Grupo Schahin – Wikipédia, a enciclopédia livre

Grupo Schahin é um grupo de empresas que compreende Schahin Engenharia, Schahin Holding, Schahin Empreendimentos Imobiliarios, Schahin Desenvolvimento Imobiliário, Companhia Schahin de Ativos, Deep Black Drilling e MTS Participações e Schahin Óleo e Gás. É um das empresas citadas e investigadas na Operação Lava Jato.

História[editar | editar código-fonte]

A Schahin Cury Engenharia e Comércio (SCEC) foi fundada em 1965 por três recém-formados engenheiros civis da Universidade Mackenzie, Salim Taufic Schahin, seu irmão Milton Taufic Schahin e Claudio Alberto Cury, O Banco Schahin sucedâneo do Banco Schahin Cury, o qual por sua vez foi criado com o aproveitamento do patrimônio da Schahin Cury Corretora de Cámbio e Valores Mobiliários S/A - SCCCVM. A SCCCVM foi fundada em 1980, pelo Grupo Schahin Cury, o qual originalmente era uma construtora habitacional, denominada Schahin Cury Engenharia e Comércio LTDA.[1]

Salim Taufic Schahin, usa tornozeleira eletrônica e não pode sair de sua residência no período noturno, das 20h às 6h.[2]

Operação Lava Jato[editar | editar código-fonte]

  • 20 de abril de 2014 - Milton Schahin, diz em depoimento ao juiz Sergio Moro, na 13ª Vara Federal, em Curitiba, que pagou US$ 2,5 milhões em propina a diretores da Petrobras pelo contrato de operação e compra do navio-sonda Vitória 10.000. O executivo afirmou ainda que o empréstimo de R$ 12 milhões tomado pelo pecuarista José Carlos Bumlai ao Banco Schain foi quitado como parte das negociações do grupo com a estatal.[3]
  • 27 de maio de 2015 - os executivos do Grupo Schahin são convocados a prestar depoimento à CPI da Petrobras, Milton Taufic Schahin, Salim Taufic Schahin, Rubens Taufic Schahin, Carlos Eduardo Schahin e Pedro Henrique Scharin permaneceram em silêncio diante dos questionamentos dos deputados.[4]

Falência[editar | editar código-fonte]

Em 2 de março de 2018, as empresas do Grupo Schahin tiveram sua falência decretada pelo juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, diante do não cumprimento do plano de recuperação da empresa, homologado em março de 2016. As dívidas das recuperandas somam R$ 6,5 bilhões.[5]

As empresas agora falidas são: Schahin Engenharia; Schahin Holding, Schahin Empreendimentos Imobiliarios; Schahin Desenvolvimento Imobiliário; Companhia Schahin de Ativos, Deep Black Drilling e MTS Participações.[5]

Os bancos HSBC, Banco Tricury, BicBanco, ABC Brasil, Bradesco, Santander, Votorantim, Bonsucesso, Fibra, Pine e Rural estavam entre credores originalmente citados no processo de recuperação judicial.[5]

Referências

  1. Coradi ,Carlos; Mondo,Douglas (3 de março de 2017). Dinheiro podre: A história das fraudes nas instituições financeiras do Brasil. [S.l.]: Matrix Editora. pp. 187–189. ISBN 978-85-8230-291-0 
  2. Raquel Landim e Rogério Gentile (9 de março de 2019). «Falido, Schahin mora em apartamento de R$ 8 milhões». EXAME. Consultado em 24 de julho de 2019 
  3. Ivan Richard e Marcelo Brandão - Repórteres da Agência Brasil (20 de abril de 2014). «Schahin confirma a Moro propina de R$ 2,5 milhões a diretores da Petrobras». EBC. Consultado em 24 de julho de 2019 
  4. Laís Alegretti (27 de maio de 2015). «Cinco executivos da Schahin ficam calados em CPI da Petrobras». G1. Consultado em 24 de julho de 2019 
  5. a b c Estadão Conteúdo (2 de março de 2018). «Justiça decreta falência de empresas do Grupo Schahin». EXAME. Consultado em 24 de julho de 2019