Helmuth von Moltke – Wikipédia, a enciclopédia livre

Helmuth von Moltke
Helmuth von Moltke
Nome completo Helmuth Karl Bernhard Graf von Moltke
Apelido "Moltke, o Velho"
Nascimento 26 de outubro de 1800
Parchim, Meclemburgo-Schwerin, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 24 de abril de 1891 (90 anos)
Berlim, Prússia, Alemanha
Progenitores Mãe: Henriette Sophie Paschen
Pai: Friedrich von Moltke
Cônjuge Mary von Burt (1842–1868)
Alma mater Academia Militar Real Dinamarquesa
Academia de Guerra Prussiana
Serviço militar
País  Dinamarca
 Prússia
 Império Otomano
 Alemanha
Serviço Exército Real Dinamarquês
Exército Prussiano
Exército Imperial Alemão
Anos de serviço 1819–1888
Patente Segundo-tenente (Dinamarca)
General-marechal de campo (Alemanha)
Conflitos Guerra Egípcio-Otomana
Guerra dos Ducados do Elba
Guerra Austro-Prussiana
Guerra Franco-Prussiana
Condecorações Ordem da Águia Negra
Ordem da Águia Vermelha
Ordem da Coroa
Ordem da Casa de Hohenzollern
Por Mérito
Cruz de Ferro
e outras
 Nota: Se procura outras acepções para "Moltke", veja Moltke (desambiguação).

Helmuth Karl Bernhard Graf von Moltke (Parchim, 26 de outubro de 1800Berlim, 24 de abril de 1891), foi um general-marechal de campo prussiano, liderava uma numerosa divisão do Exército prussiano na Unificação Alemã e na Guerra Franco-Prussiana. Estudou na Academia Militar de Copenhague.

Inicialmente, alistou-se no Exército Dinamarquês, mas em 1822 alistou-se no Exército Prussiano, como tenente. Entrou para o Estado-Maior do exército Prussiano em 1835 e nesse mesmo ano foi enviado à Turquia para ajudar na modernização do exército daquele país. Retornou à Prússia em 1839, como chefe do Estado-Maior do IV Corpo. Comandou as operações na Guerra dos Ducados do Elba, contra a Dinamarca, na Guerra Austro-Prussiana contra a Áustria e na Guerra Franco-Prussiana, quando do surgimento do Segundo Reich.

Publicou vários livros de temática militar, onde explicava suas táticas de guerra.

A Teoria de Guerra de Moltke[editar | editar código-fonte]

Diferentemente da disciplina de Clausewitz, que teorizava a guerra na tentativa de uma compreensão geral de sua natureza e de Jomini, que desenvolveu um sistema de regras, Moltke estruturava sua particular estratégia de adaptar os fins e meios, e desenvolveu os métodos de Napoleão de acordo com as diferentes condições de seu tempo. Ele foi o primeiro a reconhecer o grande poder defensivo das armas modernas e inferiu que um ataque envolvente se tornou mais formidável do que a tentativa de transpor o front inimigo.

Moltke ponderou as táticas de Napoleão na Batalha de Bautzen, quando o imperador trouxe o corpo-de-exército de Michel Ney, de uma grande distância, vindo contra o flanco dos aliados, com o intento de uni-lo às suas tropas antes da batalha; e ainda elaborou um estudo da ação combinada dos aliados na Batalha de Waterloo.

Ao mesmo tempo Moltke desenvolvia estudos sobre as marchas e logística de um exército. Levantou questões como a dificuldade de se alimentar tropas estacionadas na mesma área. Segundo suas inferências a essência da estratégia reside nos arranjos de separação das tropas para marchar e sua concentração durante a batalha. A fim de obter uma grande maleabilidade, o exército deveria ser distribuído em tropas separadas, cada uma sob comando autorizado a regular os seus movimentos e ação, sujeitados as instruções de um comandante-em-chefe com relação à direção e propósito das operações.

A principal tese de Moltke é que a estratégia militar tem de ser concebida como um sistema de opções desde os primórdios da planejabilidade da operação militar. Como resultado, ele considerava que a principal tarefa das lideranças militares consistia na exaustiva preparação de todas as possíveis conseqüências. Sua tese pode ser resumida em duas afirmações, uma famosa e a outra nem tanto, traduzidas em português como: "Nenhum plano de batalha sobrevive ao contato com o inimigo" e "Guerra é uma questão de conveniência".

Entretanto, como pode ser visto das descrições de seus planos para a guerra contra a Áustria e contra a França, seu planejamento para a guerra era extremamente detalhado e levava em consideração centenas de variáveis. É um erro pensar que Moltke pensava que planos de guerra eram de nenhum uso (o que uma simples leitura de "Nenhum plano de batalha sobrevive ao contato com o inimigo" pareceria indicar).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Letters of Field-Marshal Count Helmuth von Moltke to his mother and his brothers: Translated by Clara Bell and Henry W. Fischer (1891)
  • Letters of Field-Marshal Count Helmuth von Moltke to his mother and his brothers (1892)
  • Essays, speeches, and memoirs of Field Marshal Count Helmuth von Moltke (1893)
  • Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

  • Bucholz, Arden. Moltke and the German Wars, 1864-1871, Palgrave Macmillan, 2001. ISBN 0-333-68757-4
  • Friedrich, Otto. Blood and Iron: From Bismarck to Hitler the Von Moltke Family's Impact on German History, 1st ed. New York: HarperCollins, 1995. ISBN 0-06-092767-4
  • Macksey, Kenneth. From Triumph to Disaster: The Fatal Flaws of German Generalship from Moltke to Guderian. Mechanicsburg, Pennsylvania: Stackpole Books, 1996. ISBN 1-85367-244-0
  • Wilkinson, Spenser (ed.). Moltke's Military Correspondence, 1870-71, Ashgate Publishing, 1991. ISBN 0-7512-0040-9
  • Martin van Creveld. "The Art of War: War and Military Thought", Cassell&Co, London, 2000. ISBN 0-304-35264-0 (p. 109)

Notas

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