Isolacionismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Por Isolacionismo compreende-se, em geral, a prática oficial de um Estado ou Nação em fechar-se para os demais, quer econômica, quer politicamente. No mundo globalizado de hoje em dia, os únicos países que continuam adotando este tipo de política externa, são apenas a Coreia do Norte e o Butão. O Japão, durante o período do xogunato Tokugawa, também já adotou uma política externa isolacionista.[1]

Prática Isolacionista[editar | editar código-fonte]

Em determinados momentos históricos alguns países adotam uma postura de maior ou menor Isolacionismo, em determinados aspectos de sua política externa.

Nos Estados Unidos, por exemplo, há posturas como a que levaram o país a retardar seu ingresso na Segunda Guerra Mundial - levadas em geral pela opinião pública americana, tendente a ocupar-se dos assuntos internos (algo indicado em pesquisas de opinião - como durante a Guerra do Vietnã e a Invasão do Iraque).

Exemplos[editar | editar código-fonte]

Albânia Comunista[editar | editar código-fonte]

Durante décadas o regime stalinista do líder comunista Enver Hoxha manteve isolada a Albânia, desde a ascensão, na antiga União Soviética de Nikita Khrushchov e o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética.

Neste caso, o objetivo era evitar o enfraquecimento do estado com a penetração de ideias, organizações ou elementos contrários ao regime, sobretudo no seio do Partido.

Butão[editar | editar código-fonte]

Antes de 1999, o Butão baniu a televisão e a internet para preservar sua cultura, o meio ambiente, a sua identidade etc. Quem levantou a proibição dos meios de comunicação foi o 4º Druk Gyalpo (Rei) do país, Jigme Singye Wangchuck. Seu filho, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck foi eleito como o rei e atualmente o país está se transformando em uma democracia.

Coreia do Norte[editar | editar código-fonte]

As relações exteriores da Coreia do Norte são normalmente tensas e imprevisíveis. Uma vez que o Acordo de Armistício coreano pôs fim à Guerra da Coreia em 1953, deixando uma trégua de facto em vigor desde então, o governo norte-coreano tem sido largamente isolacionista, tornando-se uma das sociedades mais autoritárias do mundo. Enquanto não existe um tratado formal de paz entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, tanto debates quanto embates diplomáticos tem ocorrido entre os dois países. A Coreia do Norte tem mantido estreitas relações com a República Popular da China, muitas vezes limitando o seu conta(c)to com outras nações. O governo norte-coreano proibiu todas as mídias de outros países (tais como vídeo games, jornais e bens de consumo), especialmente da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, e o contrabando desses produtos é ilegal. Além disso, o governo da Coreia do Norte impõe severas restrições à entrada e saída de pessoas do país.

Japão[editar | editar código-fonte]

Por quase 300 anos o Japão manteve em voga um sistema chamado Sakoku, onde não era admitida sequer a entrada de estrangeiros no país, bem como a saída de nativos para outro. O objetivo era manter inalterada a vida interna, e consequentemente seu equilíbrio.

Paraguai[editar | editar código-fonte]

Durante o governo do ditador José Gaspar Rodríguez de Francia, o Paraguai se manteve praticamente isolado do mundo exterior.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Neutrality, Political». Encyclopedia.com (em inglês). International Encyclopedia of the Social Sciences. Consultado em 10 de Agosto de 2018