Haakon V da Noruega – Wikipédia, a enciclopédia livre

Haakon V
Haakon V da Noruega
Rei da Noruega
Reinado 15 de julho de 1299
a 8 de maio de 1319
Antecessor(a) Érico II
Sucessor(a) Magno VII
 
Nascimento 10 de abril de 1270
Morte 8 de maio de 1319 (49 anos)
Sepultado em Igreja de Santa Maria, Oslo, Noruega
Esposas Isabel de Joigny
Eufêmia de Rügen
Descendência Ingeborg, Duquesa de Halland
Inês da Noruega
Casa Sverre
Pai Magno VI da Noruega
Mãe Ingeborg da Dinamarca

Haakon V (10 de abril de 12708 de maio de 1319), também chamado de Haakon Magnusson, foi o Rei da Noruega de 1299 até sua morte.[1] Era o segundo filho do rei Érico II e sua esposa Ingeborg da Dinamarca.

Foi nomeado duque pelo pai em 1273. Ante a falta de filhos varões de seu irmão mais velho, o rei Érico II, Haakon se converteu no herdeiro do trono, e finalmente em rei, em 1 de novembro de 1299.[1]

Levou uma ativa política externa. Em 1299 se casou com Eufemia de Arnstein, uma nobre alemã. Através da rainha a corte a Noruega teve contato com a vida cultural do continente.

No início de seu reinado, deu prosseguimento à guerra contra a Dinamarca, empreendida por seu irmão, mas em 1309 concluiu um tratado de paz com esse país. Nesse tempo manteve boas relações com Magno I da Suécia, e comprometeu a sua filha Ingeborg Håkonsdotter com o filho daquele, o príncipe Érico Magnusson.

Envolveu-se na guerra civil sueca, na qual os filhos de Magno I, Brigério, Érico de Sudermânia e Valdemar Magnusson da Finlândia disputavam o poder. Haakon inicialmente apoiou a seu futuro genro Érico em 1304. Com o tempo, as relações com o Érico derivaram em inimizade e por conseguinte em uma guerra, que só terminou quando o príncipe sueco se casou com o Ingeborga em 1312.

Haakon tentou melhorar os sistemas de defesa do reino, e construiu as fortalezas do Akershus, Vardøhus e Bohus. Em seu tempo se deu a mudança da capital da Noruega do Bergen para a cidade de Oslo, lugar onde residiu o monarca a maior parte do tempo.

Era um cristão devoto que realizou várias ações a favor da religião. Ordenou a construção de albergues destinados a alojar peregrinos que se dirigiam a Nidaros, estimulou as missões, e outorgou generosas doações. Diz-se que era justo e considerado com seus súditos, e que levava uma vida singela. A sua morte, acontecida em 1319, correram-se rumores a respeito de supostos milagres, o que provocou que fosse venerado como santo em Oslo. Foi sepultado na Igreja de Santa Maria de Oslo (construída sob suas ordens, hoje destruída), e nesse templo existiu um altar dedicado a sua memória e veneração. Seu culto se estendeu a outras regiões do país e inclusive a Dinamarca. Embora nunca tenha existido uma canonização, o Papa Leão X reconheceu seu culto em 1520, mas este terminaria abruptamente com a reforma protestante em 1537.

Sua morte representou o fim do ramo masculino da Dinastia Cabelo Belo, que reinava na Noruega desde 872. Foi sucedido pelo neto Magno II, que uniu sob si as coroas da Suécia e da Noruega.

No curso de umas escavações nas ruínas da Igreja da Santa Maria se encontraram os restos de um casal de pessoas, que conforme se presumiu, eram os reis Haakon e Eufêmia. Os restos foram transladados e então sepultados no Castelo do Akershus.

Referências

  1. a b Braun, Eric (2003). Norway in Pictures (em inglês). Mineápolis: Twenty-First Century Books. p. 26. ISBN 9780822503699 

Precedido por
Érico II
Rei da Noruega
12991319
Sucedido por
Magno VII


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