Iniciação científica – Wikipédia, a enciclopédia livre

A iniciação científica é uma modalidade de pesquisa acadêmica desenvolvida por alunos de graduação nas universidades brasileiras em diversas áreas do conhecimento.[1]

Em geral, os estudantes que se dedicam a esta atividade possuem pouca ou nenhuma experiência em trabalhos ligados à pesquisa científica (daí o caráter de "iniciação") e representam o seu primeiro contato com tal prática.[1] Como consequência, sendo um período de primeiro contato, "A iniciação científica muito provavelmente vai ser fácil, comparado com mestrado e doutorado."[1]

Os alunos têm o desenvolvimento de seus estudos acompanhados por um professor orientador, ligado ou não a um laboratório de pesquisa da faculdade na qual o aluno estuda ou a algum centro de pesquisa financiador (Fundação Casa de Rui Barbosa, por exemplo). Como destaca Pires, "O orientador, ou supervisor como alguns parecem chamar, é a pessoa que vai te guiar durante o processo de iniciação científica. Em geral, é uma pessoa mais experiente."[1]

Frequentemente os resultados dos trabalhos dos alunos de Iniciação Científica são apresentados em eventos realizados no mês de outubro de cada ano nas instituições de ensino e pesquisa no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Agências de fomento[editar | editar código-fonte]

As principais agências financiadoras de projetos de iniciação científica no Brasil (através do oferecimento de bolsas de incentivo à pesquisa) são o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em nível federal, através de seu Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, o PIBIC, e as agências estaduais de fomento à pesquisa, como a FAPESP, FAPERJ, FAPEMIG e outras fundações estaduais de amparo à pesquisa. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis possui um programa de formação de recursos humanos gerido pela Finep, que contempla bolsas de iniciação científica.[2][3] Comumente, bolsas de iniciação científica são mensais e normalmente giram em torno de um valor abaixo do salário mínimo fixado pela instituição ou agência de fomento. Atualmente, em 2016, o valor da bolsa do CNPq e da FAPEMIG é de R$400,00. Mas, também há Programas de Iniciação Científica Voluntária (ICV) em várias universidades como a UFABC,[4] UnB,[5] UNIFESP,[6] UFMG,[7] UFPI,[8] PUCPR,[9] PUCRS,[10] e outras.

Peculiaridades desta fase na vida do pesquisador[editar | editar código-fonte]

Nesta etapa da prática universitária, o estudante-pesquisador exerce os primeiros momentos da pesquisa acadêmica, como a escrita acadêmica, a apresentação de resultados em eventos, a sistematização de ideias, a sistematização de referenciais teóricos, a síntese de observações ou experiências, a elaboração de relatórios e demais atividades envolvendo o ofício de pesquisador.[1]

Um aspecto muito importante da iniciação científica é a formação no campo ético. Um treinamento ético responsável e consistente durante a iniciação científica é uma das maiores contribuições para a formação dos futuros cientistas e cidadãos.[carece de fontes?], como o é para pesquisadores mais experientes.[11]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e Pires, JG. Manual de bolso do jovem pesquisador: da iniciação científica ao pós-doutorado, vol. 1.: iniciação científica eBook Kindle. https://www.amazon.com.br/dp/B09RTQXY4R
  2. «PRH-ANP: Segunda Fase (2019 – hoje)». Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Consultado em 3 de junho de 2021 
  3. «PRH-ANP – Finep Gestora». www.finep.gov.br. Consultado em 3 de junho de 2021 
  4. «Iniciação científica - Universidade Federal do ABC». cursos.ufabc.edu.br. Consultado em 3 de junho de 2021 
  5. «ProIC - Programa de Iniciação Científica - Início». proic.unb.br. Consultado em 26 de outubro de 2017 
  6. «Iniciação Científica Voluntária». www.unifesp.br. Consultado em 8 de outubro de 2016 
  7. «Iniciação Científica Voluntária». www.ufmg.br. Consultado em 8 de outubro de 2016 
  8. «UFPI - Iniciação Científica - ICV». www.ic.ufpi.br. Consultado em 8 de outubro de 2016 
  9. «.:Iniciação Científica Voluntária - Página inicial - PUCPR:.». www.pucpr.br. Consultado em 8 de outubro de 2016. Arquivado do original em 9 de setembro de 2017 
  10. «PUCRS - Iniciação Científica». www.pucrs.br. Consultado em 6 de janeiro de 2018 
  11. Francis L. Macrina. Scientific Integrity: Text and Cases in Responsible Conduct of Research. John Wiley & Sons. 2005.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]