João Vaz de Almada – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja João de Almada (desambiguação).

João Vaz de Almada, senhor de juro e herdade de Pereira, foi Rico-Homem, Cavaleiro do Conselho (1462),[1] vedor da Fazenda de D. Duarte (era-o em 1440) e de D. Afonso V.

Quando o seu irmão, o conde de Avranches, morreu na batalha de Alfarrobeira, foi ele que providenciou a sua sepultura[2] e recebendo como "herança" o Casal de Alcolema, em Algés. oferecida pelo rei a este seu secretário dos bens por ele expropriados.[3]

Foi o preceptor de D. Jorge de Lancastre, filho de D. João II de Portugal.[4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

A 16 de Janeiro de 1449 o rei D. Afonso V privilegia Rodrigo Anes, morador na cidade de Lisboa, sobrinho de João Vasques de Almada, isentando-o de qualquer encargo concelhio, de ser posto por besteiro do conto, bem como do direito de pousada.

O mesmo rei, a 5 de Outubro de 1450, oferece a João de Almada, morador na vila de Almada, criado de João Vasques de Almada, vedor da casa régia e e a seu pedido, a possibilidade que a sua barca possa andar livremente de Almada para a cidade de Lisboa e seja isenta de cargas, encargos e servidões de pessoas.[5]

A 14 de Março de 1463 D. Afonso V doou vitaliciamente a João Vasques de Almada, rico-homem, do seu Conselho, todos os direitos do pão, vinho, linho, legumes e outros, de Pereira e da Noura.

A 18 de Março de 1463 o mesmo rei doou a João Vasques de Almada, rico-Homem, do seu Conselho e vedor da fazenda, uma tença anual de 37.337 reais de prata, transmissíveis à sua mulher em caso de sua morte, e assentes na renda régia das sisas das herdades e panos de linho de Lisboa.

A 24 de Março de 1463 teve pelo seu casamento uma tença real de 37.337 reais de prata, dos quais 13.715 eram de sua mulher D. Violante de Castro.

A 14 de Outubro do mesmo ano, é nomeado de escrivão da Adiça.[6][7]

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Filho de: João Vaz de Almada

Casou com: D. Violante de Castro.

Tiveram
Teve ilegítimo
  • Álvaro de Almada, veador de D. Afonso V de Portugal, casado com Brites de Sousa e D. Catarina de Melo com geração[9]. Outra possibilidade é de ser o frei Álvaro de Almada, guardião de Santarém, que em 1457, fazia um pedido de traslado de uma provisão régia[14].

Referências

  1. Provas da historia genealogica da casa real portugueza, tiradas dos instrumentos dos archivos da torre do Tombo ... por d. Antonio Caetano de Sousa ... Tomo 1. -6, pág. 26, in livro de matricula dos moradores da Casa do Senhor Rey D. Afonso V.!. [S.l.: s.n.] 1742 
  2. A sociologia da representação político-diplomática no Portugal de D. João I, por Maria Alice Pereira dos Santos, Doutoramento em História Medieval, Universidade Aberta, Lisboa – Janeiro de 2015, nota 1439 pág. 363
  3. Lobo, António de Sousa Silva Costa (1904). Historia da sociedade em Portugal no seculo XV. [S.l.]: Imprenta nacional 
  4. Vieira, Joaquim (7 de novembro de 2019). História Libidinosa de Portugal. [S.l.]: Leya 
  5. «Portal Português de Arquivos - Carta de privilégio de D. Afonso V a João de Almada, morador na vila de Almada, criado de João Vasques de Almada, vedor da casa régia e e a seu pedido, permitindo que a sua barca possa andar livremente de Almada para a cidade de Lisboa e seja isenta de cargas, encargos e servidões de pessoas.». portal.arquivos.pt. Consultado em 26 de março de 2022 
  6. Provisão régia nomeando João Vaz Almada como escrivão, Registrado no livro 9 da chancelaria do rei d. Afonso V, volume 5º, página 151 in médio, Biblioteca digital Luso-Brasileira
  7. Provisão régia nomeando João Vaz Almada como escrivão, Registrado no livro 9 da chancelaria do rei d. Afonso V, cópia manuscrita registada no livro nº 9 da Chancelaria da D. Afonso 5º, documento em pdf, Biblioteca digital Luso-Brasileira
  8. Provas da historia genealogica da casa real portugueza, tiradas dos instrumentos dos archivos da torre do Tombo ... , por D. Antonio Caetano de Sousa ... Tomo 1. -6.!, Volume 2, 1742, pág. 23, in livro de matricula dos moradores da Casa do Senhor Rey D. Afonso V. [S.l.: s.n.] 1742 
  9. a b «Genealogias das Famílias de Portugal», por Afonso Torres e continuada por Luís Vieira da Silva, capitulo dos Almadas, ano de 1694
  10. Nobreza e Ordens Militares, Relações Sociais e de Poder, séc. XIV a XVI, pág. 194
  11. «Direcção-geral de arquivos». Arquivo Nacional da Torre do Tombo 
  12. Historia genealogica de la Casa de Lara, por Luis de Salazar y Castro, Volume V, Mateo de Llanos y Guzman, 1696, pág. 526
  13. «Aguilar de Campóo, Grandes de España». Grandesp.org.uk 
  14. Convento de Nossa Senhora da Estrela de Marvão, ANTT, referencia PT/TT/CNSEM

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Soveral, Manuel Abranches de - «Ascendências Visienses. Ensaio genealógico sobre a nobreza de Viseu. Séculos XIV a XVII», Porto 2004, ISBN 972-97430-6-1. 2 volumes.
  • Baquero Moreno, Humberto - «A Batalha de Alfarrobeira: antecedentes e significado histórico », edição da Biblioteca da Universidade de Coimbra, 1979.
  • Gomes Eanes de Azurara, «Chronica del Rei D. Joam I de boa memória. Terceira parte em que se contam a Tomada de Ceuta», Lisboa, 1644

Ligações externas[editar | editar código-fonte]