Kommunistka – Wikipédia, a enciclopédia livre

коммунистка
Primeira edição 1920
Última edição 1930
País URSS
Idioma Russo

Kommunistka (em russo, коммунистка; Mulher Comunista) foi uma revista feminista da União Soviética associada ao Genotdel, fundada por Inês Armand e Alexandra Kollontai em 1920.[1]

A revista estava dirigida especialmente para as mulheres de classe mais baixa,[2] e explorava a maneira de conseguir a libertação da mulher, não só de maneira teórica, mas prática, devido a que a revolução, por si mesma, não resolveria a iniquidade e a opressão das mulheres na família e na sociedade.[1] Armand e Kollontai insistiram no baixo percentual de mulheres nas esferas públicas –no partido, na gestão de empresas, nos soviets, nos sindicatos ou no governo– o que requeria um trabalho específico de libertação.[1]

Armand, Kollontai ou Krupskaya abordaram questões como a sexualidade, o aborto, o casal e o divórcio, a relação entre os sexos, o amor livre, a moralidade, a família, a maternidade ou a libertação das mulheres da escravatura dos homens. Ademais, a perspectiva da revista incidia em que a libertação da mulher estava igualmente unida à emancipação de toda a sociedade comunista.[2][3]

A revista deixou de ser publicada em 1930 com a dissolução do Genotdel na Era Stalin.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Wood, Elizabeth A. (2000). The Baba and the Comrade: Gender and Politics in Revolutionary Russia (em inglês). [S.l.]: Indiana University Press. ISBN 0-253-33311-3 
  2. a b Gleason, Abbott (1989). Bolshevik Culture: Experiment and Order in the Russian Revolution (em inglês). [S.l.]: Indiana University Press. ISBN 0-253-20513-1 
  3. a b Farnsworth, Beatrice (1980). Aleksandra Kollontai: Socialism, Feminism, and the Bolshevik Revolution (em inglês). [S.l.]: Stanford University Press. ISBN 0-8047-1073-2