Incidente Sakuradamon (1932) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para o assassinato de 1860, veja Incidente Sakuradamon (1860).
Foto do incidente Sakuradamon
Lee Bong-chang preso

O Incidente Sakuradamon ou Ato Patriótico de Lee Bong-chang[1][2][3] foi uma tentativa de assassinato contra o Imperador Hirohito do Império do Japão por um ativista da independência coreana, Lee Bong-chang (hangul: 이봉창, hanja: 李奉昌), em Tóquio em 9 de janeiro de 1932.

Tentativa de assassinato[editar | editar código-fonte]

Quando o Imperador Hirohito estava partindo do Palácio Imperial pelo Portão Sakuradamon a caminho de reistar uma parada militar, Lee Bong-chang, um membro da Legião Patriótica Coreana (Haninaegukdan, Hangul: 한인애국단, hanja: ) sob o Governo Provisório da República da Coreia liderado por Kim Gu em Xangai, jogou uma granada de mão na carruagem do imperador.[4]

Lee soube da agenda do Imperador a partir de um artigo de jornal, e conseguiu se aproximar da procissão disfarçado como um policial do Kempeitai. No entanto, a granada de mão foi mal lançada e explodiu perto da carruagem do Ministro da Casa Imperial, o Barão Ichiki Kitokuro, matando dois cavalos. O pretenso assassino foi rapidamente apreendido pela Guarda Imperial.

Lee foi condenado em 30 de setembro de 1932 e executado na Prisão de Ichigaya (市谷刑務所) em 10 de outubro do mesmo ano.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Para tomar a responsabilidade pela falha na segurança, o Primeiro Ministro Tsuyoshi Inukai ofereceu sua renúncia, que não foi aceita pelo Imperador.[5]

A tentativa de assassinato não teve nenhum impacto na política japonesa em relação à península coreana e foi rapidamente esquecida no Japão como um incidente terrorista isolado. No entanto, o Governo Provisório da República da Coreia saudou o evento como uma evidência da oposição à ocupação japonesa de seu território. Quando esses sentimentos foram ecoados nos jornais do partido dominante Kuomintang na República da China, o governo japonês formalmente emitiu um protesto diplomático, e o caso levou a um aumento do sentimento antichinês no Japão em uma época na qual as relações já estavam extremamente tensas.

Lee foi homenageado postumamente pelo governo da República da Coreia com a Ordem de Mérito para a Fundação Nacional em 1962, e uma emissão comemorativa de selos em 1992.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Han See-jun. «Reports about the Patriotic Deed of Lee Bong Chang in the Chinese Papers». The Association for Korean Modern and Contemporary History (한국근현대사학회) (em coreano): 152~170, 246~247. G300-j12278203.v36n0p152. Consultado em 24 de setembro de 2011. Arquivado do original em 4 de outubro de 2011 
  2. Kim Ju-yeong (김주영) (8 de janeiro de 2008). «이봉창 의사 의거 76주년 기념식» (em coreano). Tongilnews 
  3. «이봉창의사 의거, 러 배일사상 고취» (em coreano). The Hankyoreh / Yonhap. 4 de novembro de 2001 
  4. Weiner. Race and Migration in Imperial Japan. p.167
  5. Bix, Hirohito and the Making of Modern Japan. Pp.248
  6. Korean Ministry of Patriots and Veterans Affairs

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bix, Herbert B (2001). Hirohito and the Making of Modern Japan. [S.l.]: Harper Perennial. ISBN 0-06-093130-2 
  • Weiner, Michael (1994). Race and Migration in Imperial Japan: The Limits of Assimilation. [S.l.]: Routledge. ISBN 0415062284 

Notas[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Sakuradamon Incident».