidade Tiradentes
Hospital Cidade Tiradentes

A Linha 15–Prata do Metropolitano de São Paulo é uma linha de monotrilho, a sexta Linha do Metrô de São Paulo a entrar em operação. Quando totalmente pronta, contará com 26,6 km de extensão e 18 estações, ligando os distritos do Ipiranga e Cidade Tiradentes, através dos bairros de Vila Prudente, Parque São Lucas, Sapopemba, São Mateus, Iguatemi, entre outros.

Com custo total de R$ 6,40 bilhões[1], deveria atender uma demanda estimada em 550 mil passageiros por dia e integrar os terminais de ônibus de Vila Prudente, Sapopemba, São Mateus e Cidade Tiradentes.[2].

O primeiro trecho, entre as estações Vila Prudente e Oratório, foi inaugurado em 30 de agosto de 2014. Durante onze meses, a linha funcionou em horários reduzidos, em caráter de teste e sem cobrança de tarifa.[3] Em 10 de agosto de 2015, teve início a operação comercial da linha, e seu horário diário de funcionamento passou a ser das 7h às 19 h.[4] Em 26 de outubro de 2016 a linha passou a operar no mesmo horário de funcionamento das demais linhas do metrô: das 4h40 até a meia-noite,[5] mas com testes frequentes e não funcionando aos domingos por quase todo o dia.[6][7]

Mais quatro estações (São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói é Vila União) foram entregues em 6 de abril de 2018, em operação assistida, passando a operar normalmente em dezembro, ainda em horário reduzido, e em janeiro de 2019 no horário normal.[8] A Estação Jardim Planalto foi entregue em 26 de agosto de 2019 e opera no horário normal da rede metroviária desde a sua inauguração. As estações Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus foram inauguradas em 16 de dezembro de 2019, em operação assistida,[9][10] passando a funcionar em horário normal a partir de 6 de janeiro.[11] A estação Jardim Colonial foi inaugurada em 29 de dezembro de 2021. [12]

O trecho entre as estações Boa Esperança e Hospital Cidade Tiradentes não está em obras, embora a viabilização de sua construção até o ano de 2022 tenha sido prometida pelo governador João Doria.[13]

O trecho até a Estação Ipiranga, incluindo a estação, teve o início de suas obras prometido para 2020, no começo do mesmo ano, a fim de dividir a demanda por transferências para o resto do sistema metroferroviário, que seria insustentável somente com a estação Vila Prudente.[14][15]

História[editar | editar código-fonte]

Vista área da Cidade Tiradentes, com destaque para os conjuntos habitacionais implantados pela Cohab, BNH e CDHU. Com cerca de 40 mil unidades, abriga o maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina.[16]

Essa região começou a ser povoada no final do século XIX e início do século XX, tendo sido a antiga Estrada de Sapopemba criada para ligar a Fazenda homônima à cidade de São Paulo. Às margens da Estrada, foram surgindo algumas fazendas e sítios, porém a ocupação maciça dessa região se daria apenas na metade do século XX.

Na década de 1920, começaria a povoação do atual parque São Lucas. Vinte anos depois, e os primeiros núcleos urbanos seriam criados em Sapopemba. Nas décadas de 1950 e 1960, ocorre a progressiva ocupação da região de São Mateus. Conforme essa região foi sendo povoada, loteamentos são implantados, porém o sistema viário era implantado de forma lenta e irregular, e a distância entre o centro da capital e essa região dificultava seu povoamento.

A migração de nordestinos para São Paulo atingiu seu auge no início da década de 1970 e forçou a ocupação dessas áreas distantes do centro de São Paulo. Nos anos 1970 e 1980, a região do Iguatemi e Cidade Tiradentes eram ocupadas. Na década de 1980, a prefeitura de São Paulo investiu na construção de dezenas de conjuntos habitacionais na Cidade Tiradentes, ocupando cada vez mais essa região localizada a 32 km da Praça da Sé.

O povoamento desordenado dessa região aliado ao baixo desenvolvimento econômico tornaria grande parte da Zona Leste região dormitório e diversos problemas de infraestrutura começam a surgir, sendo o transporte o mais grave de todos. Por conta da grande distância dessa região do restante da cidade (onde se concentram os empregos), seus moradores perdem mais de 3 horas em longas viagens de ônibus, seja para trabalhar e ou estudar.

O crescimento da Zona Leste de São Paulo também traria complicações à Linha 3 do Metrô. Sendo a única linha de metrô da região, ela acabaria por receber a maior parte da demanda de passageiros da Zona Leste, o que contribuiu para que essa linha se tornasse superlotada, recebendo o título de linha mais cheia do mundo.[17] Para atender a demanda dessa região, em 2005 seria revisado o projeto do Fura Fila. Transformado em Expresso Tiradentes, seria um corredor de ônibus que ligaria a Cidade Tiradentes até o Parque Dom Pedro II, através das avenidas do Estado, Luís Inácio de Anhaia Melo, Sapopemba, Ragueb Chohfi, Estrada do Iguatemi e Avenida dos Metalúrgicos.[18] Após ter seu primeiro trecho concluído entre o Parque Dom Pedro II e a Vila Prudente[19], a prefeitura decidiu, em 2009, substituir o projeto do corredor no trecho seguinte por um projeto de sistema monotrilho a ser implantado pelo estado. Essa substituição foi motivada por conta da grande demanda de passageiros existente no eixo de implantação do sistema (estimado em cerca de 500 mil passageiros /dia), que não conseguiria ser atendida com o corredor de ônibus proposto.[20]

Em 28 de abril de 2009, o prefeito Gilberto Kassab e o governador José Serra anunciaram convênio para alterar o projeto do corredor de ônibus Expresso Tiradentes, passando então a chamar-se Metrô Leve Expresso Tiradentes. No mês seguinte, uma comitiva conjunta da prefeitura de São Paulo e do governo paulista viajou para a Ásia e conheceu o monotrilho da cidade de Osaka.[21]

O trecho entre as estações Boa Esperança e Hospital Cidade Tiradentes foi definido como "não prioritário", portanto a Linha 15–Prata foi totalmente concluída no dia 29 de dezembro de 2021, com a inauguração da Estação Jardim Colonial (no distrito do Iguatemi). Além disso, a linha seria totalmente concedida à iniciativa privada até o fim de 2018.[22][23][24] Em 11 de março de 2019, a linha foi leiloada para o consórcio ViaMobilidade, que também opera a Linha 5–Lilás e operará a Linha 17–Ouro. A previsão era de que o consórcio assumisse o ramal entre junho e julho de 2019, ainda com quatro estações faltantes, que ainda não tinham prazo para conclusão. A concessão, porém, foi anulada na justiça paulista em 14 de novembro de 2019, após ação movida pelo Sindicato dos Metroviários.[25]

Implantação do sistema[editar | editar código-fonte]

Monotrilho da Linha 15.
Interior da Estação Vila Prudente da Linha 15 Prata do Metrô de São Paulo.

Para acelerar o processo de implantação do sistema monotrilho, o governo paulista utilizou-se de uma licitação antiga (datada de 1992) de construção da Linha 2 do Metrô entre a Vila Prudente e o Oratório. Esse plano foi contestado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que tentou, sem sucesso, suspender as obras.[26] Por conta do uso de licitação da Linha 2–Verde, o governo anunciou para a imprensa que a construção dessa linha era a expansão da Linha 2–Verde. Já o real projeto de expansão da Linha 2 (entre Vila Prudente e a rodovia Dutra) passaria a ser chamado de Linha 15–Branca. Nos mapas mais recentes sobre a expansão do metrô, essa nomenclatura não está sendo utilizada, sendo a linha de monotrilho representada de forma independente à Linha 2–Verde. Na segunda semana de setembro de 2012, o então presidente da Companhia do Metropolitano, Peter Walker, conferiu nova denominação à linha, que agora é oficialmente conhecida como Linha 15–Prata.[27]

O processo de implantação do sistema monotrilho foi dividido em três fases:

Trecho Extensão (km) Estações Integrações Inauguração Observações
Vila Prudente ↔ Oratório 2,9 2 Linha 2–Verde do Metrô / Expresso Tiradentes 30 de agosto de 2014 Trecho com obras iniciadas em novembro de 2009[28]
Em operação
Oratório ↔ São Mateus 10,1 8 Corredor Metropolitano EMTU 6 de abril de 2018[29] Trecho com obras iniciadas em 11 de junho de 2012;[30]
Em operação[31]
São Mateus ↔ Jardim Colonial 1,8 1 Corredor Metropolitano EMTU 29 de dezembro de 2021[12] Trecho em obras desde 27 de maio de 2019[32]
Jardim Colonial ↔ Jacu-Pêssego 2,8 2 - 2025 Trecho em obras desde 24 de fevereiro de 2022[33]
Jacu Pêssego ↔ Hospital Cidade Tiradentes 6,9 4 Sem previsão Trecho com construção paralisada.
Ipiranga ↔ Vila Prudente 2,1 1 Linha 10–Turquesa Sem previsão Trecho em projeto.

Demanda[editar | editar código-fonte]

Movimento anual de passageiros (x 1000)
Fontes: Cia. do Metropolitano de S. Paulo
(relatórios anuais de 2015 a 2018[34][35][36][37]
e demanda de passageiros transportados
por linha em 2019[38])

[39]

Alguns especialistas criticaram a decisão de se utilizar o sistema monotrilho, por causa do seu uso em regiões menos povoadas, da degradação visual do sistema (sendo comparado ao Minhocão) e da baixa capacidade de transporte se comparados aos sistemas de metrô convencionais.[40] Além disso, alguns sistemas de monotrilho como os de Las Vegas, Dubai, Joanesburgo e Moscou se revelariam deficitários, levando as empresas que os operavam a falir ou a contrair grandes prejuízos.[41] O estado rebateria essas críticas apresentado um projeto suficiente para atender a demanda da região, alegando ter um nível de degradação menor que o provocado pelo Minhocão e com implantação mais rápida, se comparado a um sistema de metrô convencional[42]. Também seriam apresentados modelos de sucesso do monotrilho, como o Tóquio (existente desde 1964) e o de Chonqqing, cidade chinesa com a maior rede de monotrilhos do mundo.

Embora atenda a demanda da região, o monotrilho terá uma demanda acima da já atendida pelos demais sistemas de monotrilhos no mundo, colocando o futuro sistema paulistano como o maior do mundo em número de passageiros transportados por hora (40 mil/hora)[43] e segundo maior por dia (Linha 3 de Chongqing sendo o primeiro). O grande número de passageiros a ser transportado diariamente pelo monotrilho também supera a demanda de outros sistemas de metrô, trem urbano, BRT e VLT.

Sistema Demanda diária (x 1000) / Ano Meio de transporte
Brasil Monotrilho Vila Prudente – Cidade Tiradentes 550 (2016) [44][45] Monotrilho
Brasil Linha 2 do Metrô de São Paulo 537 (2011)[46] Metrô
Brasil Linha 8 do Trem Metropolitano de São Paulo 430 (2011)[47] Trem suburbano
Brasil Linha 17 do Metrô de São Paulo 417 (2015)[45] Monotrilho
Monotrilho de Chongqing (Linha 2) 383 (2009) Monotrilho
Estados Unidos BART (San Francisco) 379 (2012)[48] Metrô
Japão Monotrilho de Tóquio (Haneda) 311 (2010) Monotrilho
Brasil Corredor ABD (EMTU) 300 (2012)[49] BRT
Estados Unidos Monotrilho Walt Disney World (Orlando) 250 Monotrilho
Brasil Metrô de Belo Horizonte 215 (2012)[50] Metrô
Índia Monotrilho de Mumbai 125 (2016)[51] Monotrilho
Japão Monotrilho de Tóquio (Tama) 120 Monotrilho
Japão Monotrilho de Osaka 100 (2011)[52] Monotrilho
Alemanha Monotrilho de Wuppertal 87[53] Monotrilho
Brasil Expresso Tiradentes 82 (2012)[54] BRT
Monotrilho de Kuala Lampur 57 (2011)[55][56] Monotrilho

Nota: sistemas em construção estão grifados em itálico.

Demanda por trecho[editar | editar código-fonte]

Trecho Demanda diária (x 1000)
Vila Prudente ↔ São Mateus 340
São Mateus ↔ Hospital Cidade Tiradentes 210
Vila Prudente ↔ Hospital Cidade Tiradentes 550 (Total)

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

Todas as estações do monotrilho serão elevadas, com alturas variando entre 12 e 15 metros, tendo estruturas pré-moldadas de concreto e cobertura metálica.

A implantação de vias elevadas na cidade gerou polêmica entre arquitetos. Alguns chegaram a comparar a estrutura elevada do monotrilho com as vias do Elevado Presidente João Goulart (Minhocão) e temem que a implantação do monotrilho causasse degradação similar. Dezenas de árvores estão sendo cortadas e ou transplantadas para outras áreas por conta das obras do monotrilho, o que desagradaria aos moradores do entorno da futura linha [57],embora o Metrô tenha assinado termo de compensação ambiental composto pelo plantio de 12 mil mudas na área lindeira ao monotrilho, a implantação de um parque linear de 20 mil m2 entre as estações Vila Prudente e Tamanduateí e a implantação de uma ciclovia no canteiro central das avenidas e sob as vias do monotrilho. [58] Para diminuir o impacto da implantação do monotrilho, o metrô projetaria a implantação de arborização e de uma ciclovia sob a linha.

Especulação imobiliária[editar | editar código-fonte]

A expansão da rede de metrô/monotrilho despertou uma especulação imobiliária nos distritos de Vila Prudente e São Lucas, que se revela nos diversos empreendimentos recém lançados antes e durante as obras do sistema, sobretudo nas margens da Avenida Professor Luis Inácio Anhaia Melo.

Segundo a Embraesp, o monotrilho pode valorizar em até 30% os imóveis localizados até 1 km de distância das estações, devido à falta de transporte coletivo nessa região populosa, ao contrário da Linha 17–Ouro, onde o futuro sistema poderá eventualmente causar desvalorização de imóveis na região do Morumbi.[59]

Tabela[editar | editar código-fonte]

O monotrilho Ipiranga - Cidade Tiradentes terá 18 estações, sendo todas elevadas. Cada plataforma terá 90 m de comprimento e portas de plataforma.[60] Por causa da pequena demanda (cerca de 5 mil passageiros por dia) que será atendida pelas estações Camilo Haddad, Jardim Colonial e Boa Esperança, elas seriam batizadas pela imprensa de mini estações.[61]

Estação Sigla[62] Inauguração Integração Distrito
Ipiranga Em projeto Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo e Expresso Tiradentes. Ipiranga
Vila Prudente VPM 30 de agosto de 2014 Linha 2 do Metrô de São Paulo
Terminal Vila Prudente (SPTrans) Expresso Tiradentes e Corredor Paes de Barros (SPTrans).
Vila Prudente
Oratório ORT São Lucas
São Lucas SLU 6 de abril de 2018[63]
Camilo Haddad CDD
Vila Tolstói VTL São Lucas/Sapopemba
Vila União VUN Sapopemba
Jardim Planalto JPL 26 de agosto de 2019[63][64][65][66][67]
Sapopemba SAP 16 de dezembro de 2019[63][64][65][68][69] Terminal Sapopemba/Teotônio Vilela (SPTrans)
Fazenda da Juta FJT 16 de dezembro de 2019[69]
São Mateus MAT 16 de dezembro de 2019[63][64][65][66][69] Corredor São Mateus–Jabaquara (EMTU)/

Terminal São Mateus (SPTrans)

BRT Metropolitano Perimetral Leste Jacu-Pêssego[70]

São Mateus
Jardim Colonial IGT 29 de dezembro de 2021[12]
Boa Esperança[71] JEQ Meados de 2025
(previsão)[72]
Iguatemi
Jacu-Pêssego JPS
Jardim Marilu ESM Construção paralisada
Jardim Pedra Branca MBK Cidade Tiradentes
Cidade Tiradentes CDT Terminal Cidade Tiradentes (SPTrans)
Hospital Cidade Tiradentes HCT

Obs: Nomes em negrito indicam estações em construção, e em itálico estações em projeto. Integrações (entre parênteses) indicam integrações futuras ou em construção, e integrações em itálico indicam integrações pagas.

Dados técnicos[editar | editar código-fonte]

Innovia 300

Modelo utilizado em São Paulo
----
Fabricante Bombardier
Fábrica Kingston (Ontário)[73] /

Hortolândia[74]

Família Innovia
Período de construção 2011-2014
Entrada em serviço 2014
Total construídos 27[75] (54 previstos no total)
Formação 7 carros
Capacidade 1000 passageiros
Operador Metrô de São Paulo
Depósitos Oratório
Linhas Linha 15–Prata
Especificações
Corpo alumínio
Comprimento Total 85 m
Largura 3,14 m
Altura 4,04 m
Portas 4 por carro (2 de cada lado)
Velocidade máxima 80 km/h
Peso 14,400 kg (cada carro vazio)
Aceleração 1,0 m s²
Desaceleração 1,0 m s²
Tipo de tração elétrica
Tipo de climatização HVAC
Alimentação 750 VCC
Captação de energia trilho
Freios regenerativo/fricção

Via[editar | editar código-fonte]

As vias do monotrilho são constituídas de vigas guia de concreto de 30 m de comprimento e 70 cm de largura, sendo sustentadas por colunas de concreto com altura entre 12 e 15 e diâmetro de 1m. A via terá rampa máxima de 6%.[42]

Pátios[editar | editar código-fonte]

A Linha 15–Prata terá dois pátios para abrigar seus 54 trens de 7 carros:

  • Pátio Oratório: Localizado na Avenida do Orátorio, 1053, era uma planta industrial da empresa têxtil Coats Corrente, desativada em 1997 e vendida ao Grupo Zafari, que iniciaria obras de construção de um supermercado até as mesmas serem embargadas pela prefeitura, obrigando o grupo gaúcho a investir em outra área na Pompéia. Posteriormente a área seria desapropriada para a implantação do Pátio Oratório do Monotrilho. O pátio Oratório será o principal pátio da Linha 15 e terá capacidade para abrigar todos os 54 trens em 5,6 mil metros de vias.[76][77]
  • Pátio Ragueb Chohfi: Com uma área de 55 mil metros quadrados, o pátio Ragueb Chohfi servirá como pátio auxiliar quando construído.[42]

Trens[editar | editar código-fonte]

O Metrô de São Paulo realizou uma licitação internacional para a construção do sistema monotrilho, que necessita de 54 trens para atender a demanda de 550 mil passageiros por dia. Quatro consórcios se apresentaram para a disputa. Quatro empresas fabricantes de monotrilho integraram esses consórcios: Hitachi, Intamin, Scomi e Bombardier, sendo esta última a vencedora do certame.

A Bombardier utiliza a plataforma Innovia, já utilizada no monotrilho de Las Vegas, e desenvolveu o maior trem para monotrilho do mundo, com 85 m de comprimento, divididos em 7 vagões, tendo a composição a capacidade de transportar mais de mil passageiros.

Esses trens foram construídos na planta da Bombardier em Kingston (Ontário) e na nova planta da empresa localizada em Hortolândia. Em agosto de 2012 foi feita uma exposição de um mock-up em tamanho real do monotrilho. Em 30 de outubro de 2013 o primeiro trem foi apresentado ao público.[78]

Sistemas de sinalização[editar | editar código-fonte]

O monotrilho tem o sistema de sinalização CBTC, que proporciona um intervalo entre trens mínimo de 75 segundos, embora o intervalo de operação seja de 90 segundos. O sistema de operação do trem é baseado no sistema driverless (sem operador humano a bordo), similar ao existente na Linha 4–Amarela. Esse sistema causou grande polêmica por conta de dispensar o operador humano, alimentada pela colisão entre trens ocorrida em 16 de maio de 2012 na Linha 3–Vermelha, (causada por falha no sistema automático ATO) minimizada pela presença do operador de trens. O Sindicato dos Metroviários é contrário ao sistema por acreditar que o mesmo é inseguro e principalmente por conta da extinção da função de operador de trem[79]. Alguns especialistas em transporte rebateriam o argumento, afirmando que o CBTC/Driverless é utilizado em diversos sistemas do mundo, com altos índices de segurança operacional.[80]

Referências

  1. COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO-METRÔ. «MONOTRILHO DA LINHA 15–PRATA FAZ VIAGEM TESTE». COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO-METRÔ 
  2. Prefeitura do Município de São Paulo,Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente,Departamento de Participação e Fomento a Políticas Públicas e Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES (24 de fevereiro de 2011). «Procedimento da Audiência Pública com o objetivo de discutir questões relacionadas ao licenciamento ambiental da Linha 2 – Verde – Trecho Oratório – Cidade Tiradentes.» (PDF). Consultado em 15 de julho de 2012 
  3. «Trecho da Linha 15–Prata entre Vila Prudente e Oratório pode ser visitado nos fins de semana». Companhia do Metropolitano de São Paulo. 4 de setembro de 2014. Consultado em 6 de outubro de 2014 
  4. «Linha 15–Prata do monotrilho começa a operar comercialmente nesta manhã». G1o. 10 de agosto de 2015. Consultado em 11 de agosto de 2015 
  5. Redação G1 (26 de outubro de 2016). «Linha Prata do monotrilho começa a operar em horário normal nesta quarta». G1. Consultado em 27 de Novembro de 2011 
  6. «03/02/2017 - Monotrilho da Linha 15- Prata funciona em horário diferenciado no domingo (05)». www.metro.sp.gov.br. Consultado em 10 de novembro de 2017 
  7. «Estações da linha 15 do Metrô estão fechadas neste domingo - Notícias - R7 São Paulo». noticias.r7.com. Consultado em 10 de novembro de 2017 
  8. Renato Lobo (9 de janeiro de 2019). «Monotrilho da Linha 15 funcionará em horário integral a partir de sábado (12)». ViaTrolebus. Consultado em 17 de março de 2019 
  9. «Atraso na linha 4 do metrô trará duplo dano financeiro ao governo de SP - 31/07/2015 - Cotidiano - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2015 
  10. Leite, Fabio (4 de outubro de 2017). «Grupo chinês deve 'comprar' Linha 6 do Metrô e retomar obra parada». Estadão. O Estado de S. Paulo. Consultado em 15 de outubro de 2017 
  11. «Novas estações da Linha 15-Prata funcionam com horário ampliado». R7.com. 6 de janeiro de 2020. Consultado em 14 de janeiro de 2020 
  12. a b c «Governo de SP entrega Estação Jardim Colonial da Linha 15-Prata do Metrô». Governo do Estado de São Paulo. 29 de dezembro de 2021. Consultado em 29 de dezembro de 2021 
  13. «Linha 15-Prata deve operar em horário pleno até São Mateus a partir de 6 de janeiro, diz secretário». Metrô CPTM. 24 de dezembro de 2019. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  14. «Governo do estado quer iniciar obras da estação Ipiranga em 2020 e viabilizar a extensão para Cidade Tiradentes até 2022». Metrô CPTM. 16 de dezembro de 2019. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  15. «Metrô mantém vivo projeto de levar a Linha 15-Prata até a estação Ipiranga». Metrô CPTM. 10 de setembro de 2019. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  16. Subprefeitura de Cidade Tiradentes. «Histórico - Cidade Tiradentes: O bairro que mais parece uma cidade». Prefeitura de S. Paulo. Consultado em 15 de julho de 2012 
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  20. Agência Estado (28 de abril de 2009). «Expresso Tiradentes em SP terá trecho de metrô leve». UOL. Consultado em 15 de julho de 2012 
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  23. Cristina e Reuters, Paula (22 de janeiro de 2018). «Leilão da linha 15 é o novo alvo da CCR». DCI Diário Comércio Indústria e Serviços. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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