Imigração coreana no Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

A imigração coreana no Brasil teve seu início oficial em 23 de fevereiro de 1963.[1][2] Anteriormente, há registros de cidadãos coreanos imigrantes, especialmente pequenos grupos familiares chegados na década de 1950.[2] Os primeiros registros remontam a 1918, quando os primeiros coreanos teriam aportado no Brasil.[3] Eram apenas seis pessoas que vieram visitar o país e não retornaram.[4] Atualmente estima-se cerca de 50 mil coreanos e descendentes no Brasil. Os coreanos são um dos grupos de imigrantes a vir mais recentemente ao país. Cerca de 92% habitam o estado de São Paulo. Destes, 90% residem e trabalham na capital paulista.

A presença coreana em São Paulo[editar | editar código-fonte]

Os primeiros imigrantes coreanos que chegaram na cidade de São Paulo no início dos anos 1960 se instalaram na Baixada do Glicério. Ali moraram e abriram seus negócios. Com o passar do tempo, a comunidade começou a mudar seu comércio para tradicionais bairros, como o Brás. O bairro preferido dos coreanos para morar passou a ser a Aclimação. Na década de 1990, o comércio atacadista e de produtos mais baratos se fixou no Brás, enquanto as lojas das confecções coreanas voltadas para a moda feminina mudaram-se para o Bom Retiro, estima-se que 80% dos coreanos instalados no Brasil trabalhem com roupas[5] e que de cada três peças de moda feminina feitas no Brasil, uma delas é feita por empresa da comunidade coreana,[4] onde atualmente vivem aproximadamente 40 mil deles. Por ter os seus negócios naquele bairro, boa parte da comunidade coreana mudou também suas residências para o Bom Retiro, que hoje é um bairro formado também por coreanos, além de outras comunidades como os judeus, árabes e gregos.[3]

A presença coreana no Paraná[editar | editar código-fonte]

Os coreanos no Paraná chegaram a partir de 1967 e foram instalados na localidade de Santa Maria, núcleo localizado no quilômetro 144 da Rodovia do Café, no município de Tibagi, na região dos Campos Gerais.[6][7][8] Os coreanos de Tibagi saíram do porto de Busan, na Coreia do Sul, em novembro de 1965, e em janeiro de 1966 chegaram ao porto de Paranaguá. Do porto, os imigrantes seguiram para Castro, onde foram alojados no quartel do Exército até seguirem para a Colônia Coreana Santa Maria.[9][10] Outros coreanos, em menor número, chegaram ao estado na última década, concentrando-se mais nas grandes cidades como Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu.[6][11][12]

Descendentes famosos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Coreanos no Brasil». Laboratório de Estudos Urbanos - Unicamp. Consultado em 25 de outubro de 2020 
  2. a b Prefeitura de S.Paulo - Mil Povos Arquivado em 25 de março de 2004, no Wayback Machine. Obtido em 5 de julho de 2009. (em português)
  3. a b Antonio, Bruna Mineo; Araújo, José Renato de Campos (2 de março de 2019). «A diáspora coreana: o caso brasileiro». Confins. Revue franco-brésilienne de géographie / Revista franco-brasilera de geografia (em francês) (39). ISSN 1958-9212. doi:10.4000/confins.18851. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  4. a b Especiais - Agência Brasil Arquivado em 16 de abril de 2009, no Wayback Machine. Obtido em 5 de julho de 2009. (em português)
  5. «O enigma dos coreanos no Brasil». Veja. Consultado em 25 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 31 de julho de 2004 
  6. a b WONS, Iaroslaw (1993). Geografia do Paraná. Curitiba: Ensino Renovado. p. 97 
  7. «Projeto realidade: alfabetização em Ponta Grossa». Instituto Nacional de Estudos e Políticas Educacionais. 1994. Consultado em 15 de janeiro de 2020 
  8. «Programa interinstitucional de avaliação e acompanhamento das migrações internacionais no Brasil, Volume 1». FNUAP. 1996. Consultado em 15 de janeiro de 2020 
  9. Bia Moraes (20 de janeiro de 2016). «Comunidade Unida». Gazeta do Povo. Consultado em 15 de janeiro de 2020 
  10. Gustavo Barreto. «Sul-coreanos no Paraná: dois anos de espera após extinção de órgão criado por Jango». Mídia Cidadã. Consultado em 15 de janeiro de 2020 
  11. Lauane de Melo (23 de junho de 2014). «Coreanos da fronteira se reúnem em hotel de Foz para apoiar seleção contra Argélia». Click Foz. Consultado em 15 de janeiro de 2020 
  12. Lucio E. Fukumoto (4 de outubro de 2017). «Narrativas da imigração coreana em Foz do Iguaçu». Gazeta do Povo. Consultado em 15 de janeiro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]