Lúcio Ceiônio Cômodo (cônsul em 106) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lúcio Ceiônio Cômodo
Cônsul do Império Romano
Consulado 106 d.C.

Lúcio Ceiônio Cômodo (em latim: Lucius Ceionius Commodus), às vezes chamado incorretamente de Lúcio Ceiônio Cômodo Vero[a], foi um senador romano eleito cônsul em 106 com Sexto Vetuleno Cívica Cerial[2]. É conhecido principalmente por ter sido pai biológico de Lúcio Élio, por um tempo o herdeiro aparente do imperador Adriano, e avô de Lúcio Aurélio Vero, co-imperador de Marco Aurélio.

Família[editar | editar código-fonte]

A família de Cômodo era originária da Etrúria[3]. Seu pai, também chamado Lúcio Ceiônio Cômodo, foi cônsul em 78[4], no final do reinado de Vespasiano. Sua mãe, uma certa Ápia Severa, era filha do senador Sexto Ápio Severo[3].

Cômodo se casou com Fundânia Pláucia, que depois se casou com Caio Avídio Nigrino[5], cônsul sufecto em 110 e executado no começo do reinado de Adriano (118). Com ela, teve um filho chamado Lúcio Ceiônio Cômodo, nascido em 101 e conhecido pelo nome de Lúcio Élio[5][4], que se casou com Uma das filhas de Nigrino, Avídia Pláucia, provavelmente de um outro casamento[5]. Élio foi adotado por Adriano em 136, mas morreu poucos meses antes de ascender ao trono romano, em 138.

O filho de Avídia e Lúcio Élio, também chamado Lúcio Ceiônio Cômodo, conhecido como Lúcio Aurélio Vero[6][4] foi adotado por Antonino Pio e se tornou imperador em conjunto com Marco Aurélio, com quem reinou por muitos anos. Além dele, Élio e Avídia tiveram também Caio Avídio Ceiônio Cômodo, Ceiônia Fábia e Ceiônia Pláucia.

É possível que Cômodo tenha tido outro filho além de Lúcio Élio, mas de nome desconhecido. Este filho provavelmente foi pai de Marco Ceiônio Silvano, cônsul em 156, na época de Antonino Pio.

Finalmente, é provável que Nigrino, que foi executado em 118, tenha se casado com Pláucia depois da morte de Cômodo, que, portanto, ocorreu antes desta data.

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Tibério Júlio Cândido Mário Celso II

com Caio Âncio Aulo Júlio Quadrado II
com Caio Júlio Quadrado Basso (suf.)
com Cneu Afrânio Dexter (suf.)
com Quinto Cecílio Honorato (suf.)
com Marco Vitório Marcelo (suf.)
com Caio Cecílio Estrabão (suf.)

Lúcio Ceiônio Cômodo
106

com Sexto Vetuleno Cívica Cerial
com Lúcio Minício Natal (suf.)
com Quinto Licínio Silvano Graniano Quadrônio Próculo (suf.)

Sucedido por:
Lúcio Licínio Sura III

com Quinto Sósio Senécio II
com Caio Minício Fundano (suf.)
com Caio Vetênio Severo (suf.)
com Caio Júlio Longino (suf.)
com Quinto Valério Paulino (suf.)


Notas[editar | editar código-fonte]

  1. A "História Augusta" chama seu filho com este nome, mas especifica em outra "Vida" que foi seu neto, Lúcio Aurélio Vero, renunciando ao seu nome "Cômodo", que tomou o cognome da família de Marco Aurélio, "Vero", e se tornou o imperador "Lúcio Vero"[1]. Contudo, erro de acreditar que Lúcio já tinha o cognome Vero antes de se tornar imperador é particularmente comum.

Referências

  1. Birley, Marcus Aurelius, pp. 116-117
  2. Fastos Ostienses, CIL XIV, 244 etc.
  3. a b Der Neue Pauly, Stuttgardiae 1999, T. 2, c. 1046.
  4. a b c PIR¹ C 502
  5. a b c Pierre Charneux, Bulletin de correspondance hellénique, 1957, M. Vettulenus Civica Barbarus, p. 125-131.
  6. História Augusta, Vida de Élio Vero II.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • PIR² C 604 / PIR¹ C 502
  • Continuité gentilice et continuité familiale dans les familles sénatoriales romaines à l'époque impériale, Oxford University (R.-U.), Linacre College, Predefinição:Coll. « Prosopographica & Genealogica », 597, 2000 ISBN 1-900934-02-7.