Globo Rural – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Globo Rural
Globo Rural
Informação geral
Formato programa jornalístico
Gênero Agronegócio
Duração 75 minutos
Estado em exibição
Criador(es) Humberto Pereira
Elenco
  • César Dassie
  • Edson Ferraz
  • Hellen Santos
  • Mariana Fontes
  • Neide Duarte
  • Bruna Marin
País de origem  Brasil
Idioma original português brasileiro
Episódios 2000 (até 13/01/2019)
Produção
Diretor(es)
  • Ali Kamel (responsável)
  • Ricardo Vilela (jornalismo)
  • Lucas Battaglin (editor-chefe)
  • Odair Redondo (chefe de redação)
Produtor(es)
  • Maurino Marques
  • Pedro Málaga
  • Thomaz Kravezuk
  • Samuel Reis
Editor(es)
Apresentador(es) Nélson Araújo (desde 1990)
Helen Martins (desde 1995)
Cristina Vieira (desde 2020)
Camila Marconato (desde 2022)
Tema de abertura "Luzeiro", Almir Sater (1986-1995; 2018-presente)
"First Movement", ELO (1980-1986)
Instrumental (1995-2018)
Empresa(s) produtora(s) Central Globo de Jornalismo
Localização São Paulo, SP
Exibição
Emissora original TV Globo
Formato de exibição 1080i (HDTV)
480i (SDTV) (1980-2013)
Transmissão original 6 de janeiro de 1980 — presente
Cronologia
Programas relacionados Globo Rural (revista)

Globo Natureza

Globo Rural é um telejornal rural matutino brasileiro, produzido pela TV Globo e exibido nas manhãs de domingo. Retrata o universo do campo, apresentando notícias que interessam ao agricultor, como notícias do agronegócio, eventos sobre agropecuária, receitas e dicas de tratamento de espécies animais e vegetais. Estreou em 6 de janeiro de 1980 sob o comando de Carlos Nascimento. Atualmente é apresentado por um esquema de rodízio de duplas entre: Nélson Araújo, Helen Martins, Camila Marconato e Cristina Vieira.

O programa teve uma edição diária, que estreou no dia 9 de outubro de 2000, às 06h30, com apresentação de Rosana Jatobá.[1] Em abril de 2003, a jornalista Priscila Brandão assumiu a apresentação diária, durante um período de licença da mesma, Kelly Varraschim assumiu a função em julho de 2007. Já de 2009 a 2014 o Globo Rural diário foi apresentado por Ana Paula Campos e, durante a licença-maternidade e as férias desta, por Cristina Vieira.

História[editar | editar código-fonte]

A primeira década[editar | editar código-fonte]

A concepção do programa começou em 1979, quando o jornal era chamado pelo apelido jocoso de "Mandioca News" nos bastidores da Globo[2]. A estreia foi em 6 de janeiro de 1980 com a apresentação de Carlos Nascimento e Silvia Poppovic na seção de cartas em que os expectadores enviavam dúvidas sobre plantio e pecuária, trazendo profissionais da área para saná-las. Foi o primeiro telejornal sobre agronegócio e vida no campo no Brasil.

Durante sua fase inicial, nem sequer dispunha de estúdio próprio: as edições eram gravadas na madrugada de sexta-feira para sábado, quando vagava o espaço disponível na emissora de São Paulo.

Todo branco, sem o logotipo do programa, o primeiro cenário do Globo Rural era simples, composto de poucos elementos cenográficos: apenas uma pequena bancada e uma mesa, ambas feitas de plástico transparente imitando vidro. Pequenos detalhes da decoração – como dois cinzeiros em cima da mesa e paletós pendurados no encosto das cadeiras – evocavam o ambiente de uma redação de jornal.

Em 3 de agosto de 1980, a duração do programa foi estendida de 30 para 60 minutos. Atualmente tem duração de 45 minutos, desconsiderando os comerciais[3][4]. A primeira matéria internacional foi sobre um cultivo de maçãs na Argentina[5].

Em 1982, o Globo Rural passou a ser apresentado por Wellington de Oliveira, Sérgio Roberto Ribeiro e Olga Vasone na seção de cartas[6].

No início de 1982, o programa também ganhou novo cenário, com uma bancada única feita de madeira e com plantas como parte da decoração. Em novembro de 1983, a edição número 200 do Globo Rural inaugurou um novo cenário criado pelo cenógrafo Jean Philippe Therene. Fotografias relacionadas com a vida agrícola, com plantações e trabalhadores rurais, decoravam as paredes do fundo. A bancada dos apresentadores e outras peças da cenografia foram construídas com madeiras de cedro, ipê e pinheiro.

Com o sucesso do programa, foi criada em 1985 a revista Globo Rural.

Em 1988, William Bonner esteve na bancada do Globo Rural por alguns meses. Ele apresentava o 'SPTV' e gravava o Globo Rural às sextas-feiras à noite. Saiu em junho do mesmo ano para trabalhar no Jornal Hoje.

A segunda década[editar | editar código-fonte]

Em 1990, a equipe e a redação do Globo Rural ganhou o reforço do jornalista Nélson Araújo que acumulou as funções de produtor, repórter, editor e apresentador. Em 1995, a repórter Helen Martins se juntou ao time, inicialmente na apresentação e editoria da seção de cartas e o repórter Vico Iasi, que trabalhava no CBN Campo – um programa de rádio sobre agronegócios fruto de uma parceria do Globo Rural e a rádio CBN Campinas – passou a fazer reportagens para o telejornal.

No ano seguinte a atração passou por reformulações e Helen e Nelson passaram a apresentar o programa por completo, inclusive a seção de cartas. Em 6 de junho de 1999, o programa chegou a sua milésima edição.

A terceira década[editar | editar código-fonte]

A partir de 2000, o Globo Rural estreou cenário novo, aludindo aos quatro elementos da natureza: ar, terra, água e fogo. A parede do fundo foi decorada com painéis com fotos de plantações, fogueiras e rios. A antiga bancada de madeira deu lugar à outra, feita com aço e vidro. À esquerda dos apresentadores, um monitor de vídeo prateado é usado no quadro de meteorologia. O cenário é assinado pelo diretor da editoria de Arte da Central Globo de Jornalismo Alexandre Arrabal, o ilustrador-chefe Andrei Jiro e o arquiteto ilustrador Fábio Figueiredo.

A quarta década[editar | editar código-fonte]

Em 25 de abril de 2010, a atração ganhou novos cenários que visavam atrair, cada vez mais, o telespectador ao programa. Cada cor do novo cenário simboliza os quatro elementos da natureza: o marrom e o verde simbolizam a terra; o azul do céu simboliza o ar; o amarelo e o avermelhado do horizonte simbolizam o fogo; e a água é representada pelo azul presente na bancada do telejornal.

Em 2 de dezembro de 2013, o Globo Rural passou a ser exibido em alta definição, bem como todos os telejornais e programas jornalísticos da emissora.

Em 27 de abril de 2014, o Globo Rural ganhou um novo cenário com muitas novidades como um telão touch screen de 65 polegadas para a exibição de informações sobre eventos agropecuários, cotações de produtos agrícolas, fotos e vídeos enviados pelo público e previsão do tempo e que integra o novo espaço dos apresentadores Nelson Araújo e Helen Martins (edição de domingo) e de Ana Paula Campos (edição de segunda a sexta), trazendo uma releitura dos 34 anos de história do programa.

Em 8 de outubro de 2014 foi anunciado o fim da edição diária do jornalístico, com base na reformulação da grade matinal da Rede Globo, visando a criação do telejornal Hora Um da Notícia e a expansão da duração dos telejornais matutinos locais e do Bom Dia Brasil.[7][8][9] A última edição diária do programa foi ao ar no dia 28 de novembro de 2014.

Em 02 de dezembro de 2018, o programa ganha nova vinheta, trilha, pacotes gráficos e cenário.

Atualmente há flashes do programa nos intervalos comerciais da Globo nas parabólicas, para preencher o espaço destinado às afiliadas da emissora fazerem comerciais. No geral, os boletins são apresentados por Cristina Vieira e por Vico Iasi. [carece de fontes?]

Globo Rural diário[editar | editar código-fonte]

Período: 9 de outubro de 2000 - 28 de novembro de 2014 (edição diária)

A partir do dia 9 de outubro de 2000, após as aulas do Telecurso 2000, o Globo Rural ganhou uma edição diária apresentada pela jornalista Rosana Jatobá, com a previsão do tempo de Lúcio Sturm. Com 15 minutos de duração, o programa foi ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h30 da manhã (até 4 de Janeiro de 2002 a partir do dia 7 de janeiro de 2002 a partir das 6h15 da manhã), informando em tempo real sobre as cotações diárias do mercado, o andamento das safras e a agenda de feiras agropecuárias, seminários, congressos, exposições de gado e a cobertura meteorológica.

Além da equipe de São Paulo, o programa passou a contar com outros profissionais comandados por Ana Paula Couto, em Brasília, além das centrais de jornalismo das 127 emissoras ligadas à Globo, entre geradoras e afiliadas. Outra novidade da edição diária foi a participação, ao vivo, da equipe de reportagem até então inédito no programa.

Entre 2003 e 2009, a jornalista Priscila Brandão apresentou a edição diária do Globo Rural e durante um período de licença da mesma, Kelly Varraschim assumiu a função em julho de 2007. Em março de 2009, a jornalista deixou a bancada para atuar como repórter especial do telejornal, sendo substituída por Ana Paula Campos e, durante a licença-maternidade e as férias desta, por Cristina Vieira. No final de 2012, Cristina Vieira passou a apresentar o Globo Rural, durante a licença-maternidade de Ana Paula Campos. O Globo Rural diário ficou no ar até 28 de novembro de 2014. Até esta data a faixa horária do telejornal era ocupada pelas aulas do Telecurso, exibidas pela TV Globo havia 36 anos e pela edição diária do Globo Rural, que estreara em 09 de outubro de 2000. Com o anúncio do Hora Um da Notícia, foi informado que o Telecurso passaria para as plataformas de internet — mantendo a exibição matinal na TV Cultura, Futura, TV Brasil, TV Aparecida e Rede Vida— e o Globo Rural voltou à edição semanal, feita somente aos domingos. Com a estreia do jornalístico, os telejornais locais ganharam meia hora a mais de duração. Para sua implantação e realização, o Hora Um contou com a equipe de produção do antigo Globo Rural diário.

Com a estreia do Globo Rural diário, em 2000, o programa ganhou um novo quadro de meteorologia, apresentado por Lúcio Sturm, que utilizava imagens dos satélites Góes e Noaa, que permitiam apresentar um mapa com o volume e a distribuição das chuvas em todo o território brasileiro. O mapa das chuvas era apresentado no segundo bloco do programa. Para os blocos seguintes, ficavam reservados os quadros Previsão para Hoje e Previsão para Amanhã, com projeções dos meteorologistas para o dia seguinte e para os próximos cinco e dez dias. Os comentários sobre o tempo foram acompanhados de dicas e sugestões para o produtor rural, como “no Mato Grosso, Goiás e Tocantins, o sol forte e a chuva no fim da tarde deixam o solo perfeito para a germinação da soja” ou “os produtores de arroz do Rio Grande do Sul devem paralisar as atividades do campo nos próximos dias em consequência do sol apenas no leste do Paraná. Chove nas outras áreas”. Lúcio Sturm declarou, na época, que o índice de acerto da meteorologia nas regiões Norte e Nordeste chegava a 90%. Nas demais regiões, beirava os 85%.

Profissionais que passaram pelo programa[editar | editar código-fonte]

Entre os profissionais que passaram pelo programa, estão Celso Ming, Joelmir Beting e Lilian Witte Fibe – comentaristas de economia – e Adriano Cação, Roberto Caiado, Fernando Guzzardi e Rodolpho Sky, que eram editores de imagem. Diversos repórteres da TV Globo, como José Roberto Burnier, também tiveram passagens no Globo Rural.

Atualmente, Camila Marconato, Cristina Vieira e Eliana Rabelo são editoras, ficando encarregadas, respectivamente, de reportagens especiais, das cartas dos telespectadores e da seção de atualidades. Os jornalistas Maurino Marques, Pedro Málaga e Thomaz Kravezuk são os responsáveis pela produção. O assistente de produção é Samuel Reis.

O Programa[editar | editar código-fonte]

O programa é exibido aos domingos, às 08h30, com 60 minutos de duração. O programa recebe cartas de seus telespectadores, que pedem informações sobre o campo, formas de plantação, formas de alimentação etc. O principal repórter do programa é José Hamilton Ribeiro.

Programas especiais[editar | editar código-fonte]

Em seus programas centenários, o Globo Rural é dedicado a um único tema, usualmente sobre importantes plantas para a cultura brasileira.

# Programa Descrição Data de exibição Vídeo
1.800 Batata 8 de fevereiro de 2015 link
1.900 Ipê 22 de janeiro de 2017 link
2.000 Babaçu 13 de janeiro de 2019 link

Apresentadores[editar | editar código-fonte]

Eventual[editar | editar código-fonte]

  • Ana Paula Campos (2014-2017 e desde 2020)

Ex-apresentador[editar | editar código-fonte]

Audiência e repercussão[editar | editar código-fonte]

O programa é líder de audiência no Painel Nacional da Televisão (PNT) do Ibope, com 9 pontos de média e 43% de participação em abril de 2010; o programa é mais assistido por pessoas de faixa etária entre 25 e 49 anos (44%), por mulheres acima de 18 anos (46%), e a maioria de seu público nacional pertence à classe C (50%) contra 20% das classes D e E, e 30% das classes A e B.[10]

Em sua edição diária o programa brigava décimo a décimo com o Jornal do SBT Manhã e o Notícias da Manhã. Geralmente era líder de audiência no PNT, com 5 pontos de média e 44% de participação em abril de 2010; o programa é mais assistido por pessoas de faixa etária entre 25 e 49 anos (45%), por mulheres acima de 18 anos (44%), e a maioria de seu público nacional pertence à classe C (50%) contra 24% das classes D e E, e 26% das classes A e B.[11]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Prêmio ExxonMobil de Jornalismo (Esso)
Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ecológica
  • 1999, concedido a Cláudio Cerri, pela obra "RASTROS INDOMÁVEIS"[12]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Globo Rural será diário». Estadão. 1 de outubro de 2000. Consultado em 19 de agosto de 2017 
  2. FURLANETO, Audrey (21 de março de 2009). «"Mandioca News" global celebra 1.500 programas». Folha de S.Paulo. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  3. CASTRO, Thell de (4 de outubro de 2015). «No início, Globo Rural era chamado de Mandioca News e nem tinha estúdio». Notícias da TV. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  4. «Mandioca News». Memória Globo. Consultado em 23 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 23 de agosto de 2018 
  5. «GLOBO RURAL - Os primeiros programas». memoriaglobo.globo.com. Consultado em 11 de julho de 2016. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2016 
  6. «GLOBO RURAL - Ano dois: período de mudanças». memoriaglobo.globo.com. Consultado em 11 de julho de 2016. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2016 
  7. «Globo extingue Globo Rural diário e lança jornal às 5h da manhã». 8 de outubro de 2014. Consultado em 11 de julho de 2016 
  8. «F5 - televisão - Após 14 anos, 'Globo Rural' deixa de ser diário e é substituído por telejornal - 08/10/2014». f5.folha.uol.com.br. Consultado em 11 de julho de 2016 
  9. «Com novo telejornal matinal, Globo extingue 'Globo Rural' e planeja a…». archive.is. Consultado em 11 de julho de 2016 
  10. «Globo Rural - Dados de Mídia -». comercial.redeglobo.com.br. Consultado em 11 de julho de 2016 
  11. «Globo Rural Diário - Dados de Mídia -». comercial.redeglobo.com.br. Consultado em 11 de julho de 2016 
  12. «Prêmio Esso de Jornalismo 1999». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]