João de Deus Barbosa de Jesus – Wikipédia, a enciclopédia livre

João de Deus Barbosa
Presidente do PNTB
Período 1989 a 1992
Presidente do PNT
Período 1990
Dados pessoais
Nome completo João de Deus Barbosa de Jesus
Nascimento 8 de março de 1932
Salvador, BA
Morte 16 de agosto de 2002 (70 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Partido PTB (1950–1965)
MDB (1966–1979)
PTB (1981–1989)
PNT (1990)
PNTB (1991–1993)
PTdoB (1993–2002)
Profissão Comerciante, jornalista, escritor e político

João de Deus Barbosa de Jesus (Salvador, 8 de março de 1932[1]Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2002) foi um comerciante, jornalista, escritor e político brasileiro.

Trajetória[editar | editar código-fonte]

Radicou-se no Rio de Janeiro na adolescência, vindo a integrar os quadros da Mocidade Trabalhista do PTB do Distrito Federal e da Guanabara. Foi candidato a deputado estadual e federal pelo MDB guanabarino, não tendo sido eleito. Publicou a obra Vargas e a realidade nacional, e escreveu diversos artigos políticos, sempre na linha política getulista e trabalhista.

Com a redemocratização, ajudou a fundar o PTB, mas abandonou a facção brizolista e se juntou ao grupo de Ivete Vargas, que ganhara a sigla, em 1980. Foi membro do diretório regional e nacional desta legenda, e foi seu secretário geral do Estado do Rio de Janeiro, no final da década de 1980. Disputou as eleições de 1982 e 1986 para a Câmara dos Deputados, sem sucesso.

De 1985 até 1990, dirigiu a facção Movimento de Unidade Trabalhista, que defendia a aproximação com o PDT, durante as eleições daquele ano apoiou Saturnino Braga para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, e Leonel Brizola nas eleições presidenciais.

Em 1988 teve sua primeira filha, Nayara Karina Tavares de Jesus. No ano seguinte, seu segundo e último filho, e nele prestou uma homenagem a Getúlio Vargas, colocando o mesmo sobrenome do ex-presidente: Alexandre Vargas Tavares de Jesus. Saiu do PTB no mesmo ano, fundou o Partido Nacionalista dos Trabalhadores (PNT) e disputou as eleições de 1990 para deputado federal, não conseguindo se eleger.

Em 1992, reorganizou uma nova legenda, o Partido Nacionalista dos Trabalhadores Brasileiros (PNTB), que somente disputou as eleições daquele ano e, em 1993, ingressou no PTdoB (atual Avante), fundindo seu grupo, juntamente com outro grupamento trabalhista dissidente, o PASART de Aarão Steinbruch (ex-deputado e senador pelo PTB fluminense e do MTR de Fernando Ferrari). Nesta legenda, virou seu dirigente regional e nacional, perdeu a indicação para a prefeitura do Rio de Janeiro em 1996, mas venceu a convenção nacional e disputou a eleição presidencial de 1998, tendo obtido quase 200 mil votos[2]. Naquela época, sua indicação chegou a ser contestada por uma facção do próprio partido[3]. Entre suas principais propostas de governo, estavam a restauração da rede de saúde, recriação dos restaurantes populares e a volta do salário mínimo ao patamar do governo Vargas[4].

Em 2000 novamente se candidatou, desta vez a vereador, mas não se elegeu novamente. Também organizou o Centro Cívico Getúlio Vargas, que homenageava a memória do ex-presidente todo 24 de agosto e 19 de abril. Em 30 de março de 2002, sofreu um acidente vascular, vindo a falecer em 16 de agosto, aos 70 anos.

Referências

  1. https://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/1998/presidente-/831932-joao-de-deus-barbosa-de-jesus.jhtm
  2. «PTdoB se prepara para as eleições». Consultado em 7 de novembro de 2012 
  3. «PT do B contesta candidatura do próprio partido». UOL. 15 de julho de 1998 
  4. Luiz Antônio Riff (18 de julho de 1998). «João de Deus quer reviver era Vargas». Folha Online. Consultado em 29 de fevereiro de 2024