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Katakana
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O símbolo ザ que tem som de za
Tipo Silabário
Línguas Japonês, Okinawana e Ainu
Período de tempo
c. 800 — presente
Sistemas-pais
Kanji
Sistemas-irmãos
Hiragana, Hentaigana
Direção Esquerda-para-direita
ISO 15924 Kana, 411
Conjunto de carateres Unicode
U+30A0–U+30FF

O katakana カタカナ (katakana) é um dos silabários empregados na escrita japonesa junto com o hiragana. Se atribui sua invenção ao monge Kukai (também conhecido como Kobo Daishi). Também se pode empregar katakana para referir-se a qualquer caractere do hiragana. Quando se refere ao conjunto de silabários hiragana e katakana se refere como kana. Das escritas japonesas esta é a mais antiga e foi desenvolvida para simplificar os kanjis de origem chinesa que chegaram antes do começo da isolação cultural japonesa, que se manteve inflexível até o fim da Era Edo.[1]

Estes caracteres, ao contrário dos kanji, não têm nenhum valor conceitual, senão unicamente fonético usado para representar onomatopeias, nomes científicos de plantas, animais e minerais, palavras e nomes estrangeiros (ou seja identificar estrangeirismos dentro da língua japonesa), além de enfatizar certas expressões em textos[2]. Graficamente apresentam uma forma angular e geométrica.

Tabela do Katakana[editar | editar código-fonte]

Está é uma tabela do katakana em conjunto com a romanização do Sistema Hepburn. Os Katakana com dakuten ou handakuten seguem o gojūon kana sem eles. Os caracteres em vermelho são obsoletos, e os caracteres em verde são adições modernas, usadas principalmente para representar sons de outras línguas.[3] Aprender a ler katakana muitas vezes é complicada pelas semelhanças entre caracteres diferentes. Por exemplo, os shi シ e tsu ツ, bem como so ソ e n ン, parecem muito semelhantes escritos exceto pela inclinação e forma. (Essas diferenças em inclinação e forma são mais proeminentes quando escrito com um pincel.)

vogais yōon sokuon
a i u e o ya yu yo (a) (i) (u) (e) (o)
ka ki ku ke ko キャ kya キュ kyu キョ kyo ッカ kka ッキ kki ック kku ッケ kke ッコ kko
sa shi su se so シャ sha シュ shu ショ sho ッサ ssa ッシ sshi ッス ssu ッセ sse ッソ sso
ta chi tsu te to チャ cha チュ chu チョ cho ッタ tta ッチ tchi (cchi) ッツ ttsu ッテ tte ット tto
na ni nu ne no ニャ nya ニュ nyu ニョ nyo
ha hi fu he ho ヒャ hya ヒュ hyu ヒョ hyo
ma mi mu me mo ミャ mya ミュ myu ミョ myo
ya yi¹ yu ye¹ yo
ra ri ru re ro リャ rya リュ ryu リョ ryo
wa  wi wu¹  we wo ² ヰャ wya ヰュ wyu ヰョ wyo
n
ga gi gu ge go ギャ gya ギュ gyu ギョ gyo
za ji zu ze zo ジャ ja ジュ ju ジョ jo
da di dzu de do ヂャ ja ヂュ ju ヂョ jo
ba bi bu be bo ビャ bya ビュ byu ビョ byo
pa pi pu pe po ピャ pya ピュ pyu ピョ pyo ッパ ppa ッピ ppi ップ ppu ッぺ ppe ッポ ppo
(ユィ)イィ yi (ユェ)イェ ye
(ヷ)ヴァ va (ヸ)ヴィ vi vu (ヹ)ヴェ ve (ヺ)ヴォ vo ヴャ vya ヴュ vyu ヴョ vyo
シェ she
ジェ je
チェ che
(スヮ) スァ swa スィ si スゥ swu スェ swe スォ swo スャ sya スュ syu スョ syo
(ズヮ) ズァ zwa ズィ zi ズゥ zwu ズェ zwe ズォ zwo ズャ zya ズュ zyu ズョ zyo
ツァ tsa ツィ tsi ツェ tse ツォ tso
テァ tha ティ ti テゥ thu テェ tye テォ tho テャ tya テュ tyu テョ tyo
デァ dha ディ di デゥ dhu デェ dye デォ dho デャ dya デュ dyu デョ dyo
(トヮ) トァ twa トィ twi トゥ tu トェ twe トォ two
(ドヮ) ドァ dwa ドィ dwi ドゥ du ドェ dwe ドォ dwo
ファ fa フィ fi ホゥ hu フェ fe フォ fo フャ fya フュ fyu フョ fyo
リィ ryi リェ rye
ウァ wa ウィ wi ウゥ wu ウェ we ウォ wo ウャ wya ウュ wyu ウョ wyo
(クヮ)クァ kwa クィ kwi クゥ kwu クェ kwe クォ kwo
(グヮ)グァ gwa グィ gwi グゥ gwu グェ gwe グォ gwo
(ムヮ) ムァ mwa ムィ mwi ムゥ mwu ムェ mwe ムォ mwo
pequeno ka pequeno ke3
1: Estes kanas foram introduzidos no sistema educacional em meados da Era Meiji, mas quase nunca são usados, eles são chamados de kanas obsoletos.[4]
2: ("wo") soa da mesma forma que ("o"), mas é raramente usado, exceto quando o correspondente em hiragana tem que ser representado em todo o ambiente katakana. A versão katakana do kana wo, ヲ, é primariamemente usada, embora raramente, para representar a partícula を em katakana. A partícula é comumente pronunciada como o mesmo kana "o".
3: Este caractere é na verdade uma simplificação do kanji , não um katakana.

Ordem dos traços[editar | editar código-fonte]

A tabela a seguir mostra o método para escrever cada caractere katakana. Está organizado de forma tradicional, onde os caracteres são organizados pelos sons que os compõem. Os números e as setas indicam a ordem e a direção do traço, respectivamente.[5][6]

Usos do Katakana[editar | editar código-fonte]

O katakana é usado para escrever nomes comuns e próprios de origem estrangeira, principalmente ocidental, onomatopéias, palavras técnicas, gírias e nomes científicos de plantas e animais. As onomatopéias escritas em katakana estão muito presentes na língua japonesa - nas histórias em quadrinhos (mangás), elas são frequentemente usadas para representar o som da chuva, palmas, socos.[7]

  • Onomatopéias, por exemplo pinpon (ピンポン, pinpon), o "ding-dong", som de uma campainha;
  • Usado para termos científicos como nomes de animais plantas, minerais, entre outros;
  • Enfatizar palavras. Por exemplo, é comum ver ココ koko (aqui), ゴミ gomi (lixo) ou メガネ megane (óculos).

Ortografia[editar | editar código-fonte]

Marca de extensão de vogal

Em katakana se representa uma vogal extensa a partir de um traço largo chamado chōon (ー na escrita horizontal, | na escrita vertical).

Se a palavra é japonesa, também pode-se formar as extensões de forma análoga a como se faz em hiragana:

Exemplos:

  • ミスター (misutaa, mister)
  • スーパーマーケット (suupaamaaketto, do inglês supermarket, supermercado)
  • ショーイチ (Shōichi, apesar de que se normalmente se escreveria em kanji ou hiragana).

Consoante geminada

Um pequeno tsu ッ chamado sokuon indica uma consoante geminada, que é representada em rōmaji dobrando a consoante seguinte. Por exemplo, cama é escrito em katakana com uma consoante geminada, ベッド (beddo), que se origina do inglês bed. A pronúncia é feita criando uma pausa entre os kanas envolvidos na duplicação consonantal.

Nomes Próprios de Estrangeiros Transcritos[editar | editar código-fonte]

Alguns exemplos de transcrição de nomes próprios para o katakana:

Nome Original Katakana Rōmaji
Cássia カシア Kashia
Eduardo エドゥアルド Eduārudo
Gustavo グスターボ / グスターヴォ Gusutabo
Quésia ケージア Kēzia
Tiago チアーゴ Chiago
Carlos カルロス Karurosu
Rafael ラファエル Rafaeru
Wesley ウェズレイ Wezurei
Igor イゴール/イゴー Igōru

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Seeley, Christopher (1 de abril de 2000). A History of Writing in Japan (em inglês). [S.l.]: University of Hawaii Press. ISBN 082482217X 
  2. «Por que existe o alfabeto katakana?». Made in Japan. Made in Japan. 9 de janeiro de 2014. Consultado em 23 de setembro de 2015. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2015 
  3. Workbooks, Lang (22 de agosto de 2020). Domine o Hiragana e o Katakana Japonêses. [S.l.]: Independently Published. ISBN 9798677611100 
  4. «伊豆での収穫». web.archive.org (em japonês). 2 de janeiro de 2008. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  5. «Katakana Stroke Order». learnjapaninjapanese.com/ (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2023 
  6. «Learning Katakana». Yoshida Institute (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2023 
  7. Revista História Viva - "Japão - 500 anos de história, 100 anos de imigração", pg.61.
  8. «English Loanwords in Japanese: Effects, Attitudes and Usage as a Means of Improving Spoken English Ability» (PDF). Journal of the School of Human Studies, Bunkyo Gakuin University (em inglês). Consultado em 27 de junho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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