Fidelidade (feudalismo) – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Um juramento de fidelidade (do latim fidelitas)[1][2] ou de fieldade[3][4] é uma promessa de lealdade de uma pessoa para outra.

Definição[editar | editar código-fonte]

Na Europa medieval, o juramento de fidelidade tomava a forma de um juramento feito por um vassalo ou subordinado a seu senhor . "Fidelidade" também se referia aos deveres atribuídos a um vassalo que eram devidos ao senhor, que consistiam em serviço e auxílio. [5]

Uma parte do juramento de fidelidade incluía jurar permanecer sempre fiel ao senhor. O juramento de fidelidade geralmente acontecia após o ato de homenagem, quando, pelo ato simbólico de ajoelhar-se diante do senhor e colocar as mãos entre as mãos do senhor, o vassalo se tornava o "homem" do senhor. Geralmente, o senhor também prometia prover o vassalo de alguma forma, seja através da concessão de um feudo ou de alguma outra forma de apoio. [6] Tipicamente, o juramento ocorria sobre um objeto religioso, como a Bíblia ou relíquia de um santo, frequentemente contida em um altar, vinculando o jurador diante de Deus. Fidelidade e homenagem eram elementos-chave do feudalismo europeu.

A fidelidade é distinta de outras partes da cerimônia de homenagem e geralmente é usada apenas para se referir à parte da cerimônia em que o vassalo jurou ser um bom vassalo para o seu senhor. [7]

O juramento de fidelidade também era usado por outras instituições, tais como guildas ou universidades.[8]

História[editar | editar código-fonte]

Na Europa medieval, um juramento de fidelidade (em alemão: lehnseid) era um elemento fundamental do sistema feudal no Sacro Império Romano. Era jurado entre duas pessoas, o súdito feudal (vassalo ) e seu superior feudal (senhor). O juramento de fidelidade era geralmente realizado como parte de uma cerimônia tradicional em que o súdito ou vassalo dava a seu senhor uma promessa de lealdade e aceitação das consequências de uma quebra de confiança. Em troca, o senhor do rei prometia proteger e permanecer leal ao seu vassalo. Esse relacionamento formava a base da posse da terra, conhecida como posse feudal, pela qual a do inquilino (o vassalo) era tão semelhante à posse real que era considerada uma propriedade separada descrita como domínio útil (dominium utile), literalmente "propriedade benéfica ", enquanto a propriedade do proprietário era referida como domínio ou superioridade eminente (dominium directum, propriedade direta).[carece de fontes?]

No final da Idade Média, a investidura e o juramento de fidelidade eram invariavelmente registrados por um ato; nos tempos modernos, isso substituiu a cerimônia tradicional. Onde a distância geográfica entre as duas partes era significativa, o senhor podia nomear um representante diante de quem o juramento seria prestado.[carece de fontes?]

Todo o contrato, incluindo o juramento de lealdade, fazia parte de uma cerimônia formal de comendação que criava o relacionamento feudal.[6]

O termo também é usado para se referir a juramentos semelhantes de lealdade em outras culturas feudais, como no Japão medieval, bem como em contextos políticos modernos.[carece de fontes?]

Referências

  1. «fidelidade». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  2. «fidelidade». Dicionário Caldas Aulete da Língua Portuguesa. aulete.uol.com.br 
  3. «fieldade». Dicionário Caldas Aulete da Língua Portuguesa. aulete.uol.com.br 
  4. «fieldade». Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Michaelis 
  5. Coredon A Dictionary of Medieval Terms and Phrases p. 120
  6. a b Saul "Feudalism" Companion to Medieval England pp. 102-105
  7. McGurk Dictionary of Medieval Terms p. 13
  8. Estatutos Da Universidade de Coimbra (1559). [S.l.]: UC Biblioteca Geral 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Coredon, Christopher (2007). A Dictionary of Medieval Terms & Phrases. D. S. Brewer Reprint ed. Woodbridge: [s.n.] ISBN 978-1-84384-138-8  Coredon, Christopher (2007). A Dictionary of Medieval Terms & Phrases. D. S. Brewer Reprint ed. Woodbridge: [s.n.] ISBN 978-1-84384-138-8  Coredon, Christopher (2007). A Dictionary of Medieval Terms & Phrases. D. S. Brewer Reprint ed. Woodbridge: [s.n.] ISBN 978-1-84384-138-8 
  • McGurk, J. J. N. (1970). A Dictionary of Medieval Terms: For the Use of History Students. Reigate Press for St Mary's College of Education. Reigate, UK: [s.n.] OCLC 138858 
  • Saul (2000). A Companion to Medieval England 1066–1485. Tempus. pp. 102–105. ISBN 0-7524-2969-8  |nome2= sem |sobrenome2= em Authors list (ajuda) Saul (2000). A Companion to Medieval England 1066–1485. Tempus. pp. 102–105. ISBN 0-7524-2969-8  |nome2= sem |sobrenome2= em Authors list (ajuda) Saul (2000). A Companion to Medieval England 1066–1485. Tempus. pp. 102–105. ISBN 0-7524-2969-8  |nome2= sem |sobrenome2= em Authors list (ajuda)