Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia
Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia
Tipo instituto de investigação, paleontological museum, Instituição de ensino
Inauguração 1929 (95 anos)
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 39° 56' 10.295" N 116° 19' 40.246" E
Mapa
Localização Pequim - China

O Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia (Chinês: 中国科学院古脊椎动物与古人类研究所. Inglês: Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology, IVPP) é um instituto localizado em Pequim e vinculado à Academia Chinesa de Ciências. O instituto é dedicado à pesquisa de paleontologia de vertebrados, paleoantropologia e as áreas correlatas de geologia, biologia, e arqueologia paleolítica.[1]

De acordo com o site do instituto, mais de 120 artigos já foram publicado na prestigiosa revista Nature entre 1993 e 2020. O instituto edita quatro revistas científicas (Vertebrata PalAsiatica, Acta Anthropologica Sinica, Fossils e Dinosaur), as quatro em chinês, e possui o maior acervo de fósseis de humanos e outros vertebrados, com mais de 210 espécimes catalogados. Também abriga o Paleozoological Museum of China.[1]

Pesquisas desenvolvidas[editar | editar código-fonte]

Cientistas do instituto estiveram envolvidos em diversas descobertas científicas. Os vestígios de DNA em fósseis de Hypacrosaurus stebingeri foram descobertos em pesquisa liderada por Alida Bailleul, cientista do instituto.[2]

DNA mitocondrial de pandas também foi investigado pelo instituto. O DNA mitocondrial foi retirado de um fóssil de 22 mil anos encontrado em na caverna Cizhutuo, em Guangxi Zhuang, uma região que atualmente não tem pandas. O estudo revelou que os pandas de Cizhutuo têm uma linhagem que divergiu dos pandas atuais há 183 mil anos, enquanto que os pandas viventes têm seu ancestral comum em um indivíduo que viveu há 72 mil anos.[3][4]

Pesquisadores do instituto estiveram envolvidos na redescrição da espécie Turfanosuchus dabanensis, que permitiu uma reclassificação da espécie.[5] Também descobriram o peixe fóssil Kenichthys campbelli, de 395 milhões de anos, que foi na época o fóssil mais antigo do seu grupo, o que permitiu compreender melhor a evolução da anatomia dos peixes e a origem da coana,[6][7] na descoberta do Nemicolopterus crypticus, o menor fóssil de pterossauro encontrado, com adaptações nunca antes encontradas em outros répteis voadores, como uma expansão óssea do fêmur.[8] O instituto também abriga diversos fósseis em sua coleção, como por exemplo fósseis de diversos dinossauros da família Chaoyangsauridae, que foi definida por um cientista do instituto.[9]

Pessoas[editar | editar código-fonte]

Entre os cientistas de destaque envolvidos com o instituto estão Meemann Chang, diretora do instituto entre 1983 e 1990 e vencedora do prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência,[10][11] e Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, associado ao instituto.[12] Outros paleontólogos notáveis que já trabalharam com o instituto incluem Yang Zhongjian, Dong Zhiming e Zhao Xijin.[10]

Referências

  1. a b «Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology, Chinese Academy of Sciences----Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology, Chinese Academy of Sciences». english.ivpp.cas.cn. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  2. Fioratti, Carolina (4 de março de 2020). «Cientistas podem ter encontrado DNA em fóssil de dinossauro». Superinteressante. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  3. «Análise de DNA revela linhagem de panda ancestral da China». portuguese.people.com.cn. Diário do Povo Online. 20 de junho de 2018. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  4. Min-Shan Ko, Albert; Zhang, Yingqi; Yang, Melinda A.; Hu, Yibo; Cao, Peng; Feng, Xiaotian; Zhang, Lizhao; Wei, Fuwen; Fu, Qiaomei (junho de 2018). «Mitochondrial genome of a 22,000-year-old giant panda from southern China reveals a new panda lineage». Current Biology (12): R693–R694. ISSN 0960-9822. doi:10.1016/j.cub.2018.05.008. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  5. Wu, Xiao-Chun; Russell, Anthony (2001). «Redescription of Turfanosuchus dabanensis (Archosauriformes) and new information on its phylogenetic relationships» (PDF). Journal of Vertebrate Paleontology (em inglês). 21 (1): 40-50. ISSN 0272-4634. doi:10.1671/0272-4634(2001)021[0040:ROTDAA]2.0.CO;2. Cópia arquivada (PDF) em 16 de julho de 2011 
  6. «Fóssil de peixe traz dados importantes sobre a evolução do nariz». UOL. 3 de novembro de 2004. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  7. Zhu, Min; Ahlberg, Per E. (novembro de 2004). «The origin of the internal nostril of tetrapods». Nature (em inglês) (7013): 94–97. ISSN 1476-4687. doi:10.1038/nature02843. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  8. «N. crypticus, o irmão caçula da família dinossauro». FAPERJ. 14 de fevereiro de 2008. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  9. Han, Fenglu; Forster, Catherine A.; Clark, James M.; Xu, Xing (9 de dezembro de 2015). «A New Taxon of Basal Ceratopsian from China and the Early Evolution of Ceratopsia». PLOS ONE (em inglês) (12): e0143369. ISSN 1932-6203. PMC 4674058Acessível livremente. PMID 26649770. doi:10.1371/journal.pone.0143369. Consultado em 7 de novembro de 2020 
  10. a b «CAS Members». Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology, Chinese Academy of Sciences. 23 de setembro de 2015. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  11. «Cientista chinesa vence Prêmio Para Mulheres na Ciência 2018 da UNESCO». portuguese.people.com.cn. 26 de março de 2018. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  12. «Alexander Wilhelm Armin Kellner». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 8 de novembro de 2020