João Domingos da Silva Pinto – Wikipédia, a enciclopédia livre

João Pinto
Informações pessoais
Nome completo João Domingos da Silva Pinto
Data de nasc. 21 de novembro de 1961 (62 anos)
Local de nasc. Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, Portugal, Portugal
Altura 1,73 m
Informações profissionais
Clube atual Portugal Porto
Posição Defesa
Treinador adjunto
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1981-1997 Porto 407 (87)
Seleção nacional
1983-1996 Portugal Portugal 70 (1)
Times/clubes que treinou
1997-2004
2004-2006
2008-
Porto juniores
Porto observador
Porto Treinador adjunto

João Domingos da Silva Pinto, ou simplesmente João Pinto, foi um dos mais representativos futebolistas portugueses das décadas de 80 e 90. Actuando na posição de defesa-direito, jogou no FC Porto durante toda a sua carreira profissional e representou a Selecção Portuguesa em 70 partidas.

Em 2007, foi treinador adjunto do FC Porto.

Carreira como jogador[editar | editar código-fonte]

João Pinto começou a jogar futebol aos 12 anos no Clube de Futebol de Oliveira do Douro, freguesia vizinha de Vilar de Andorinho, onde nasceu, no concelho de Vila Nova de Gaia.

FC Porto[editar | editar código-fonte]

Tendo chegado ao FC Porto com 14 anos, João Pinto cumpriu ainda grande parte da sua formação nas Antas. Em 1981/82 integrou pela primeira vez a equipa sénior, mas só na época seguinte conquistou a titularidade no lado direito da defesa, sob o comando de José Maria Pedroto. Foi titular do FC Porto durante mais de uma década e nunca mais vestiu outra camisola, tendo envergado a braçadeira de capitão durante grande parte da sua carreira.

Em 1984 jogou a final da Taça das Taças, que o FC Porto perdeu frente à Juventus; três anos depois, já como capitão de equipa, levantou a Taça dos Clubes Campeões Europeus em Viena e ficou para a história por não ter largado a taça por um momento sequer desde que esta lhe foi entregue até recolher aos balneários. A Taça Intercontinental e a Supertaça Europeia da mesma época (1986/87) completam o seu palmarés internacional.

A nível interno, jogou 407 jogos [1] e venceu mais de vinte títulos com o FC Porto, incluindo os três primeiros do histórico Penta (única altura em que um clube português foi campeão cinco vezes consecutivas). No final da época 1996/97, em que o FC Porto conquistou o primeiro tricampeonato da sua história, João Pinto decidiu terminar a carreira. Na festa de apresentação do plantel para a época seguinte despediu-se dos adeptos numa cerimónia simbólica em que entregou a braçadeira de capitão e a camisola número 2 a Jorge Costa.

Selecção Nacional[editar | editar código-fonte]

A estreia de João Pinto na Selecção AA Portuguesa aconteceu em 1983, contra a França, quando tinha pouco mais de 21 anos e já contava com 34 internacionalizações nas selecções jovens. Pela selecção principal disputou 70 partidas, tendo marcado apenas um golo, contra a Suíça, numa partida de qualificação para o Mundial de 1990. Portugal não se qualificou para o referido mundial, mas João Pinto já havia feito parte da convocatória nacional em duas grandes competições: jogou as quatro partidas que Portugal disputou no Euro 84, enquanto no Mundial 86, lutando contra uma pleurisia, foi apenas suplente não-utilizado.

Ao disputar a sua 67ª partida pela Selecção Nacional, João Pinto tornou-se o futebolista português mais internacional de sempre, título que deteve até ser ultrapassado por Vítor Baía. Hoje, mesmo longe dos relvados há uma década, ocupa o sétimo lugar no ranking de internacionalizações [2] e é o jogador que mais vezes capitaneou a Selecção Portuguesa - em 42 dos 70 jogos que disputou [3]. Despediu-se da Selecção "em casa" - no Estádio das Antas - num Portugal x Ucrânia que Portugal venceu por 1-0, em 1996.

Palmarés[editar | editar código-fonte]

Carreira como treinador[editar | editar código-fonte]

Em 1997/98, terminada a sua carreira como jogador, João Pinto assumiu o comando da equipa de juniores A do FC Porto, que treinou durante sete épocas. Em 2004/05 passou a estar ligado à equipa principal, desempenhando por dois anos o papel de observador. No início da época 2006/07 o treinador holandês Co Adriaanse e dois dos seus adjuntos pediram demissão a poucos dias da Supertaça que o FC Porto disputaria contra o Vitória de Setúbal, ficando a equipa técnica portista reduzida a dois elementos: Rui Barros e Wil Coort, respectivamente treinador adjunto e treinador de guarda-redes. É nesta situação delicada que João Pinto é convidado a assumir a posição de treinador adjunto, completando a equipa técnica que venceria a Supertaça por 3-0.

Poucos dias depois foram contratados o treinador Jesualdo Ferreira e o seu adjunto Carlos Azenha, mas João Pinto, tal como Barros e Coort, permaneceu na equipa técnica.

Palmarés[editar | editar código-fonte]

Como treinador dos juniores A do FC Porto[editar | editar código-fonte]

  • 2 Campeonatos Nacionais (1997/98 e 2000/01)
  • 1 Campeonato Distrital (1997/98)

Como treinador adjunto do FC Porto[editar | editar código-fonte]

  • 3 Campeonato Nacional (2006/07, 2007/08, 2008/09)
  • 2 Supertaça Cândido de Oliveira (2006, 2009)
  • 1 Taça de Portugal (2008-09)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Livros dos Craques - Porto. Matosinhos: Quid Novi. 2000.

Referências

  1. "João Pinto - 22 anos depois vejo o FC Porto como uma segunda pele" in Dragões nº149. Porto: FC Porto. 1997. p.19.
  2. FPF.pt. «Figo é o recordista de internacionalizações». Consultado em 10 de Agosto de 2009 
  3. BARBOSA, Alfredo. Dragão Ano 111 - História Oficial do Futebol Clube do Porto - vol.16. Porto: O Comércio do Porto. 2004. p.30.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]