Gueto de Xangai – Wikipédia, a enciclopédia livre

Imagem de rua Seward no gueto em 1943

O Gueto de Xangai (em chinês: 上海隔都; Shànghǎi Gedou), formalmente conhecido como o Setor Restrito para os Refugiados Apátridas (Restricted Sector for Stateless Refugees), era uma área de aproximadamente um quilômetro quadrado no distrito de Hongkou na Xangai ocupada pelos japoneses, para a qual cerca de 23.000 refugiados judeus[1] foram transferidos pelos japoneses de acordo com a Proclamation Concerning Restriction of Residence and Business of Stateless Refugees, depois de terem fugido da Europa ocupada pelos nazistas antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

Os refugiados se instalaram na região mais pobre e mais movimentadas da cidade. Famílias judaicas locais e instituições de caridade judaicas americanas os ajudaram dando-lhes abrigo, comida e roupas.[1] As autoridades japonesas cada vez mais intensificar as restrições, mas o gueto não era murado, e os moradores locais chineses, cujas condições de vida eram muitas vezes também ruins, preferiam não viver no local.[2][3]

Com a Segunda Guerra Mundial os nazistas aumentaram a pressão sobre o Japão para entregar os judeus de Xangai. Apesar da aliança militar, os japoneses não aderiram à demanda alemã e os judeus de Xangai nunca foram entregues.[4]

O gueto foi oficialmente liberado em 3 de setembro de 1945. Com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948 e a queda de Chiang Kai-shek, em 1949, quase todos os judeus do guetos deixaram Xangai. Em 1957, apenas 100 permaneceram, e hoje só alguns continuam ainda vivendo lá.[3]

Referências

  1. a b Shanghai Jewish History Arquivado em 29 de maio de 2010, no Wayback Machine. (Shanghai Jewish Center)
  2. Shanghai Ghetto Shows a Hidden Piece of WWII History Arquivado em 4 de junho de 2011, no Wayback Machine. By Kimberly Chun (AsianWeek)
  3. a b The Jews of Shanghai: The War Years Arquivado em 8 de março de 2005, no Wayback Machine., Murray Frost.
  4. The Rabbi of 84th Street: The Extraordinary Life of Haskel Besser por Warren Kozak (HarperCollins, 2004) ISBN 0-06-051101-X p.177

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