Gregório Barbarigo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gregório Barbarigo
Santo da Igreja Católica
Bispo da Pádua
Info/Prelado da Igreja Católica
São Gregório Barbarigo na fachada da igreja de San Rocco, em Veneza.
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Pádua
Nomeação 24 de março de 1664
Predecessor Giorgio Corner
Sucessor Giorgio Cardeal Cornaro
Mandato 1664 - 1697
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 21 de dezembro de 1655
por Giovanni Francesco Morosini
Nomeação episcopal 9 de julho de 1657
Ordenação episcopal 29 de julho de 1657
por Marcantonio Cardeal Bragadin
Cardinalato
Criação 5 de abril de 1660
por Papa Alexandre VII
Ordem Cardeal-presbítero
Título São Tomé em Parione (1660-1677)
São Marcos (1677-1697)
Brasão
Santificação
Beatificação 6 de junho de 1771
Roma
por Papa Clemente XIV
Canonização 26 de maio de 1960
Roma
por Papa João XXIII
Veneração por Igreja Católica
Festa litúrgica 18 de Junho
Dados pessoais
Nascimento Veneza
16 de setembro de 1625
Morte Pádua
18 de junho de 1697 (71 anos)
Nome nascimento Gregório Giovanni Gasparo Barbarigo
Nacionalidade italiano
Progenitores Mãe: Chiara Lion
Pai: Giovanni Francesco Barbarigo
Funções exercidas -Bispo de Bergamo (1657-1664)
Sepultado Catedral de Pádua
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Gregório Barbarigo (nome completo em italiano: Gregorio Giovanni Gasparo Barbarigo; Veneza, 16 de setembro de 1625 - Pádua, 18 de junho de 1697) foi um cardeal católico, diplomata e académico italiano venerado actualmente como santo pela Igreja Católica.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Gregório Barbarigo nasceu em Veneza, no dia 16 de setembro de 1625. Oriundo de uma família aristocrata, rica, famosa e piedosa de Veneza, ele pôde por isso receber uma sólida e integral formação religiosa e intelectual. Fazia parte da Congregação Mariana. Aos dezoito anos, ele já era secretário do embaixador de Veneza. Em 1648, viajou com o embaixador veneziano Alvise Contarini ao Congresso de Münster, na Alemanha, para as negociações do Tratado de Vestefália, que pôs fim à sangrenta Guerra dos Trinta Anos. Durante o congresso, ele conheceu o núncio apostólico Fabio Chigi, que o orientou para o sacerdócio. Completou os seus estudos na Universidade de Pádua.[1][2]

Foi ordenado sacerdote em 1655. Nesse mesmo ano, foi nomeado cónego de Pádua e prelado da Casa pontifícia pelo Papa Alexandre VII (ou Fabio Chigi). Sendo conselheiro e próximo do Papa, ele tornou-se também referendário do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica. Entre 1657 e 1664 foi bispo de Bérgamo e entre 1664 e 1697 foi bispo de Pádua. Em 1660, foi nomeado cardeal-presbítero de São Tomé em Parione e em 1677 optou pelo título cardinalício presbiterial de São Marcos.[1][2][3]

Como cardeal, participou nos conclaves de 1667, de 1676, de 1689 e de 1691.[2] Após o conclave de 1676, o novo Papa eleito, Inocêncio XI, manteve-o em Roma durante três anos como conselheiro e confiou-lhe a supervisão do ensino da religião católica na cidade.[3]

As suas actividades apostólicas e pastorais como bispo influenciaram muita a sua época. Cumprindo o espírito reformador do Concílio de Trento, ele desenvolveu e engrandeceu os seminários de Pádua e de Bérgamo, dotando-os com bons professores vindos de vários países da Europa. Incentivou o estudo das línguas orientais no seminário de Pádua e promoveu a unidade entre as Igrejas Católica e Ortodoxa. Ele fundou também vários seminários, que colocou sob as regras de São Carlos Borromeu.[1][2]

Fundou em Pádua uma biblioteca e uma imprensa poliglota, que foi considerada na altura uma das melhores da Itália. Para educar e orientar melhor os pais e educadores, criou também escolas populares e instituições onde se ensinava religião. Fundou também várias instituições de caridade. Num período de peste, mais de treze mil pessoas tiveram assistência e cuidados de saúde por causa do seu esforço caritativo e humanitário. Constituiu a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e António. Sendo um hábil diplomata, ele evitou e pacificou várias disputas políticas que podiam tornar-se sangrentas.[1]

Gregório Barbarigo morreu em Pádua, no dia 18 de junho de 1697. Foi beatificado pelo Papa Clemente XIV no dia 6 de junho de 1771 e foi canonizado pelo Papa João XXIII no dia 26 de maio de 1960. A sua vida e obra foi profundamente estudada por João XXIII, que nasceu e trabalhou como sacerdote na diocese de Bergamo.[1][2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e São Gregório João Barbarigo, no site Quiosque Azul
  2. a b c d e Saint Gregory Barbarigo, no site saints.sqpn.com (em inglês)
  3. a b The Cardinals of the Holy Roman Church. BARBARIGO, Gregorio (1625-1697) (em inglês)
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