Grupo de Acesso – Wikipédia, a enciclopédia livre

No Carnaval, costuma-se chamar de Grupo de Acesso as divisões inferiores do concurso de escolas de samba de determinada cidade.

História[editar | editar código-fonte]

O Grupo de Acesso foi criado pela primeira vez no Rio de Janeiro, quando a União das Escolas de Samba do Brasil, a FBES e a UCES resolveram organizar uma única competição, ao contrário dos últimos três anos, onde estas três entidades haviam organizado mais de um desfile paralelo.

No Rio de Janeiro[editar | editar código-fonte]

Antes disso, desde os tempos em que só havia uma associação de escolas de samba, por mais escolas que houvesse, todas desfilavam na mesma divisão. Porém, em 1952, com a unificação, chegou-se à conclusão de que havia muitas escolas para desfilar no mesmo dia, e dividir a verba destinada pela prefeitura. Diante disso, decidiu-se colocar no Grupo 1 (atual Grupo Especial) as 24 melhores, enquanto as demais passariam a desfilar no Grupo 2 (atual Grupo de Acesso), com a promessa de possibilidade de ascensão e descenso, promessa esta que só foi concretizada em 1954, dois anos depois.

Em 1960, foi criado o Grupo 3 (atual Grupo de Acesso B), e em 1979, a primeira mudança de nomes, com a criação do atual Grupo D. As divisões passam a se chamar Grupo 1-A, 1-B, 2-A e 2-B.

Em 1984, com a criação da LIESA, as escolas de samba do Grupo 1-A passam não mais ser filiadas à AESCRJ, voltando a se filiar em caso de rebaixamento, para disputar o Grupo 1-B. No ano de 1987, nova mudança: as divisões passam a se chamar Grupos 1, 2, 3 e 4. Em 1990, o Grupo 1 passa a se chamar Grupo Especial, o Grupo 2 torna-se Grupo 1 e assim por diante. Também é criada uma 5ª divisão, o atual Grupo E, que na época foi chamado de Grupo de Acesso propriamente dito.

Em 1995, após problemas internos na AESCRJ, foi criada a LIESGA que organizou os desfiles somente deste ano, modificando os Grupos 1, 2, 3 e 4 para Grupos de acesso A, B, C, D, E.

Em 2008, com a criação da LESGA, as escolas de samba do Grupo de acesso A passam não mais ser filiadas à AESCRJ, voltando a se filiar em caso de rebaixamento, para disputar o Grupo Rio de Janeiro 1, o extinto Grupo de acesso B, no mesmo ano foi criado o Grupo Rio de Janeiro, onde as divisões passam a se chamar Grupos Rio de Janeiro 1, 2, 3 e 4.

Em 2010 com a filiação das escolas do Grupo Rio de Janeiro 1 à LESGA, o Grupo RJ-1 voltou a se chamar Grupo B. À AESCRJ restaram os demais grupos, que também voltaram as denominações antigas: Grupos C, D e E.[1] Para 2013, os grupos A e B foram unificados na Série A[2][3], o que fez com que os grupos abaixo fossem renomeados e passassem a significar uma divisão acima na hierarquia dos grupos. Desta forma, as escolas que estavam no grupo C, quarta divisão, passaram ao Grupo B, terceira, ainda que continuassem a desfilar no mesmo dia e local, o domingo de Carnaval na Intendente Magalhães; o mesmo ocorreu com as escola do Grupo D, promovidas ao C, e as escolas do E, promovidas ao D. Em 2020 a LIESB controla a Terceira, Quarta e Quinta Divisão, que passam a serem Grupo Especial da Intendente Magalhães, Grupo de Acesso da Intendente Magalhães e Grupo de Avaliação.

Em São Paulo[editar | editar código-fonte]

Em São Paulo, há dois grupos chamados Grupo de Acesso: a segunda divisão, aquela que está logo abaixo do Grupo Especial, sendo ambos (Grupo Especial, Grupo de Acesso 1 e Grupo de Acesso 2) administrados pela LigaSP; e a última divisão das escolas de samba, administrada pela UESP, sendo que grupos intermediários entre o acesso da LIGA e o acesso da UESP não recebem este nome.

Referências

  1. Carnavalesco. «Grupos voltarão a se chamar C, D e E». Consultado em 7 de maio de 2010 
  2. SRZD-Carnaval. «'A Série Ouro será uma melhoria para as escolas do Acesso', diz Reginaldo». Consultado em 18 de novembro de 2011 
  3. SRZD-Carnaval (16 de julho de 2012). «Carnaval 2013: veja a ordem dos desfiles do 'novo grupo de Acesso'». Consultado em 17 de julho de 2012 

Ver também[editar | editar código-fonte]