Línguas da África do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre

A África do Sul tem 12 línguas oficiais. A África do Sul também reconhece oito línguas não oficiais como "línguas nacionais". Das línguas oficiais, duas são línguas indo-europeiasinglês e africâner — enquanto as outras nove são línguas da família bantu e a língua de sinais.

São doze línguas oficiais, fora os dialetos locais. A diversidade marca a divisão dos idiomas na África do Sul e evidencia a mistura étnica do país-sede da Copa do Mundo 2010. Nas línguas maternas, o zulu aparece em primeiro lugar, seguido pelo xhosa e pelo africâner. Em cada região, contudo, a concentração varia. O zulu, por exemplo, é o principal idioma da costa leste, enquanto o africâner domina o lado oeste.

O inglês, por sua vez, é um idioma bastante influente na África do Sul. Se a língua materna não tem tanta representatividade como o pikulu, por exemplo, por outro lado é o principal meio de comunicação entre estrangeiros e locais. Também é uma prova da grande influência britânica sobre sua população.

A distribuição dos idiomas também expõe outro resquício da colonização europeia. O africâner se assemelha muito ao holandês, mesclando ainda características de português, alemão e francês. No dia a dia, a maioria dos sul-africanos age de forma parecida no uso de cada língua. O inglês, tournou-se uma língua franca, baste usada com turistas, mas interagem com os conterrâneos nos idiomas locais mais característicos, perguntando antes qual língua o interlocutor domina.

Comparação entre o censo de 2001 e o de 2022[editar | editar código-fonte]

Em 2001 as línguas mais faladas eram o zulu, que passou de 23,8% para 24,4%, seguido de xhosa que caiu de 17,6% para 16,6% e africâner que saiu de 13,3% para 10,6% em 2022. O inglês era a língua materna de 8,6% em 1996, depois 8,1% em 2001 e 8,7% em 2022.[1]

Mapa mostrando as principais línguas sul-africanas.

Língua portuguesa[editar | editar código-fonte]

O português, apesar de não ser uma das 12 línguas oficiais da África do Sul, goza do estatuto de língua protegida, uma vez que é significativa a proporção da população falante de língua portuguesa, devido à proximidade de Moçambique (e, em menor escala, de Angola) e pela dimensão da comunidade portuguesa e luso-descendente.

A África do Sul tem mais de um milhão de falantes de português, principalmente colonos da Madeira e brancos angolanos e moçambicanos que emigraram a partir de 1975, na sequência da independência das ex-colônias portuguesas. Depois do inglês e do africâner, o português surge como a primeira língua estrangeira do país,[1] e é a língua não oficial da África do Sul que apresenta o crescimento do seu número de falante mais rápido do país.

Referências

  1. «A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com Jorge Couto». Consultado em 22 de julho de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]