Imigração congolesa no Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

República Democrática do Congo Congolês-brasileiros Brasil
População total

2.064 (em 2020)[1]

Regiões com população significativa
São Paulo e Rio de Janeiro
Línguas
Português brasileiro, francês, lingala e línguas regionais congolesas
Religiões
Predominantemente cristã

A imigração congolesa no Brasil é um fato novo. A maioria dos congoleses que vão para o país sul-americano são refugiados, fugindo de conflitos internos, perseguições políticas e até estupros que ocorrem na República Democrática do Congo.[2] Junto com os angolanos e com os guineenses, fazem a maior comunidade de refugiados africanos no Brasil.

Êxodo[editar | editar código-fonte]

Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), os congoleses são o segundo maior grupo a ter a solicitação de refúgio recepcionada pelo governo do Brasil depois da Síria, com 953 pedidos reconhecidos entre 2007 e 2017, o equivalente a 13% dos refúgios acatados neste período. Os congoleses chegam fugindo de uma guerra que gera massacres, mortes a machadadas, estupros, tráfico humano, doenças e desnutrição. O presidente Joseph Kabila, no poder desde 2001, se recusa a deixar mesmo que seu mandato ter acabado no fim de 2016.

Vida no Brasil[editar | editar código-fonte]

A grande maioria dos congoleses moram no Estado do Rio de Janeiro e na cidade do Rio de Janeiro devido a condição financeira que chegam ao Brasil a maioria vive em favelas, onde acabam trocando a opressão em seu país para enfrentar uma rotina de violência e tiroteios no Rio. Estão concentrados na região histórica de Brás de Pina, na zona norte, em maioria na favela Cinco Bocas; em Barros Filho, também na zona norte; e em Duque de Caxias (principalmente Jardim Gramacho), na Baixada Fluminense. O grupo de congoleses têm dificuldade de alcançar bons empregos, mesmo que tenham tido boa educação em casa. Para os mesmos, as vagas reservadas costumam ser nas áreas de limpeza, construção civil e carregamentos.[3] Os congoleses residentes no Brasil vivem dificuldades, como tiroteios, racismo, falta de assistencialismo, saúde e trabalho; porém, resistem e mantém suas tradições intactas para lembrar de sua terra natal.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Imigrantes internacionais registrados (Registro Nacional de Estrangeiro - RNE/ Registro Nacional Migratório - RNM». Nepo - Núcleo de Estudos de População "Elza Berquó" / Observatório das Migrações em São Paulo (Apoioː Ministério Público do Trabalho). Consultado em 4 de fevereiro de 2022 
  2. Paulo Toledo Piza e Thiago Reis (24 de abril de 2014). «Após se refugiar no Brasil, congolês sonha em ser astro do basquete». G1 São Paulo. Consultado em 4 de fevereiro de 2022. Jovem de 18 anos aguarda que seu status seja aprovado por comitê. Acostumado a comer carne de cães e gatos, ele fala da difícil adaptação. 
  3. Júlia Carneiro, Felipe Souza e Fabio Teixeira (30 de julho de 2018). «Fugindo da guerra, congoleses enfrentam violência, racismo e desemprego para recomeçar no Brasil». BBC News Brasil. Consultado em 4 de fevereiro de 2022 
  4. Thalita Monte Santo (+ fotojornalista Fábio Teixeira) (20 de agosto de 2018). «Brasil meu refúgio: fotografias sobre imigração congolesa no Rio de Janeiro». Revista FHOX. Consultado em 4 de fevereiro de 2022