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Jean Richepin
Jean Richepin
Portrait photographique de Richepin par l’atelier Nadar.
Nascimento 4 de fevereiro de 1849
Medea
Morte 12 de dezembro de 1926 (77 anos)
rue de la Tour
Sepultamento Pléneuf-Val-André
Cidadania França
Filho(a)(s) Jacques Richepin, Tiarko Richepin
Alma mater
Ocupação dramaturga, poeta, romancista, libretista, escritor, prosista, político
Prêmios
  • Cavaleiro da Legião de Honra (1909)
  • Oficial da Legião de Honra (1912)
  • Comandante da Legião de Honra (1924)
  • Prix Émile Augier
Assinatura

Jean Richepin (Médéa, hoje: المدية ou Lemdiya, na Argélia, 4 de fevereiro de 1849Paris, 12 de dezembro de 1926) foi um poeta, novelista e dramaturgo de língua francesa. Foi membro da Academia Francesa.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de um médico militar francês ao tempo em serviço na Argélia, frequentou a École Normale Supérieure, onde foi um aluno brilhante, embora indisciplinado.

De grande força física, teve uma vida agitada, marcada por frequentes mudanças: foi franco-atirador na Guerra Franco-Prussiana, depois actor, marinheiro e estivador. Simultaneamente mantinha intensa actividade intelectual, escrevendo poesia, peças para teatro e novelas, as quais reflectem o seu talento vivo, embora errático. Uma das suas peças, L'Étoile, escrita em colaboração com André Gill (1840-1885), foi levada à cena em 1873, mas Richepin permaneceu virtualmente desconhecido atá à publicação, em 1876, de um volume em verso intitulado Chanson des gueux, de grande qualidade lírica, mas cuja linguagem e texto explícito levaram a que fosse preso e multado por ofensa à moral pública. As mesmas qualidades caracterizam as suas obras líricas subsequentes: Les Caresses (1877), Les Blasphèmes (1884), La Mer (1886), Mes paradis (1894) e La Bombarde (1899).

As suas novelas desenvolvem-se num estilo que alia a morbidez e brutalidade de obras como Les morts bizarres (1876), La Glu (1881) e Le Pavé (1883) com obras de complexa trama psicológica como Madame André (1878), Sophie Monnier (1884), Cisarine (1888), L'Aîné (1893), Grandes amoureuses (1896) e La Gibasse (1899). Outras das suas obras são retratos simples de experiências reais, como Miarka (1883), Les Braves Gens (1886), Truandailles (1890), La Miseloque (1892) e Flamboche (1895).

A suas peças para teatro, apesar de ocasionalmente marcadas por personagens violentas e com linguagem considerada por vezes imprópria, constituem em muitos aspectos a sua melhor obra, tendo muitas delas sido levadas à cena pela Comédie française. Também escreveu obras usadas como libreto, tais como Miarka (1905), adaptada de uma sua novela para música de Alexandre Georges, e Le mage (1891) para música de Jules Massenet.

Amigo de Emmanuel Chabrier, ajudou aquele compositor a corrigir o libreto de Le roi malgré lui, escrevendo o texto de La Sulamite. A sua novela La Glu foi a base para uma ópera de Gabriel Dupont.

O seu filho, Jacques Richepin foi também dramaturgo.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Nana Sahib (1883)
  • Monsieur Scapin (1886)
  • Le Flibustier (1888; base da ópera Le Flibustier (ópera) de César Cui)
  • Par le glaive (1892)
  • Vers la joie (1894)
  • Le Chemineau (1897; traduzido para português como O Caminheiro por Júlio Dantas)
  • Le Chien de garde (1898)
  • Les Truands (1899)
  • Don Quichotte (1905)

Referências[editar | editar código-fonte]