Ilha do Príncipe – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ilha do Príncipe
Geografia
País
Divisões administrativas autónomas
Região Autónoma do Príncipe (en)
Sede
Banhado por
Área
136 km2
Ponto culminante
Pico de Príncipe (en)
Altitude
948 m
Coordenadas
Demografia
População
7 344 hab.
Densidade
54 hab./km2
Funcionamento
Geminações
História
Origem do nome
Mapa
Bandeira do Príncipe.

A Ilha do Príncipe é a segunda maior ilha do arquipélago de São Tomé e Príncipe, que é constituído por duas ilhas principais, ambas pertencentes à linha vulcânica dos Camarões. Administrativamente, esta ilha constitui, desde 29 de Abril de 1995, uma região autónoma, formada pelo distrito de Pagué. A ilha tem uma área de 142 km² e uma população estimada, em 2006, de 6 737 habitantes.[1] A capital é Santo António.

Com 31 milhões de anos, Príncipe é a primeira reserva mundial da Biosfera pela Unesco do arquipélago são-tomense, e passou a ser a primeira reserva africana a integrar a rede mundial da biosfera costeira, provado que a relação entre o homem e a natureza é sustentável.[carece de fontes?]

História[editar | editar código-fonte]

A ilha foi descoberta por navegadores portugueses em 17 de janeiro de 1471, que a denominaram como "Ilha de Santo Antão".

Visando incentivar o seu povoamento, em 1502 tornou-se uma donataria, denominada como "Ilha do Príncipe", sendo-lhe introduzida a cultura da cana-de-açúcar. Fora nomeada ilha do Príncipe por D. João II de Portugal. O rei tanto adorava o seu único filho e herdeiro Afonso, Príncipe de Portugal (1475) que, em sua homenagem, designou como "Príncipe" a ilha mais pequena do arquipélago de São Tomé e Príncipe.

Em 1573 a donataria reverteu à posse da Coroa Portuguesa.

No contexto da Dinastia Filipina foi invadida e ocupada por corsários Neerlandeses de agosto a outubro de 1598, e novamente em 1600. Nesse ano, visando incentivar o seu povoamento e defesa, a Ilha do Príncipe recebe Carta de Foral.

Nesse período, chegam ao arquipélago diversos governadores e capitães-mor:

Posteriormente, após a conquista da Fortaleza de São Jorge da Mina pelos neerlandeses (1637), no contexto da Restauração Portuguesa (1640), estes conquistam o arquipélago de São Tomé e Príncipe de 1641 a 1644, passando a controlar o seu comércio de escravos até serem expulsos pelos portugueses em 1648.

Com o estabelecimento de uma alfândega na Ilha do Príncipe, em 1695, dá-se início à construção da Fortaleza de Santo António da Ponta da Mina.

Em 1719 a cidade de Santo António e a fortaleza foram atacadas e incendiadas pelo pirata inglês Bartholomew Roberts, também conhecido como "John Roberts" e "Black Bart", em represália pela morte do seu capitão, Howell Davis.

Em 1753 a Ilha do Príncipe e a de São Tomé são unidas administrativamente, passando a constituir a colónia de São Tomé e Príncipe.

Em 1758 mil acadianos (Canadianos francófonos da Acádia) foram deportados. quando os britânicos a conquistaram.

No início do século XX o arquipélago tornou-se um expressivo produtor de café e de cacau. Após a independência do arquipélago (1975), em 29 de Abril de 1995 a ilha passou a constituir uma região autónoma, formada pelo distrito de Pagué.

Geografia[editar | editar código-fonte]

A ilha do Príncipe situa-se a nordeste da Ilha de São Tomé a cerca de 140 km de distância, no Golfo da Guiné.

De origem vulcânica, com uma vegetação densa e clima equatorial, a ilha é muito acidentada, atingindo 948 metros no Pico do Príncipe, localizado no sul da ilha e que faz parte do Parque Natural Ôbo.

No interior da ilha existe uma floresta tropical densa, onde a flora é bastante diversificada. A ilha é também um santuário da vida selvagem, pois podem ser observadas muitas espécies raras de animais (especialmente aves).

Lista de praias da Ilha do Príncipe[editar | editar código-fonte]

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Auto de Floripes é a maior festa da cultura da ilha do príncipe que é celebrado duas vezes por ano no mês da cultura «agosto» 15 de agosto é a data da primeira apresentação do ano, e a segunda é no domingo a seguir ao dia 15.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 27 de março de 2012. Arquivado do original (PDF) em 24 de maio de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]