Incidente do estreito de Querche – Wikipédia, a enciclopédia livre

Incidente do estreito de Querche
Guerra Russo-Ucraniana

Rebocador Yani Kapu foi atacado pelo barco de patrulha Don, como visto pelo barco de artilharia ucraniano Gyurza-M.
Data 25 de novembro de 2018
Local Estreito de Querche
Coordenadas 44° 51' N 36° 23' 40" E
Desfecho Guarda de Fronteira russa captura três navios ucranianos
  • A Ucrânia declarou lei marcial regional de 28 de novembro a 27 de dezembro de 2018[1][2][3]
  • A Ucrânia proíbe a entrada de cidadãos russos entre 16 e 60 anos durante o período da lei marcial, com exceções para fins humanitários[4]
Beligerantes
 Rússia  Ucrânia
Unidades
Guarda Costeira da Rússia
Frota do Mar Negro[5]
Força Aérea da Rússia
Marinha da Ucrânia
Forças
10 navios de patrulha
2 helicópteros Ka-52
2 aviões Su-25
2 canhoneiras
1 rebocador (Yani Kapu)
Baixas
2 navios danificados 24 tripulantes capturados[a][8]
3 navios capturados (dois dos navios danificados, motores perdidos)[9][10][11]
Detenção dos navios está localizado em: Crimeia
Detenção dos navios
Local da detenção dos navios da Ucrânia na costa da Crimeia

O incidente do estreito de Querche é atualmente um incidente diplomático entre a Rússia e a Ucrânia. O incidente ocorreu em 25 de novembro de 2018, quando um navio de carga russo impediu que três navios da marinha da Ucrânia passassem sob a Ponte da Crimeia, no estreito de Querche.[12][13] A Rússia acusou os navios ucranianos de entrar ilegalmente em suas águas territoriais.[10]

Segundo as autoridades russas, foi solicitado repetidamente aos navios ucranianos que abandonassem as águas territoriais russas; como a Marinha ucraniana se recusou, a Rússia atacou e apreendeu três navios ucranianos ao largo da costa da Crimeia. Duas canhoneiras e um rebocador foram capturados por forças especiais russas depois de uma perseguição.[14][15] De acordo com diferentes relatórios, três[16] ou seis[10] tripulantes ucranianos ficaram feridos e todos os 24 marinheiros ucranianos dos navios capturados foram detidos pela Rússia.[17]

Mais tarde naquele dia, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, assinou um decreto de lei marcial, que foi aprovado pelo parlamento no dia seguinte.[18] Oleksandr Turchynov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, teria dito que o incidente foi um ato de guerra.[19] Ele também afirmou que preparativos militares ativos foram vistos ao longo da fronteira no lado russo.[20]

Alguns dias após a decretação da lei marcial, mais precisamente em 30 de novembro de 2018, o presidente ucraniano proibiu a entrada de cidadãos russos do sexo masculino entre os 16 e 60 anos no país, sob a justificativa de se evitar a formação de ``exércitos privados´´ da Rússia no país.[21]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O estreito de Querche liga o mar de Azov ao mar Negro e é formado pela península russa de Taman e pela península disputado de Querche. É o único ponto de acesso para navios que viajam de e para as cidades portuárias do mar de Azov. Embora a Ucrânia e a Rússia concordassem com o princípio da liberdade de movimento através do estreito e do mar de Azov após o incidente da ilha de Tuzla em 2003,[22] após a anexação da Crimeia pela Federação Russa em 2014,[23] o estreito de Querche está completamente sob o controlo da Rússia.[9] Desde então, a Rússia considera o estreito como parte das suas águas territoriais[24] e realiza uma regulação independente da navegação nele, usando o porto de facto russo de Querche, onde a permissão para passar pelo estreito deve ser solicitada.[25] As Nações Unidas não reconhecem a península da Crimeia[26][27] nem as águas adjacentes como territórios pertencentes à Rússia,[28][29][30] embora a organização do tráfego de carga nos portos da Ucrânia no mar de Azov coloque os seus navios na frente da necessidade de abordagem ao porto de Querche pelas autoridades ucranianas.[25][31]

Em maio de 2018, a Rússia terminou a construção da ponte da Crimeia, que tem 19 quilómetros de comprimento e atravessa o estreito, proporcionando uma conexão terrestre direta entre a Crimeia e a península de Taman.[32] A construção da ponte foi criticada pela Ucrânia e outros países, que a chamaram de ilegal.[33] Além disso, os governos ucraniano e americano disseram que a ponte estava a ser usada pela Rússia como parte de um bloqueio híbrido parcial dos portos ucranianos no mar de Azov, e que as inspeções russas de navios aumentaram acentuadamente desde que a ponte foi aberta em maio de 2018, com alguns supostamente sendo forçados a esperar entre três e sete dias antes de serem autorizados a passar.[34][35][36][37] Sob o tratado de 2003, tanto a Rússia quanto a Ucrânia têm o direito de inspecionar navios que navegam dentro ou fora do Mar de Azov.[38] A Ucrânia disse que o aumento das inspeções da guarda costeira russa após a abertura da ponte representa um abuso desse direito.[39]

De acordo com o Defense News, do ponto de vista da Rússia, as tensões começaram a aumentar em março, quando navios da guarda costeira da Ucrânia apreenderam a embarcação de pesca russa Nord no mar de Azov[13] em março de 2018, acusando a tripulação de entrar em "território, que está sob ocupação temporária".[40] O capitão do Nord, Vladimir Gorbenko, poderá estar a enfrentar uma condenação de até cinco anos de prisão.[41]

No final de setembro, a Marinha da Ucrânia lançou uma operação para mover o navio de busca e salvamento Donbas e o rebocador Korets de Odessa para Mariupol.[42] A operação foi o primeiro envio de navios da Marinha ucraniana para a área do estreito de Querche desde a anexação da Crimeia pela Rússia.[43] Comandados pelo vice-chefe de estado-maior das Forças Navais da Ucrânia, Dmytro Kovalenko, os navios transmitiram por rádio a sua intenção de entrar no mar de Azov através do estreito de Querche quando se aproximaram em 23 de setembro, mas não seguiram o procedimento oficial para pedir permissão. Segundo Kovalenko, esta foi uma forma intencional de "diplomacia naval", realizada com o objetivo de afirmar a reivindicação ucraniana das águas circundantes. Embora os navios tenham recebido serviços pilotagem gratuitamente da autoridade portuária de Querche, eles também foram seguidos por pelo menos 13 navios russos, e sobrevoados por aeronaves russas.[42] Em última análise, os navios ucranianos cumpriram os procedimentos de trânsito que não exigiram um pedido de permissão para transitar,[44][45] A Rússia não impediu a passagem dos navios sob a ponte da Crimeia nem a chegada com sucesso a Mariupol. Em entrevista ao Kyiv Post, o especialista naval ucraniano Taras Chmut disse que achava que os russos não esperavam a operação ucraniana, e por isso decidiu tomar a opção menos arriscada, permitindo a passagem. Ele também disse: "Pela primeira vez, não reagimos apenas aos passos dos russos, mas começamos a definir as nossas próprias regras de jogo".[43]

O comissário da União Europeia para a Segurança, Julian King, disse que a Rússia tinha encenado uma campanha de desinformação de um ano para "suavizar" a opinião pública em preparação para o incidente. De acordo com King, vários rumores se espalharam sobre os planos das autoridades ucranianas, incluindo que o governo ucraniano estava a dragar o mar de Azov em preparação para a chegada de uma frota da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que pretendia infectar o mar Negro com cólera, e que planeava explodir a ponte da Crimeia com uma bomba nuclear.[46]

Pavel Felgenhauer, analista de defesa e colunista da Novaya Gazeta, especulou que o governo de Putin instigou o incidente por preocupação de que as bases navais da Ucrânia no mar de Azov possam eventualmente sediar patrulhas visitantes da NATO.[13]

Incidente[editar | editar código-fonte]

Na manhã de 25 de novembro, três navios ucranianos (as canhoneiras Berdiansk, Nikopol e o rebocador Yani Kapu) tentaram completar uma viagem do porto de Odessa no mar Negro, sudoeste da Ucrânia, até o porto marítimo de Mariupol no mar de Azov, leste da Ucrânia.[10] Agentes do Serviço de Segurança da Ucrânia estavam presentes a bordo dos navios; de acordo com a Ucrânia eles estavam a fornecer cobertura comum de contra-inteligência.[17] Quando se aproximaram do estreito de Querche, embarcações da Guarda Costeira russa acusaram os navios ucranianos de entrar ilegalmente em águas territoriais russas, e ordenaram que eles saíssem da área. Quando os ucranianos se recusaram, citando o tratado russo-ucraniano de 2003 sobre a liberdade de navegação no estreito e no mar de Azov, as embarcações russas tentaram intercetá-los, e embateram no rebocador Yani Kapu várias vezes.[10][47] Quando eles tentaram embater nas canhoneiras, que eram mais ágeis, dois navios russos colidiram, e o navio patrulha Izumrud da Guarda Costeira russa foi danificado.[48] Os navios da marinha ucraniana então continuaram o seu percurso, parando perto da zona de espera ancorada 471, a cerca de 14 quilómetros da ponte da Crimeia, e permaneceram lá pelas próximas oito horas.[14] Durante este tempo, os russos colocaram um grande cargueiro sob a ponte, o que bloqueou a rota para o mar de Azov e Mariupol.[15][49][10][50] Simultaneamente, a Rússia enviou dois caças e dois helicópteros para patrulhar o estreito.[10] Durante a noite, os navios ucranianos voltaram para retornar ao porto de Odessa. Quando os navios estavam a sair da área, a Guarda Costeira russa os perseguiu, atirando e capturando os navios ucranianos a cerca de 23 quilómetros da costa da Crimeia, em águas internacionais.[10][51][14]

Danos e resposta política[editar | editar código-fonte]

Após o incidente, a Marinha da Ucrânia informou que seis militares foram feridos pelas ações russas.[10] A ponte de comando do Berdiansk foi danificada, seja por um caça Sukhoi Su-25[12] ou por 30 mm de tiros navais do navio patrulha da Guarda Costeira russa Izumrud, de acordo com a versão da Rússia.[14] De acordo com a comunicação de rádio entre a liderança russa e navios da Guarda Costeira, dois navios russos foram danificados.[52] Um deles foi danificado enquanto embatia no rebocador ucraniano Yani Kapu.[53][54][55] Além disso, o navio russo Don também colidiu e danificou o navio russo Izumrud.[56] Após o incidente, funcionários de ambos os países acusaram o outro de comportamento provocativo.[57] A Ucrânia classificou a apreensão dos seus navios como ilegal.[10][9][58] Em um comunicado, a Marinha da Ucrânia disse: "Depois de deixar a zona de 12 milhas, o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Federação Russa abriu fogo contra a flotilha pertencente a… às forças armadas da Ucrânia".[12] O presidente ucraniano Petro Poroshenko convocou o Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, descrevendo as ações russas como "não provocadas e loucas".[10]

A Rússia não respondeu imediatamente ou diretamente à alegação, mas agências de notícias russas citaram o FSB dizendo que tinha provas incontestáveis de que a Ucrânia tinha preparado o que chamou de "provocação" e divulgaria as suas evidências em breve.[59] O relatório do FSB disse que a Ucrânia não seguiu o procedimento oficial necessário para a passagem pelo estreito, ou seja, que a autoridade portuária em Querche deveria ser informada 48 e 24 horas antes de qualquer movimento, com uma confirmação oficial 4 horas antes da passagem.[14] Também disse que os navios ucranianos estavam a fazer manobras perigosas e ignoraram intencionalmente as instruções do FSB, a fim de provocar tensões. Políticos russos, incluindo o presidente Vladimir Putin, denunciaram o governo ucraniano, dizendo que o incidente foi uma tentativa calculada do presidente ucraniano Petro Poroshenko de aumentar a sua popularidade antes da eleição presidencial ucraniana no próximo ano.[60][61] O governo ucraniano rejeitou isso, e disse ter informado os russos da passagem pelo estreito de Querche com antecedência.[10][60] O porta-voz da Marinha ucraniana, Oleh Chalyk, disse que Yani Kapu tinha "estabelecido contacto com um posto avançado da Guarda Costeira" operado pelo Serviço de Fronteira da FSB e "comunicou a sua intenção de navegar pelo estreito de Querche. A informação foi recebida [pelas autoridades russas] mas nenhuma resposta foi dada".[62] De acordo com a Ucrânia, o contacto foi estabelecido às 03h58min de 25 de novembro, "de acordo com as regras internacionais de segurança da navegação marítima".[63]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Na manhã de 26 de novembro, foram divulgadas fotografias dos navios ucranianos capturados no porto de Querche na Crimeia. Nas imagens, pequenas redes de camuflagem cobrem as proas dos navios.[64] Também naquele dia, de acordo com a APK-Inform, o transporte comercial ucraniano voltou a operar normalmente depois que o estreito de Querche foi reaberto ao tráfego civil.[65][66][67][68]

De acordo com a inteligência ucraniana, o estado de saúde dos militares das Forças Navais da Ucrânia que ficaram feridos no ataque no estreito de Querche é satisfatório. Os tripulantes ucranianos feridos estavam a ser tratados no hospital Pirogov em Querche.[69] Outras fotografias mostraram danos significativos infligidos à canhoneira Berdiansk, incluindo um buraco na ponte de comando. De acordo com Vasyl Hrytsak, chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, dois mísseis foram disparados por um dos caças de ataque russos.[70]

Em 27 de novembro, um tribunal da Crimeia ordenou que 12 dos 24 marinheiros ucranianos fossem detidos por 60 dias.[8] No dia seguinte, os 12 marinheiros ucranianos remanescentes, incluindo os três hospitalizados, também foram oficialmente detidos por 60 dias pela corte do raion de Kievskiy em Simferopol.[71] Em 29 de novembro, as autoridades russas afirmaram que os três tripulantes hospitalizados receberam alta hospitalar.[72] Em 30 de novembro todos os marinheiros ucranianos capturados foram transferidos para Moscovo.[73]

Na noite de 28 de novembro, o ministro ucraniano da Infraestrutura, Volodymyr Omelyan, disse que os navios com destino aos portos de Berdiansk e Mariupol aguardavam a entrada no mar de Azov e os navios também estavam esperando para ir para o sul. Ele caracterizou isso como um bloqueio virtual. Nenhum navio foi identificado como ucraniano.[74] Em 4 de dezembro, Omelyan afirmou que a Rússia deixou os navios chegarem a Berdiansk e Mariupol novamente.[4][75] No mesmo dia, o Ministério dos Territórios Temporariamente Ocupados e IDPs da Ucrânia alegou que o acúmulo de navios à espera para ir para os portos ucranianos causou vários acidentes.[76] A Rússia negou que tenha impedido os navios de navegar para os portos ucranianos e afirmou que quaisquer possíveis interrupções foram devido ao mau tempo.[4][77]

Em 19 de janeiro de 2019, o USS Donald Cook entrou no mar Negro, sendo o segundo navio americano a chegar ao mar Negro após o incidente do estreito de Querche depois do USS Fort McHenry, que entrou em 10 de janeiro de 2019.[78] Em março de 2019, o Canadá, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções aos cidadãos e empresas russas pela sua participação no incidente e nas atividades militares na Crimeia e no leste da Ucrânia controlado pelos separatistas.[79]

Em 25 de maio de 2019, o Tribunal Internacional do Direito do Mar decidiu que a Rússia deveria libertar imediatamente os três navios e os 24 militares ucranianos capturados.[80][81] Em 7 de setembro de 2019, todos os 24 marinheiros foram libertados e devolvidos à Ucrânia durante uma troca de prisioneiros. Em particular, a Rússia conseguiu a troca de uma das testemunhas no caso MH17.[82] Em 18 de novembro de 2019, os navios capturados foram devolvidos à Ucrânia. A transferência ocorreu no mar perto do cabo Opuk na Crimeia.[83] Os navios foram devolvidos com armas regulares, mas sem munições. As armas pessoais da tripulação, bem como livros e documentos, permaneceram na Rússia como evidência no caso criminal.[84][85]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. 3 feridos segundo dados russos[6]
    6 feridos segundo dados ucranianos[7]

Referências

  1. «Poroshenko says martial law to be introduced in Ukraine at 9 a.m. on Nov 28» (em inglês). Interfax-Ucrânia. 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  2. Darrah, Nicole (26 de novembro de 2018). «Ukrainian parliament votes to impose martial law after Russia allegedly seized country's ships». Fox News (em inglês). Consultado em 27 de novembro de 2018 
  3. «Poroshenko Ends Martial Law in Ukraine As Tensions With Russia Continue». RFE/RL (em inglês). 26 de dezembro de 2018. Consultado em 27 de dezembro de 2018 
  4. a b c «Ukraine's ports partially unblocked by Russia, says Kiev». The Guardian (em inglês). Associated Press. 4 de dezembro de 2018. Consultado em 6 de dezembro de 2018 
  5. «Минобороны РФ подтвердило участие военных в инциденте в Керченском проливе» [Ministério da Defesa da FR confirma o envolvimento militar no incidente do estreito de Querche] (em russo). Moscovo. Interfax. 30 de novembro de 2018. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  6. «Установлены личности украинских военных, пострадавших при инциденте в Керченском проливе» [Apurada a identidade dos militares ucranianos feridos no incidente do estreito de Querche]. Gazeta.ru (em russo). 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  7. «На захоплених Росією українських кораблях поранені шість військових – ВМС» [Seis soldados da Marinha ucraniana ficaram feridos em navios ucranianos apreendidos pela Rússia]. RFE/RL (em ucraniano). 25 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  8. a b «Ukraine-Russia sea clash: Captured sailors shown on Russia TV». BBC News (em inglês). 27 de novembro de 2018. Consultado em 27 de novembro de 2018 
  9. a b c «Russia seizes Ukrainian ships near annexed Crimea». Al Jazeera (em inglês). 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  10. a b c d e f g h i j k l «Russia seizes Ukrainian naval ships». BBC News. 25 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  11. Kalashnik, Pavlo (26 de novembro de 2018). «Росія захопила понад 20 українських моряків» [Rússia captura mais de 20 marinheiros ucranianos]. Hromadske (em ucraniano). Crimeia. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  12. a b c Osborn, Andrew; Polityuk, Pavel (25 de novembro de 2018). «Russia seizes Ukrainian ships near annexed Crimea after firing on them» (em inglês). Reuters. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  13. a b c Larter, David B.; Bodner, Matthew (28 de novembro de 2018). «The Sea of Azov won't become the new South China Sea (and Russia knows it)». Defense News (em inglês). Consultado em 2 de dezembro de 2018 
  14. a b c d e О провокационных действиях кораблей ВМС Украины [Sobre as ações provocatórias dos navios da Marinha da Ucrânia] (Relatório) (em russo). Serviço Federal de Segurança da Federação Russa. 26 de novembro de 2018. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  15. a b «Russia-Ukraine sea clash in 300 words». BBC News (em inglês). 30 de novembro de 2018. Consultado em 12 de dezembro de 2018 
  16. «Tense standoff around Kerch Strait between Russia & Ukraine: How it developed». RT. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  17. a b Troianovski, Anton; Ferris-Rotman, Amie (27 de novembro de 2018). «Russia shrugs off Western pressure over Black Sea incident with Ukraine». The Washington Post (em inglês). Moscovo. Consultado em 1 de dezembro de 2018 
  18. Hodge, Nathan; Berlinger, Josh (26 de novembro de 2018). «Ukrainian lawmakers approve martial law as tensions with Russia escalate». CNN. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  19. «Турчинов: РФ вперше відкрито атакувала Збройні сили України». ZIK.ua (em ucraniano). 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018. Arquivado do original em 26 de novembro de 2018 
  20. «Турчинов заявив про активну підготовку військових підрозділів РФ на кордонах з Україною» (em ucraniano). UNIAN. 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  21. Sahuquillo, María R. (30 de novembro de 2018). «Ucrânia proíbe entrada de homens russos com idades entre 16 e 60 anos para evitar "exército privado"». EL PAÍS 
  22. «Agreement between the Russian Federation and the Ukraine on cooperation in the use of the sea of Azov and the strait of Kerch». Base de dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (em inglês). 24 de dezembro de 2003. Consultado em 2 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 4 de novembro de 2018 
  23. «Ukraine-Russia clash: MPs back martial law». BBC News (em inglês). 27 de novembro de 2018. Consultado em 27 de novembro de 2018 
  24. «В ФСБ сообщили о пересечении границы России тремя кораблями ВМС Украины» [O FSB relatou sobre a travessia de três navios da Marinha ucraniana pela fronteira russa] (em russo). Moscovo. Interfax. 25 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  25. a b Kuznets, Dmitri (26 de novembro de 2018). «Россия захватила украинские корабли и обвинила экипаж в нарушении морских границ. Они действительно что-то нарушили?» [A Rússia apreendeu navios ucranianos e acusou a tripulação de violar as fronteiras marítimas. Eles realmente violaram alguma coisa?]. Meduza (em russo). Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  26. Resolution A/RES/68/262: Territorial integrity of Ukraine (Relatório) (em inglês). Assembleia Geral das Nações Unidas. 27 de março de 2014. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  27. «Putin's Stance on Ukraine Supported by Minority of Nations» (em inglês). Bloomberg. 14 de março de 2014. Consultado em 27 de novembro de 2018 
  28. Aksyonov, Pavel (26 de novembro de 2018). «Инцидент в Керченском проливе: кто прав?» [Incidente do estreito de Querche: quem tem razão?]. BBC News Rússia (em russo). Consultado em 26 de novembro de 2018 
  29. Solovyov, Vladimir; Krivosheev, Kirill; Sokolovskaya, Yanina (26 de novembro de 2018). «Последняя капля в мор» [A última gota no oceano]. Kommersant (em russo) (217). Consultado em 26 de novembro de 2018 
  30. «Российские корабли обстреляли и захватили украинские катера в Черном море» [Navios russos atacaram e capturaram embarcações ucranianas no mar Negro]. BBC News Rússia (em russo). 25 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  31. «Прохождение украинскими кораблями Керченского пролива: стало известно о россиянах на борту» [Passagem de navios ucranianos pelo estreito de Querche: ficou conhecido sobre a presença dos russos a bordo]. Apostrophe (em russo). 26 de setembro de 2018. Consultado em 10 de dezembro de 2018 
  32. Roth, Andrew (15 de maio de 2018). «Putin opens 12-mile bridge between Crimea and Russian mainland». The Guardian (em inglês). Consultado em 26 de julho de 2018 
  33. Stolyarov, Gleb (15 de maio de 2018). «Trucker Putin opens Russia bridge link with annexed Crimea» (em inglês). Reuters. Consultado em 19 de setembro de 2018 
  34. Choursina, Kateryna (25 de julho de 2018). «Ukraine Complains Russia Is Using New Crimea Bridge to Disrupt Shipping» (em inglês). Bloomberg. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  35. Klimenko, Andrey (10 de setembro de 2017). «Bulk carrier had to cut off mast to pass under illegal Kerch Strait Bridge». Maritime Bulletin (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2018 
  36. Lourie, Richard (26 de outubro de 2018). «Putin's bridge over troubled waters». The Globe and Mail (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2018 
  37. Fisher, Jonah (27 de novembro de 2018). «Why Ukraine-Russia sea clash is fraught with risk». BBC News (em inglês). Kiev. Consultado em 29 de novembro de 2018 
  38. «EU calls on Russia to ensure foreign vessels' free access to Ukrainian ports in Sea of Azov» (em inglês). UNIAN. 5 de setembro de 2018. Consultado em 5 de dezembro de 2018 
  39. «Ukraine-Russia sea clash: Who controls the territorial waters around Crimea?». BBC News (em inglês). 27 de novembro de 2018. Consultado em 4 de dezembro de 2018 
  40. Chumakova; Zinets, Natalia (15 de agosto de 2018). «Some Russian ships stop cargoes to Ukraine after tanker detained: sources» (em inglês). Moscovo e Kiev. Reuters. Consultado em 20 de janeiro de 2019 
  41. «Russians from Nord ship swapped for Ukrainian sailors» (em inglês). UNIAN. 30 de outubro de 2018. Consultado em 20 de janeiro de 2019 
  42. a b Tykhyi, Heorhiy (4 de outubro de 2018). «Dmytro Kovalenko, commander of the Ukrainian Navy move to Azov Sea» (em inglês). Mariupol. Ukrinform. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  43. a b Grytsenko, Oksana (24 de setembro de 2018). «Two Ukrainian navy ships pass through Russian-controlled Kerch Strait». Kyiv Post (em inglês). Consultado em 8 de dezembro de 2018 
  44. Об утверждении Обязательных постановлений в морском порту Керчь [Sobre a aprovação do Regulamento Compulsório no porto marítimo de Querche] (Relatório) (em russo). Ministério dos Transportes da Rússia. Outubro 2015. Consultado em 2 de maio de 2019 
  45. Про затвердження Правил плавання суден Керч-Єнікальським каналом [Sobre a declaração de Regras de navegação de navios pelo canal de Querche-Yenikale] (Relatório) (em ucraniano). Ministério dos transportes da Ucrânia. 9 de outubro de 2002 
  46. Boffey, Daniel (10 de outubro de 2018). «Russia 'paved way for Ukraine ship seizures with fake news drive'». The Guardian (em inglês). Bruxelas. Consultado em 13 de outubro de 2018 
  47. «Bellingcat: Shooting of "Berdyansk" boat most likely took place in international waters» (em inglês). UNIAN. 1 de dezembro de 2018. Consultado em 14 de dezembro de 2018 
  48. «Russian Escalation in Kerch». Medium (em inglês). 27 de novembro de 2018. Consultado em 14 de dezembro de 2018 
  49. Esch, Christian (4 de dezembro de 2018). «Russia Tries to Strangle Ukraine with New Maritime Strategy». Spiegel Online (em inglês). Consultado em 14 de dezembro de 2018 
  50. «Росія перекрила прохід цивільних суден через Керченську протоку» [Rússia bloqueia a passagem de navios civis pelo estreito de Querche]. Ukrayinska Pravda (em ucraniano). 25 de novembro de 2018. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  51. «У мережі показали координати місця атаки росіянами українських катерів» [A Internet mostrou as coordenadas do ataque russo a barcos ucranianos] (em ucraniano). UNIAN. 26 de novembro de 2018. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  52. Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia (26 de novembro de 2018). Radio communication between the Russian leadership and border guard ships. YouTube (em inglês e russo). Consultado em 26 de novembro de 2018 
  53. «Захоплених українських моряків етапували в Керч» [Os marinheiros ucranianos capturados foram transferidos para Querche]. Portal Militar da Ucrânia (em ucraniano). 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  54. «Під час конфлікту в Азовському морі пошкоджений російський корабель» [Navio russo foi danificado durante o conflito no mar de Azov]. Segodnya (em ucraniano). 25 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  55. «Российский пограничный корабль таранил буксир ВМС Украины и получил пробоину» [Navio de patrulha russo embateu em um rebocador da Marinha ucraniana e recebeu um buraco]. Dumskaya (em russo). 25 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  56. «Ukraine intercepts radio comms of Russian Coast Guard with Command amid attack on Ukraine Navy boats (Transcript)» (em inglês). UNIAN. 27 de novembro de 2018. Consultado em 27 de novembro de 2018 
  57. «Ukraine Backs Martial Law After Gunfire at Sea». RFE/RL (em inglês). Kiev. 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  58. «Russia's Coast Guard ship 'Don' rams Ukrainian tugboat amid transfer from Odesa to Mariupol» (em inglês). UNIAN. 25 de novembro de 2018. Consultado em 27 de novembro de 2018 
  59. «Порошенко скликав воєнний кабінет на 22:00 через агресію Росії на морі» [Poroshenko convocou um gabinete militar para as 22h00 por causa da agressão da Rússia no mar]. Espreso TV (em ucraniano). 25 de novembro de 2018. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  60. a b Bodner, Matthew (26 de novembro de 2018). «Russia fires on Ukrainian vessels in Black Sea; 2 wounded» (em inglês). Moscovo. Associated Press. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  61. «Ukraine-Russia sea clash staged, says Putin». BBC News (em inglês). 28 de novembro de 2018. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  62. «Kyiv Says Russia Attacked Ukrainian Navy Ships, Seized Three in Black Sea». RFE/RL (em inglês). Kiev. 25 de novembro de 2018. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  63. Tykhyi, Heorhiy (25 de novembro de 2018). «Russia escalates conflict in the Kerch Strait: chronology of events» (em inglês). Kiev. Ukrinform. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  64. «Фото захоплених українських кораблів у Керчі» [Foto dos navios ucranianos capturados em Querche]. Ukrainian Military Pages (em ucraniano). 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  65. «Украинские порты и терминалы Азовского моря работают в штатном режиме» [Portos e terminais ucranianos no mar de Azov operam normalmente] (em russo). APK-Inform. 26 de novembro de 2018 
  66. «Ukraine's Azov Sea ports operating normally despite tensions with Russia» (em inglês). Kiev. Reuters. 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  67. «Passage through Kerch Strait open for civilian vessels after Ukraine standoff» (em inglês). Simferopol. TASS. 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  68. Osborn, Andrew; Rodionov, Maxim (26 de novembro de 2018). «Russia reopens Kerch Strait to shipping after standoff with Ukraine». The Irish Independent (em inglês). Consultado em 8 de dezembro de 2018 
  69. «Трьох поранених українських моряків прооперували у Керчі» [Os três tripulantes ucranianos feridos foram operados em Querche] (em ucraniano). Ukrinform. 26 de novembro de 2018. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  70. Brown, Daniel (28 de novembro de 2018). «New pictures show exactly how severely Russia damaged a Ukrainian boat and set off a crisis in the Black Sea». Business Insider (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2018 
  71. «Окупанти заарештували всіх захоплених українських моряків» [Os ocupantes detiveram todos os marinheiros ucranianos que foram capturados]. Ukrayinska Pravda (em ucraniano). 28 de novembro de 2018. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  72. «У Криму заявили, що виписали з лікарні 3 поранених моряків» [Na Crimeia, foi anunciado que os 3 tripulantes feridos receberam alta hospitalar]. Ukrayinska Pravda (em ucraniano). 29 de novembro de 2018. Consultado em 29 de novembro de 2018 
  73. Roth, Andrew (30 de novembro de 2018). «Ukraine bans entry to Russian men 'to prevent armies forming'». The Guardian (em inglês). Mariupol. Consultado em 30 de novembro de 2018 
  74. «Россия заблокировала украинские порты на Азовском море. 35 судов в ожидании» [A Rússia bloqueou os portos ucranianos no mar de Azov. 35 embarcações à espera]. Krym Realii (em russo). 28 de novembro de 2018. Consultado em 28 de novembro de 2018 
  75. «Росія частково розблокувала порти в Азовському морі – Омелян» [A Rússia desbloqueou parcialmente os portos do mar de Azov – Omelyan]. Ukrayinska Pravda (em ucraniano). 4 de dezembro de 2018. Consultado em 4 de janeiro de 2019 
  76. «Росія спричинила аварії у Керченській протоці – МінТОТ» [A Rússia provocou um acidente no estreito de Querche – MinTTO]. Ukrayinska Pravda (em ucraniano). 4 de dezembro de 2018. Consultado em 4 de dezembro de 2018 
  77. «Kyiv Says Russia Blocking Kerch Strait, Plans To Send Ukrainian Navy Ships». RFE/RL (em inglês). 7 de dezembro de 2018. Consultado em 8 de dezembro de 2018 
  78. «USS Donald Cook missile destroyer en route to the Black Sea». 112.International (em inglês). 19 de janeiro de 2019. Consultado em 19 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 20 de janeiro de 2019 
  79. Villasanta, Artie (18 de março de 2019). «US, EU And Canada Impose Fresh Sanctions On Russia over Ukraine». Business Times (em inglês). Consultado em 19 de março de 2019 
  80. «Russia ordered to release Ukraine sailors». BBC News (em inglês). 25 de maio de 2019. Consultado em 25 de maio de 2019 
  81. «Case No. 26 concerning the detention of three Ukrainian naval vessels». Tribunal Internacional do Direito do Mar (em inglês). Consultado em 25 de maio de 2019. Arquivado do original em 25 de maio de 2019 
  82. Lapin, Denis; Pavlova, Olga; Britton, Bianca; Dean, Sarah (7 de setembro de 2019). «Film director Oleg Sentsov and MH17 suspect among those freed in Russia-Ukraine prisoner swap». CNN (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2019 
  83. Solovyov, Vladimir; Dayatel, Tatyana (18 de novembro de 2019). «Париж стоит встречи» [Paris vale um encontro]. Kommersant (em russo) (217). Consultado em 18 de novembro de 2019 
  84. «Russia returns navy vessels seized from Ukraine». Deutsche Welle (em inglês). 18 de novembro de 2019. Consultado em 18 de novembro de 2019 
  85. «Ukraine confirms Russia returning three captured naval ships» (em inglês). Kiev. Reuters. 18 de novembro de 2019. Consultado em 18 de novembro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Incidente do estreito de Querche