Harpia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Nota: Se procura pela águia sul-americana, consulte Harpia harpyja; para outros significados, veja Harpia (desambiguação).
Ilustração de uma harpia.

As harpias (em grego, αρπυια) são criaturas da mitologia grega, frequentemente representadas como aves de rapina com rosto de mulher e seios[1]. Na história de Jasão, as harpias foram enviadas para punir o cego rei trácio Fineu, roubando-lhe a comida em todas as refeições[2]. Os argonautas Zetes e Calais, filhos de Bóreas e Orítia, libertaram Fineu das hárpias, que, em agradecimento, mostrou a Jasão e os argonautas o caminho para passar pelas Simplégades[2]. Eneias e seus companheiros, depois da queda de Troia, na viagem em direção à Itália, pararam na ilha das harpias; mataram animais dos rebanhos delas, atacaram-nas quando elas roubaram as carnes, e ouviram de uma das harpias terríveis profecias a respeito do resto da sua viagem.[3]

Segundo Hesíodo, as harpias eram irmãs de Íris, filhas de Taumante e a oceânide Electra, e seus nomes eram Aelo (a borrasca), Celeno (a obscura) e Ocípete (a rápida no voo)[4]. Higino lista os filhos de Taumante e Electra como Íris e as harpias, Celeno, Ocípete e Aelo[5], mas, logo depois, dá as harpias como filhas de Taumante e Oxomene[1].

As harpias são referidas na Eneida de Virgílio como residindo nas Estrófades, um pequeno arquipélago do mar Jónico,[6] à entrada do Orcus,[7] ou numa gruta em Creta, por Apolónio.[8]

Aelo[editar | editar código-fonte]

Aelo (Ἀελλώ) é uma harpia cujo nome em grego significa "a borrasca".

Ocípete[editar | editar código-fonte]

Ocípete (Οκύπητη) é uma harpia cujo nome em grego significa "a rápida no voo".

Celeno[editar | editar código-fonte]

Celeno (Κελαινώ) é uma harpia cujo nome em grego significa "a obscura". Também é chamada de Podarge (Ροδάργη). Em outras versões em vez de harpia, Celeno uma das sete plêiades, filha de Atlas e Pleione.

Mitologia japonesa[editar | editar código-fonte]

Na mitologia japonesa, as harpias são seres que forçam as almas a entrar no barco do rio Estige.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Higino, Fabulae, XIV, Argonautas reunidos
  2. a b Higino, Fabulae, XIX, Fineu
  3. [ Bulfinch, Thomas , O Livro de Ouro da Mitologia: Histórias de Deuses e Heróis, Ediouro
  4. Hesíodo, Teogonia, 265-269
  5. Higino, Fabulae, Prefácio
  6. Virgílio. Eneida, Livro 3.210
  7. Virgílio. Eneida, Livro 6.289
  8. Apolónio. Argonautica, Livro 2.298
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