Jardim Zoobotânico de Franca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Jardim Zoobotânico de Franca
Jardim Zoobotânico de Franca
Entrada do Jardim Zoobotânico de Franca
Localização Franca, Brasil Brasil
Tipo Público
Área 2.000.000 m²
Inauguração 10 de dezembro de 1952 (71 anos)
Coordenadas 20° 28' 37.5" S 47° 24' 12.5" O

O Jardim Zoobotânico de Franca é uma instituição ecológica governamental brasileira do tipo zoobotânico situado na cidade de Franca (São Paulo), destinado a preservar diferentes espécies de plantas, preservar a mata nativa e, cultivar as mudas para abastecer a cidade. Espaço criado na década de 1950 inicialmente como horto florestal por Ismael Alonso y Alonso, então na década de 1990 foi transformado em jardim zoobotânico. É propício para lazer, pesquisa e educação ambiental. Possui um banco genético de plantas do ecossistema regional (espécies de cerrado e matas de planalto), com capacidade de produção de 1,2 milhão mudas de várias espécies. Foi Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico do município em 1998.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O antigo Horto Florestal de Franca foi criado em 10 de dezembro de 1952 (lei municipal 269/52) pelo prefeito Ismael Alonso Y Alonso (1952-1955) e situa-se na fazenda Pouso Alto da prefeitura da cidade brasileira de Franca,[2] uma grande área de terras e de mata nativa. Foi criado no início da década de 1950 com o objetivo de cultivar mudas de árvores frutíferas, principais variedades de café, mudas de floricultura ornamental e,[2] também distribuir sementes e mudas destinadas a agricultores, bem como essências florestais, hortaliças e legumes.

O Horto florestal teve sua construção e formação em janeiro de 1956, pelo Prefeito Onofre S. Gosuen, que trouxe de São Paulo uma grande quantidade de mudas de pau-brasil e aroeira do Viveiro Manequinho Lopes. No entanto, suas atividades no fornecimento de mudas, sementes e o atendimento geral ao município e região começaram de fato em 24 de abril de 1956. Após 9 anos de funcionamento, foi construída uma represa para abastecimento da irrigação das mudas e os trabalhos passam a ser administrados pela engenheira agrônoma Olga Toledo de Almeida, na gestão do Prefeito Hélio Palermo (1964-1969). Para se adequar aos novos objetivos pretendidos, o Horto Florestal foi transformado no Jardim Zoobotânico de Franca em 17 de julho de 1998 (lei municipal 5 048/98),[3] objetivando principalmente a formação de mudas e a conservação da área. Através da preservação da fauna e flora nativas, o espaço se transformou a área preservada em um local disponível para pesquisas científicas, educação ambiental e espaço de lazer. [4]

Fornecimento de mudas[editar | editar código-fonte]

Muitas das árvores usadas na arborização de Franca e região foram cultivadas no Jardim Zoobotânico de Franca. As espécies incluem flamboyants, magnólias, ervas aromáticas e outras que são formadas a partir de mudas em uma área de 200 hectares. 100 mil plantas são destinadas por ano, aproximadamente, a projetos de arborização urbana e reflorestamento da zona rural de Franca. Além disso, o Zoobotânico distribui mensalmente 200 mudas de graça para a comunidade.[5] Já para produtores rurais da região, são entregues até 20 mudas por propriedade entre os meses de dezembro e março.[6] A flora do Jardim Zoobotânico constitui-se de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, dispostas em grandes canteiros (quadras), isoladas ou em pequenos remanescentes de mata nativa.

Cuidado de aves[editar | editar código-fonte]

O Jardim Zoobotânico conta com um viveiro para cuidar de aves vítimas de maus tratos e do tráfico de animais silvestres chamado de "Viveiro Transitório de Aves Silvestres de Franca" (VITAS). As aves, em sua maioria apreendidas pela Polícia ambiental são abrigadas nesse espaço, e assim elas podem se reabilitar por meio de cuidados veterinários para serem devolvidas à natureza. O VITAS supre uma necessidade da região de Franca, carente desse tipo de serviços, uma vez que muitas vezes, a Polícia Ambiental não tem para onde destinar os animais apreendidos. O espaço foi construído pela Prefeitura de Franca, que conta com a cooperação do Hospital Veterinário da Universidade de Franca.[7]

Meliponicultura[editar | editar código-fonte]

O Jardim Zoobotânico conta com um dos maiores meliponários do país. Em parceria com a Promotoria do Meio Ambiente e a Embrapa, foi implantado um projeto para preservar abelhas nativas da região. O ambiente é favorável a devido as chuvas regulares e a presença de floradas, onde as abelhas podem encontrar alimentação. O Meliponário Municipal abriga cerca de 11 espécies de abelhas nativas, todas sem ferrão e nativas da fauna brasileira.Com a estruturação do Meliponário nesse local, produtores são capacitados e treinados para o manuseio correto das espécies. Além disso, o meliponário é um atrativo para visitas, estudos e pesquisas de alunos, professores e cientistas. [8]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Relação dos Patrimônios tombados no Município de Franca». Prefeitura de Franca. Setembro de 2016. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  2. a b «Sobre o dr. Ismael Alonso y Alonso». Instituto de Medicina do Além (IMA). Consultado em 15 de abril de 2024 
  3. «Jardim Zoobotânico - Administração Municipal - Administração Direta - Meio Ambiente - Município de Franca». Prefeitura de Franca. Consultado em 15 de abril de 2024 
  4. «Jardim Zoobotânico de Franca». UOL. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  5. «Dispõe sobre a doação e venda de mudas do Jardim Zoobotânico de Franca, e dá outras providências.». Câmara Municipal de Franca]acessodata=3 de fevereiro de 2019. 14 de março de 2008 
  6. «Jardim Zoobotânico de Franca distribui por ano 100 mil plantas». Comércio da Franca]acessodata=3 de fevereiro de 2019. 9 de janeiro de 2011 
  7. «Viveiro Transitório de Aves Silvestres é inaugurado nesta sexta em Franca». Jornal da Franca. 5 de novembro de 2015. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  8. «JFranca será uma das maiores criadoras de abelhas do Brasil». Diário Comércio, Industria & Negócios. 7 de dezembro de 2015. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]