João Estrella – Wikipédia, a enciclopédia livre

João Estrella
Nascimento 1962
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil

João Guilherme Estrella (Rio de Janeiro, 1962) é um produtor musical e compositor [1][2] e ex-narcotraficante que ficou conhecido pelo livro Meu Nome Não É Johnny, escrito pelo jornalista Guilherme Fiúza, e pelo filme homônimo, de 2008, baseado no livro, que retratam seu envolvimento com o tráfico de drogas[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

No início dos anos 1990, aos 28 anos de idade, João Guilherme foi, com outros três amigos, à Zona Sul carioca para comprar cinco gramas de cocaína. Quando o traficante chegou, os amigos já tinham desistido do negócio, e João se propôs a ficar com a droga e pagá-la posteriormente. No dia marcado, o traficante, impressionado com a rapidez com que Estrella conseguira o dinheiro, ofereceu-lhe mais cinquenta gramas de cocaína, para que ele as distribuísse.[4] Assim começou a trajetória de João Guilherme Estrella no narcotráfico.

Entre 1989 e 1995, ele chegou a ser o principal traficante de cocaína e fornecedor da elite do Rio de Janeiro. No auge de sua atividade, recebeu 150 000 dólares por uma única partida de cocaína destinada à Europa. Em outubro de 1995, foi preso, num apartamento em Copacabana, com 5,5 kg de cocaína.[5] Condenado a quatro anos de reclusão, teve sua pena reduzida para dois anos, pois não foi provado seu "envolvimento comercial com as drogas", graças à estratégia de seus advogados e ao entendimento da juíza Marilena Soares Reis Franco de que não se tratava de um traficante, mas de um dependente químico. Estrella ganhava muito dinheiro, mas torrava tudo em festas e drogas. Cumpriu sua pena, primeiramente na carceragem da Polícia Federal, dividindo a cela com integrantes do Comando Vermelho, transportadores de drogas ("mulas") estrangeiros e outros criminosos; depois, no Manicômio Judiciário Carrilho, no Complexo Penitenciário Frei Caneca.[6][1]

Nos últimos anos, passou a dar palestras sobre prevenção do uso de drogas.[1][2]

Referências

  1. a b c O retorno de João Estrella. Por Luciana Ackermann. Revista do Brasil, ed 21., 4 de abril de 2013.
  2. a b Ex-traficante é exemplo na luta contra as drogas. Correio Popular, 7 de maio de 2013.
  3. Flávia Guerra (16 de dezembro de 2007). «Nasce um Estrella». Estadão. Consultado em 5 de novembro de 2009 
  4. Estrella não entrega as estrelas. Por Luís Edmundo Araújo. Istoé Gente, 19 de abril de 2004.
  5. Grupo acusado de tráfico é preso no Rio. Por Roni Lima. Folha de S. Paulo, 27 de outubro de 1995.
  6. O nome dele não é Johnny. Por Valmir Moratelli. Revista Quem.