José Inácio da Costa Martins – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura o arquiteto e fotógrafo português (1922 — 1996), veja Manuel Costa Martins.
José da Costa Martins.

José Inácio da Costa Martins GCL (São Bartolomeu de Messines, Silves, 1938Ciborro, Montemor-o-Novo, 6 de Março de 2010) foi um militar e coronel português.

Esteve três vezes preso, durante a ditadura, por manifestar a sua opinião relativamente ao regime.[1] Foi o responsável pela tomada do aeroporto de Lisboa, um dos pontos estratégicos para a vitória da revolução de 25 de Abril de 1974, onde chegou só, dizendo no entanto que a zona estava cercada por forças militares, sendo desta forma um Capitão de Abril.[2]

Fez parte do Conselho de Estado, tendo sido nomeado em 31 de Maio de 1974 pelo Presidente da República António de Spínola. Costa Martins foi também convidado para ocupar o cargo de Ministro do Trabalho nos II, III, IV e V Governos Provisórios liderados pelo primeiro-ministro Vasco Gonçalves. Foi detentor da pasta até Setembro de 1975, altura em que Vasco Gonçalves sai da função de primeiro-ministro, e após o golpe de 25 de Novembro de 1975, o capitão abandonou o cargo e o país, tendo sido mesmo expulso da Força Aérea.

Exilou-se para Cuba e depois para Angola, onde chegou a estar preso. Anos mais tarde, regressa a Portugal, onde move um processo contra o Estado. Martins acaba por ganhar o processo e consegue repor a sua antiguidade na carreira, sendo promovido a coronel.[3] A 18 de março de 1986, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.[4]

Faleceu a 6 de Março de 2010, vítima duma queda de avioneta em Ciborro, Montemor-o-Novo.[5]

Referências