José Luiz Clerot – Wikipédia, a enciclopédia livre

José Luiz Clerot
Ministro Civil do Superior Tribunal Militar do Brasil
Período 15 de dezembro de 1986
até 5 de outubro de 1988
Presidente José Sarney
Antecessor(a) Gualter Godinho
Sucessor(a) Antônio Carlos de Nogueira
Deputado federal pela Paraíba
Período 1991–1999, 2000
Dados pessoais
Nascimento 09 de março de 1936
Mamanguape, PB
Morte 16 de abril de 2018 (82 anos)
Brasília, DF
Alma mater PUC-RJ
Cônjuge Eloísa Clerot
Partido PMDB, PSDB
Profissão Advogado

José Luís Barbosa Ramalho Clerot (Mamanguape, 9 de março de 1936 - Brasília, 16 de abril de 2018) foi um advogado e político brasileiro.[1][2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Leon Francisco Clerot e de Luzia Barbosa Ramalho Clerot, elegeu-se presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) em 1955, permanecendo no cargo até 1957, ano em que tornou-se oficial de gabinete do ministro da Educação e Cultura, Clóvis Salgado, no Rio de Janeiro (na época, Distrito Federal), onde ficou até 1960. Durante o período, ingressou no curso de Direito da Universidade Católica de Petrópolis em 1958, e com a mudança da capital para Brasília, virou assessor de Ivo de Magalhães, prefeito do novo Distrito Federal.

Em 1961, Clerot foi nomeado oficial de gabinete e, posteriormente, subchefe de gabinete do ministro do Trabalho e da Previdência, Almino Affonso. 2 anos depois, serviu como oficial de gabinete do Governo João Goulart. Ainda em 1963, graduou-se em Direito na PUC-RJ e no ano seguinte mudou-se para Goiânia, para fazer licenciatura na Universidade Federal de Goiás. Em 1969 foi eleito membro do conselho da OAB do Distrito Federal, e em 1971 tornou-se diretor regional e membro do grupo brasileiro da Associação Internacional de Direito Penal. Saiu do conselho da OAB-DF em 1973, voltando em 1979.

Clerot iniciou a carreira política em 1980, com sua filiação ao recém-criado PMDB. Concorreu a uma vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro em 1982, ficando como suplente. Voltaria ao conselho da OAB em 1985, assumindo a titularidade da comissão de reforma administrativa. No ano seguinte, foi nomeado ministro togado do Superior Tribunal Militar, assumindo a função no dia 15 de dezembro, tendo feito voto contra o então capitão Jair Bolsonaro, em julgamento de 1988 no qual Bolsonaro é acusado de ter um plano para explodir bombas em quartéis e causar pânico para justificar um aumento de salário para os militares.[4]

Período como deputado federal[editar | editar código-fonte]

Em 1990, Clerot muda seu domicílio eleitoral do Rio de Janeiro para o estado da Paraíba, onde concorreria a uma vaga de deputado federal pelo PMDB. Na eleição para deputado federal, elegeu-se com 25.106 votos. Empossado em fevereiro de 1991, virou titular da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação e suplente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto. Assumiu também a Comissão Especial do Projeto de Lei sobre Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional.[5]

Durante a votação do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, Clerot votou favoravelmente à admissibilidade do processo, que levaria à cassação de Collor e a perda dos direitos políticos. No pleito estadual de 1994, obteve 42.964 votos, ficando em quinto lugar.

Tentativas de reeleição e nova mudança de domicílio eleitoral[editar | editar código-fonte]

Comício em Mamanguape nas eleições de 1998 (Esquerda para direita: deputado Ariano Fernandes, deputado Roberto Paulino, deputado José Luiz Clerot e o senador Ney Suassuna).

Concorreu à reeleição em 1998, novamente pelo PMDB, e apesar de ter obtido 43.867 votos, não conseguiu o terceiro mandato, ficando como suplente. Reassumiu o mandato entre maio e junho de 2000.

Tentou voltar à Câmara dos Deputados em 2002, mas ficou longe das votações obtidas na década de 1990: conseguiu apenas 616 votos do eleitorado paraibano.

Embora permanecesse afastado do cenário político por opção própria, filiou-se ao PSDB em 2006 para tentar uma vaga de deputado federal pelo estado de Roraima, angariando 1.680 votos, ficando como suplente.

Regresso ao PMDB e eleição de 2010[editar | editar código-fonte]

Voltou ao PMDB em 2009[6] e concorreu novamente a uma vaga de deputado federal pelo estado da Paraíba, e novamente não obteve êxito, ficando com 12.740 sufrágios. Desde então, afastou-se da carreira política.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Foi casado com Heloísa Maria Martins Clerot, com quem teve 3 filhos. Faleceu em seu apartamento em Brasília, por comorbidades da diabetes.[7]

Referências

  1. Perfil de José Luiz Clerot - Políticos do Brasil
  2. «José Luis Barbosa Ramalho Clerot». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 14 de novembro de 2016 
  3. http://www.reporterpb.com.br, Repórter PB - (16 de abril de 2018). «Jutay lamenta falecimento de José Luiz Clerot e destaca sua trajetória como jurista e político». Reporter PB - Quem lê, acredita 
  4. «Juiz do STM afirmou, em 1988: "este capitão Bolsonaro não é de muitas letras". Ouça o áudio». Revista Fórum. 2 de junho de 2019. Consultado em 18 de junho de 2019 
  5. «Câmara dos Deputados - Plenário». www.camara.leg.br. Consultado em 17 de abril de 2018 
  6. «Clerot retorna ao PMDB e assina ficha de filiação em JP». PBAgora. Consultado em 27 de agosto de 2009 
  7. «Morre ex-deputado federal paraibano, Jose Luiz Clerot». http://www.patosmetropole.com.br 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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