Libão Rupílio Frúgio – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lúcio Escribônio Libão Rupílio Frúgio Bono
Cônsul do Império Romano
Consulado 88 d.C.
Morte 101 d.C.

Libão Rupílio Frúgio (m. 101), cujo nome completo pode ter sido Lúcio Escribônio Libão Rupílio Frúgio Bono (em latim: Lucius Scribonius Libo Rupilius Frugi Bonus), foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de maio a agosto de 88 com Quinto Nínio Hasta. Era um dos filhos de Marco Licínio Crasso Frúgio, cônsul em 64, e Sulpícia Praetextata, filha de Quinto Sulpício Camerino Pético, cônsul sufecto em 46, e neto de Marco Licínio Crasso Frúgio, cônsul em 27, com a nobre Escribônia[1]. Seu irmão, Caio Calpúrnio Pisão Crasso Frúgio Liciniano, foi cônsul sufecto em 87[1].

É famoso principalmente por ter sido um ancestral do imperador Marco Aurélio.

História[editar | editar código-fonte]

Seu pai foi executado por ordem de Nero entre 66 e 68 por causa de acusações feitas pelo delator Marco Aquílio Régulo[2]. Depois da morte do imperador, Sulpícia o levou, juntamente com seus irmãos, ao Senado logo no início de 70 para pedir aos senadores e ao imperador Vespasiano justiça pelo dano provocado à sua família[2]. Régulo e seus aliados foram todos processados[3].

Frúgio se casou com a sobrinha do imperador romano Trajano, Salonina Matídia, como seu terceiro marido. Ela já tinha duas filhas de dois casamentos anteriores, Víbia Sabina e Míndia Matídia (Matídia Menor). Os dois tiveram uma filha chamada Rupília Faustina[4], que foi, por sua vez, avó paterna de Marco Aurélio[a].

Plínio, o Jovem, escreveu sobre um discurso agressivo que ele proferiu no Senado em 101[9].

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Domiciano XIII

com Lúcio Volúsio Saturnino
com Caio Calpúrnio Pisão Crasso Frúgio Liciniano (suf.)
com Caio Belício Natal Públio Gavídio Tebaniano (suf.)
com Caio Ducênio Próculo (suf.)
com Caio Cílnio Próculo (suf.)
com Lúcio Nerácio Prisco (suf.)

Domiciano XIV
88

com Lúcio Minício Rufo
com Décimo Plócio Gripo (suf.)
com Quinto Nínio Hasta (suf.)
com Lúcio Escribônio Libão Rupílio Frúgio (suf.)
com Marco Otacílio Cátulo (suf.)
com Sexto Júlio Esparso (suf.)

Sucedido por:
Tito Aurélio Fulvo

com Marco Asínio Atratino
com Públio Salústio Bleso (suf.)
com Marco Peduceu Seniano (suf.)
com Aulo Vicírio Próculo (suf.)
com Mânio Labério Máximo (suf.)


Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Segundo Birley, "A esposa de Libo Frúgio é desconhecida, mas Carcopino[5] defendeu que ela seria Matídia. Ele recebeu o apoio de Pflaum[6]. Porém, Schumacher[7], lembra que a filha de Libão Frúgio, Rupília Faustina, quase não teria idade suficiente, neste caso, para ser mãe do pai de Marco Aurélio. A única saída seria supor que Matídia teria se casado com Libo antes de seus dois maridos anteriores; e teria se divorciado dele (pois ele estava vivo em 101). A teoria se torna cada vez mais implausível."[8].

Referências

  1. a b Brian W. Jones, The Emperor Domitian, pages 165-6. Routledge
  2. a b J. Shelton, The Women of Pliny's Letters, p. 153. Routledge, 2013
  3. S.H. Rutledge, Imperial Inquisitions: Prosecutors and Informants from Tiberius to Domitian (Google eBook), p. 119. Routledge, 2002
  4. «Matídia, a Velha» (em inglês). Livius.org. Consultado em 11 de agosto de 2013 
  5. J. Carcopino, REA 51 (1949) 262 ff.
  6. H. G. Pflaum, HAC 1963 (1964) 106 f
  7. Schumacher, Priesterkollegien 195
  8. Anthony Richard Birley, Marcus Aurelius, página 244
  9. Plínio, o Jovem, Epístolas III.9.33