HMS Hermes (95) – Wikipédia, a enciclopédia livre

HMS Hermes
 Reino Unido
Operador Marinha Real Britânica
Fabricante Armstrong Whitworth
Homônimo Hermes
Batimento de quilha 15 de janeiro de 1918
Lançamento 11 de setembro de 1919
Comissionamento 18 de fevereiro de 1924
Identificação 95
Destino Afundado por ataques aéreos
em 9 de abril de 1942
Características gerais
Tipo de navio Porta-aviões
Deslocamento 13 900 t (carregado)
Maquinário 2 turbinas a vapor
6 caldeiras
Comprimento 182,9 m
Boca 21,4 m
Calado 7,1 m
Propulsão 2 hélices
- 40 000 cv (29 400 kW)
Velocidade 25 nós (46 km/h)
Autonomia 5 600 milhas náuticas a 10 nós
(10 400 km a 19 km/h)
Armamento 6 canhões de 140 mm
3 canhões de 102 mm
Blindagem Cinturão: 76 mm
Convés: 25 mm
Aeronaves 20
Tripulação 566

O HMS Hermes foi um porta-aviões operado pela Marinha Real Britânica e a primeira embarcação do mundo projetada como tal.[1] Sua construção começou em janeiro de 1918 na Armstrong Whitworth em Newcastle e foi lançado ao mar em setembro do ano seguinte,[2][3] porém seu comissionamento foi adiado pelo fechamento do estaleiro e pelo resultado de testes em outros porta-aviões, com ele só entrando em serviço em meados de fevereiro de 1924.[3] Ele era capaz de transportar vinte aeronaves,[4] era armado com bateria antiaérea formada por canhões de 140 e 102 milímetros,[5] tinha um deslocamento de quase catorze mil toneladas e conseguia alcançar uma velocidade máxima de 25 nós.[3][4]

O Hermes serviu com a Frota do Atlântico por alguns meses depois de entrar em serviço,[6] porém passou a maior parte de sua carreira em tempos de paz junto com a Frota do Mediterrâneo ou na Estação da China. No Mar Mediterrâneo, a embarcação trabalhou junto com outros porta-aviões britânicos no desenvolvimento de táticas aeronavais,[7] enquanto no Sudoeste Asiático ele se ocupou principalmente de exercícios e patrulhas de rotina, além de visitas diplomáticas a outros portos da região,[8] porém também chegou a precisar lidar com piratas chineses em 1934.[9] O Hermes voltou para o Reino Unido em 1937 e foi colocado na reserva, tornando-se no ano seguinte um navio de treinamento.[10]

Com o início da Segunda Guerra Mundial, o Hermes patrulhou o Oceano Atlântico e então foi cooperar com a Marinha Nacional Francesa em Dacar, permanecendo no local até a queda da França em junho de 1940. Ele bloqueou o porto e tentou afundar o couraçado Richelieu, porém sem sucesso.[11] O navio foi apoiar forças britânicas na África Oriental em fevereiro de 1941 e depois do Golfo Pérsico em abril, passando o ano seguinte quase inteiro patrulhando o Oceano Índico.[12] O Hermes partiu de Trincomalee em abril de 1942, porém foi avistado por forças japonesas no dia seguinte e atacado por vários bombardeiros de mergulho. Ele estava sem aeronaves e foi rapidamente afundado.[13]

Referências

  1. Milanovich 2008, p. 13
  2. Friedman 1988, p. 73
  3. a b c McCart 2001, p. 11
  4. a b Friedman 1988, p. 366
  5. Gardiner & Gray 1985, p. 71
  6. McCart 2001, pp. 13–16
  7. McCart 2001, pp. 16–17
  8. McCart 2001, pp. 22–32
  9. McCart 2001, pp. 34–35
  10. McCart 2001, pp. 37–39
  11. McCart 2001, pp. 39–41
  12. McCart 2001, pp. 46–49
  13. McCart 2001, pp. 49–50

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Friedman, Norman (1988). British Carrier Aviation: The Evolution of the Ships and Their Aircraft. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-054-8 
  • Gardiner, Robert; Gray, Randal (1985). Conway's All the World's Fighting Ships: 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-85177-245-5 
  • McCart, Neil (2001). HMS Hermes 1923 & 1959. Cheltenham: Fan Publications. ISBN 1-901225-05-4 
  • Milanovich, Kathrin (2008). «Hôshô: The First Aircraft Carrier of the Imperial Japanese Navy». In: Jordan, John. Warship 2008. Londres: Conway. ISBN 978-1-84486-062-3 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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